capítulo trinta e oito.

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POV's Jade Magalhães.

Não demorou muito pra ele colocar uma mão em minha cintura e apertar-me contra seu corpo, o beijo era rápido, a música entrava na minha cabeça e tentava pensar nos movimentos que tinha que fazer, no copo em minha mão que não podia cair, nos meus amigos olhando, na falta de ar que começava a sentir e em não pensar em qualquer outra coisa além disso, o beijo acabou e eu virei o rosto para onde estavam meus amigos, levantei o copo como se fosse um brinde e dei uma piscada enquanto Micael me dava um beijo no rosto, Giovanna e Clara se levantaram e com os copos erguidos vieram até mim dando gritinhos quase inaudíveis por conta do volume da música, encostamos o copo e eu me afastei de Micael dançando com as meninas com os copos pra cima, ele por sua vez não queria perder tempo, se aproximando mais e pegou em minha cintura dançando conforme eu dançava, eu ria e me virei sorridente pra ele.

- Para Rich. - Micael parecia não ter ouvido, mas eu consegui entender o que saíra de minha boca, parei de dançar e olhei para as meninas que pareciam totalmente alheias a todo o que acontecia em volta.

- Que foi Jade? - olhei para ele morrendo de vergonha, vergonha pelo beijo, vergonha pelo o que tinha dito ainda que ele não tivesse escutado, vergonha por não querer estar ali e estar enganando não só a mim mesma mas ele também, que nada tinha a ver com o problema, peguei a mão dele na minha cintura tentando ser o mais delicada possível e tirei dali.

- Acho que preciso ir ao banheiro. - saí antes que ele perguntasse qualquer coisa e fui direto para o banheiro sem olha para trás, Gio e Clara nem perceberam minha saída. Cheguei ao banheiro e me apoiei na pia, "droga de Richard que não sai da minha cabeça, burra, burra, burra". Sentia que aos poucos tudo rodava lentamente, sentei em um dos puffs que tinha no grande banheiro da festa e achei melhor esperar a tontura passar, ou pelos menos até Micael esquecer de tudo aquilo ou até encontrar uma maneira rápida de sair dali ou de apagar aquela noite. Não demorou muito pra Giovanna entrar no banheiro, quando me viu colocou a mão sobre o peito e respirou fundo.

- Louca, rodei essa festa inteira te procurando, o Micael tá louco atrás de você. - sorri pra ela e não disse nada.- O que foi? Tá passando mal? - balancei a cabeça negando, ela também balançou a cabeça e sentou ao meu lado.- Fala Jade, já até imagino o que seja, tá se sentindo mal e pensando nele.

- É que...Eu não sou ele Gio, não consigo sair por aí ficando por ficar com as pessoas e não quero pagar na mesma moeda algo que tá acontecendo por minha culpa.

- Para de se culpar, ele não estava ficando com outra porque você obrigou né?

- Mas eu disse que não tinha problema, eu só não quero brincar com as pessoas igual estou fazendo com o Micael que é um fofo.

- Um gato.

- E que beija tão bem.- nós começamos a rir e ela levantou erguendo a mão para mim.

- Vamos?

- E o que eu vou falar para ele?

- Não fala nada, acho que depois do perdido que você deu nele ele já entendeu o recado.

- Que vergonha. - peguei na mão dela e levantei.

- O Chay já tá querendo ir embora também, tá todo mundo preocupado achando que você botou as tripas pra fora aqui. - ri e saímos encontrando nossos amigos no bar, Clara já estava escorada no balcão reclamando do sono e Chay fez questão de brigar comigo. - Ele parece meu pai.

- Chega você também Giovanna, vamos embora.

- Justo agora que encontrei um amigo tão lindinho.

- Vamos antes que o Micael me encontre.

- Falando nele, ele pediu seu número.

-Vamos, já deu o que tinha que dar e a Clara tá quase dormindo aqui.- Chay saiu na frente de mãos dadas com Luísa, Clara, Giovanna e eu fomos atrás e quando já estávamos perto do saída dos fundos Micael me alcançou.

- Já vai? Sem se despedir? - olhei para minhas amigas que também pararam ao meu lado.

- Minha amiga não tá muito bem.- Na mesma hora Clara fez cara de doente tentando me ajudar, Gio tirou o celular da bolsa fingindo ver algo para conter a risada.

- Não quer que eu te leve?

- Não, obrigada, pode curtir a festa, nós vamos com o Chay mesmo.

- Certeza? - assenti e ele me puxou para um beijo, no começo pensei em afastá-lo mas já que estava na merda mesmo não custava nada me afundar mais um pouco e também não queria ser chata com ele sendo que a culpada de toda aquela história era eu.

- Vamos Jade, daqui a pouco a Clara vai vomitar em mim.

- Eu te ligo amanhã, pode ser? - balancei a cabeça e me afastei.

- A gente se fala.- Gio me puxou e eu acenei para ele, quando enfim conseguimos sair eu comecei a rir.

- Que foi Jade?

- Nunca me imaginei passando por essa situação, fiquei com dó dele.

- Eu tenho dó é de você, que não pegou o Cauã e agora nem pegou o Micael de jeito.

- Para que aquele beijo que eu dei nele com certeza foi o suficiente para ele se apaixonar pela Magalhães aqui.

- Até eu fiquei sem ar naquele beijo.

- Tá que pra falar a verdade eu só lembro de puxar ele, do beijo em si quase nada.

- VOCÊS VÃO ANDAR OU CONTINUAR RASTEJANDO?

- EU JÁ FALEI QUE VOCÊ É UM CHATO? - Chay entrou no carro já com Luísa enquanto nós ainda caminhávamos em direção ao carro.

- Quem vê minha situação não fala que me reconhece.

- Quem vê minha situação não fala que eu sou eu.

- Quem vê minha situação...eu não sei, vê uma pessoa linda?

- Cala boca Giovanna. - rimos e entramos no carro.

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora