capítulo cinquenta e três.

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POV Richard Ríos.

- Mas me respeitam, o pior são as meninas que ficam atrás de você, elas se jogam em cima e você adora isso.

- Isso antes de te conhecer, mas você conseguiu fazer algo inédito Jade, me fez ter vontade só de você. - ela desviou o olhar sorrindo. - Se toda vez que eu te falar isso você ficar vermelha pode ir se acostumando viu?

- Não seria você se não me deixasse assim né. - mordi o lábio inferior dela prendendo-o entre meus lábios antes de beijá-la novamente.

Ficamos a noite inteira juntos, nos beijando e conversando, Jade ria com minhas brincadeiras e mano, eu amava a risada dela, eu não perdia uma chance de deixá-la sem graça, mas sem ultrapassar os limites. Acabamos dormindo na sala mesmo e quando o sol bateu na janela clareando o rosto de ambos ela soltou alguns murmuros e virou o rosto escondendo ele no meu peito e voltou a dormir, eu por minha vez acordei de vez, demorei um pouco para perceber onde estava mas ao ver ela dormindo ao meu lado abri um sorriso seguido de um bocejo, procurei meu celular com os olhos e o vi jogado do chão do lado do sofá, queria pegá-lo mas ao mesmo tempo não queria sair daquela posição, tentei me ajeitar o máximo possível e fiquei admirando-a ali em meus braços, quem diria...logo eu, rendido aos encantos de alguém por tanto tempo, acostumado com paixões avassaladoras mas a curto prazo, estava ali dormindo com uma garota D-O-R-M-I-N-D-O e só, ri em pensamento, era óbvio que minha vontade não era estar dormindo mas o que era incrivelmente estranho é que acordei me sentido mais feliz do que em todas as outras longas noites de sexo com mulheres incrivelmente belas, trocaria todas por aquele momento, o barulho do celular despertou meus pensamentos, Jade acordou com o barulho estridente mas não abriu os olhos, se limitou a fazer uma careta e tampar os ouvidos com as mãos, aproveitei que ela havia acordado e me levantei pegando o celular e sentando no sofá.

- Ju?

- Onde você tá? Como assim você não avisa que não vem pra casa e nem atende esse celular, fiquei preocupada seu idiota.

- Foi mal, eu ia voltar para casa mas acabei pegando no sono.

Olhei para Jade que coçava os olhos e se ajeitava ficando sentada no sofá, dei uma piscadinha para ela enquanto ouvia minha prima gritando do outro lado da linha.

- Você tá me ouvindo Richard?

- Tô, foi mal mesmo vacilei, mas já chega tá parecendo mais minha mãe do que minha prima.

- E por acaso você tá com a Jade? Porque você saiu com ela, espero que não tenha encontrado um lanchinho na volta.

Ri do "lanchinho" e Jade fez cara de interrogação.

- Tô com a Jade sim, aliás fala com ela aí enquanto eu vou no banheiro.

Passei o celular para ela que olhou assustada o aparelho pegando da minha mão enquanto eu saia da sala.

POV Jade.

- Ju?

- Oi cunha, acordei vocês né?

- Cunha? Acordou? Que horas são?

- 8 horas, desculpa mas estava preocupada.

- OITO HORAS? MEUS PAIS PODEM CHEGAR A QUALQUER MOMENTO E EU...O RICHARD, CADÊ ELE? RICHARDDDDD.

- Mas ele já não conhece seus pais?

Me levantei e saí pela casa procurando ele.

- Conheceu, mas isso não significa que ele pode dormir aqui na ausência deles, minha mãe me mata.

- Agradeça a mim por ter ligado então, se não quem ia acordar vocês seria seus pais.

- Nem me fala isso, não quero nem pensar nessa possibilidade.

Parei na porta do banheiro, olhando para Richard que enxugava o rosto com uma toalha.

- Olha, se arrumem aí e venham almoçar aqui na Gabi, a gente pode ir pra praia ou aproveitar a piscina aqui mesmo, estamos esperando vocês.

- Ok, beijos.

Desliguei o celular e cruzei os braços olhando para ele.

- Você realmente não tem medo do perigo né? - ele colocou a toalha no lugar e virou para mim.

- E deveria?

- Meus pais podem chegar a qualquer momento, então adeus. - puxei ele pela mão conduzindo-o até a sala novamente.

- Você está me expulsando? - ele puxou minha mão fazendo meu corpo colar no dele.

- Para Rich, eu acabei de acordar e minha mãe pode entrar por aquela porta a qualquer momento, aí você já viu o inferno em minha vida. - empurrei ele e me afastei enquanto o mesmo ria indo pegar seus sapatos ao lado do sofá.

- Então você é dessas, passa a noite e depois não quer mais saber?

- Não, sou daquela que não quer meus pais enchendo minha mente.

- Tudo bem já entendi, mas você não quer ir almoçar na Gabi? O Joaco a Ju e o Endrick estão aí.

- Vou esperar meus pais chegarem aí eu vejo. - ele veio caminhando até mim que já estava parada perto da porta.

- Você vai sim, eu vim de São Paulo te ver, encarei tua família inteira de uma vez e agora quero passar o dia inteiro com você! Acho que tô merecendo ein? - ri e percebendo que ele se aproximava dei alguns passos para trás até que bati as costas na parede.

- Eu também quero ficar o dia inteiro com você, mas o que eu quero agora é que você vá embora e nem tente vir pra cima de mim se não você apanha.

- Adoro um pouco de sadomasoquismo.

- Não acredito que ouvi isso. - comecei a gargalhar, ele me olhou por alguns segundos incrédulo e também começou a rir e balançou a cabeça.

- Cortou o clima com essa risada, depois dessa só me resta ir embora mesmo. - tentava parar de rir, fiz sinal pra ele esperar, abri a porta e olhei corredor.

- A barra tá limpa, você já ligou pro Rafa?

- Esqueci, eu ligo no elevador.

- Então vai, assim que eles chegarem eu te ligo. - ele ia saindo, mas antes que eu pudesse fechar a porta ele me puxou roubando-me um selinho rápido.

- Obrigada pela noite. - sorri ainda meio desnorteada, ele caminhou até o elevador, apertou o botão e virou-se pra mim de novo que estava parada na porta olhando para ele.

- Aliás você tá me devendo uma camisa depois de ter babado na minha a noite toda.

- Mentiroso!!!

O elevador chegou e ele entrou rindo de mim, antes que as portas se fechassem ele piscou e disse baixo.

- Linda.

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora