capítulo cinquenta e um.

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POV's Jade.

- Acho que você tá confundindo com o que você deve ter falado para sua família.

- Falei mesmo, que você é linda, mandei todo mundo parar de assistir a novela.

- Como assim?

- Já basta o Brasil inteiro vendo você com aquelas roupas, você não faz ideia de como os meninos tiram uma com a minha cara.

- Ai que bobo, é um personagem.

- Mas o corpo não deixa de ser seu. - cruzei os braços.

- Tô vendo que isso não vai dar certo, você é muito ciumento e eu odeio isso!

- Queria ver se fosse eu andando quase nú por aí.

- Não precisa, você vestido as mulheres já caem em cima, nú vão engravidar só olhando. - Richard começou a rir e eu o olhei brava ainda de braços cruzados. - Qual a graça?

- Depois eu sou o ciumento.

- Não é ciúmes, são fatos reais, você sabe muito bem, e isso é você Richard agora na novela não sou eu Jade, é um personagem.

- Não deixa de ser seu corpo, é chato ver eles comentando sobre seu corpo.

- Mais chato é sair cada dia com uma menina diferente na internet.

- A maioria eu nem peguei, sério, se eu pegasse todo mundo que dizem que eu pego eu tava bem.

- Como?

- Mas só você vale por todas elas. - tentei não sorri e manter a cara de durona, Richard tirou uma mão no volante e passou no meu ombro. - Eu tô me comportando, não precisa ficar bravinha, agora me conta mais da sua família pra eu já saber onde estou entrando. - ri e comecei a citar os tios, primos, relembrando alguns fatos da minha infância.

Paramos em frente a uma casa toda decorada, o som da música infantil invadiu nossos ouvidos, sai do carro e enquanto arrumava minha roupa esperava Richard na calçada, ele estacionou o carro falou algo com o Rafa e veio até mim.

- A gente entra de mãos dadas?

- Lógico que não.

- Tem como desistir? - olhei para ele sorrindo, dei um passo pra ficar de frente para ele e passei os braços ao redor do seu pescoço.

- Vamos combinar um sinal, se você se sentir mal você coça a nuca e dá uma piscadinha e eu te tiro de onde você estiver.

- Isso se eu já não estiver morto.

- Para de ser bobo, eles vão te adorar. - Richard estava com as mãos na minha cintura, me aproximei fechando os olhos e roçei meu nariz no dele. - Eu estou feliz que você esteja aqui. - sorri olhando para o rosto dele ali tão pertinho do meu.

- E eu surpreso de estar aqui, o que você tá fazendo comigo ein? - ele fechou os olhos também, ia me beijar quando ouvimos um grito.

- ATÉ QUE ENFIM VOCÊS CHEGARAM.

Richard se afastou de mim sem tirar as mãos da minha cintura e foi a vez dele, pela primeira vez, de ficar vermelho, eu olhava dele para minha tia com vontade de rir.

- Desculpa atrapalhar o beijo, mas depois vocês vão ter tempo para isso. Oi Richard eu sou a Nelza. - ela estendeu a mão para ele.

- Prazer Nelza, obrigada pelo convite.

- Pode me chamar de tia, venha, falei pra Rebecca que tinha um presente para ela e ela toda hora vem me perguntar do presente, Oi Jade você está linda, vamos entrar. - ela puxou Richard pela mão, ele olhou pra mim assustado e eu apenas me limitei a falar baixinho "eu te avisei" rindo e acompanhando minha tia.

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora