capítulo trinta e seis.

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POV'S Jade Magalhães.

Era uma sexta como outra qualquer, em torno das 17h quando cheguei em casa cansada das gravações, esperar trocar de cenário toda produzida, depois refazer a cena uma, duas, três, inúmeras vezes tinha acabado comigo, quando cheguei em casa não encontrei ninguém, fui direto pro quarto tomar um banho, quando secava o cabelo ouvi o celular tocar.

- Gio?

- Só pra descarrego de consciência, você e o Richard são o que mesmo?

- Amigos?

- Que se pegam?

- Ai Giovanna, por aí.

- Sem privações né? Tipo colorida?

- Fala logo o que foi dessa vez.

- Você sabe como notícia ruim corre rápido.

- Fofoca você quer dizer né?

- Que seja, a prima de uma amiga da minha amiga, contou pra prima da minha amiga que contou pra ela.

- GIOVANNA, TÔ FICANDO NERVOSA JÁ.

- Estava te preparando, mas já que você quer na lata, Richard pegou uma guria ontem na balada em São Paulo, boatos que terminou até em hotel - gosto amargo na boca, coração descompassado, "ele não te prometeu nada, você quis assim, seja madura" pensava enquanto tentava digerir a história. - Lágrimas a vista?

- Não, eu já esperava.

- Sua voz não está trêmula, o que aconteceu? Já sabia?

- Não Gio, não temos exclusividade e já faz quase dois meses que a gente não se vê, estamos sem tempo para conversar, enfim.

- Sinal de desencantamento, ótimo, essa é minha garota. O Chay te ligou?

- Não - voltei para o banheiro, passei a pentear os cabelos me olhando no espelho e admirando a falta de lágrimas tanto quanto Giovanna.

- O outro colírio capricho lá, tá dando uma festa, vamos?

- Que outro? Deixa ele saber que você voltou com essa história de colírio capricho.

- Fica renegando o passado, acho que é Leonardo alguma coisa, o importante é a festa.

- Não sei não Gio, não tô no clima.

- Ok, fique aí remoendo a noite inteira a traição enquanto ele tá curtindo a vida e a sua cara.

- Para, que mane traição, voi avisar minha mãe e te ligo.

- Nananina não! Chay já falou, estamos no elevador, abre a porta mariquinha - ri e ela desligou o telefone, amarrei o roupão e fui até a porta, quando abri os dois saiam do elevador rindo da minha cara.

- Que falta do que fazer de vocês dois - Eles riam enquanto me cumprimentavam.

- Seus pais foram jantar, Lulu tá na casa da vizinha e vai dormir lá.

- O que vocês falaram pra ela?

- Sua mãe me ama, se dependesse dela estaríamos casados e com uma penca de filhos atrás. - Chay disse.

- O plano foi meu, ele só executou.

- Mas é sério a festa do colírio?

- É, o Léo lançou um livro e vamos sair para comemorar, vai logo se arrumar que ainda tenho que pegar a Luísa.- disse Chay.

- Luísa? Então tá sério mesmo?

- Mais ou menos, ela tá na casa da Clara.

- A Clara vai?

- A Clara não te ligou, dê valor a mim e fique animada porque eu vou.

- Para de ser ciumenta guria, tem birra com a Gabi, com a Clara.

- Elas me enjoam.

- Ai Giovanna, sério.

- VAI LOGO JADE!! - subi para me arrumar, quando estava quase pronta o celular apitou, mensagem de Richard.

Saudades! Como foi seu dia?

"Respondo ou não?" digitava uma mensagem e apagava, começava outra e não terminava "Você quis assim Jade!". Respirei fundo e digitei.

Oi Richard, tranquilo, muito trabalho! Mas a noite vai recompensar, beijo.

POV's Richard Ríos.

Li a mensagem e não entendi, pensei se mandava outra mas ela nem tinha perguntado sobre mim.

- Que foi tá viajando? - Minha prima perguntou.

- Nada, tentando decifrar a Jade.

- Ainda ela? Achei que vocês tinham parado de se falar - disse Joaco.

- Cala boca, ela ta brava primo?

- Acho que não, vai ver tá corrida e não deu pra responder direito.

- Eai, vai jogar ou vai ficar pensando em mulher? - Ju balançou a cabeça e saiu da sala.

- Tá com pressa de perder mais uma? - voltei a atenção pro jogo, ou pelo menos tentei, " foi seca", achei melhor deixar pra lá, depois ligava pra ela para saber como estavam as coisas, não poderia ser nada demais.

POV's Jade Magalhães.

Giovanna foi reclamando o caminho inteiro sobre ter que ouvir a voz da Clara, Chay e eu olhávamos um pro outro rindo do ciúmes sem fim. Pegamos Clara e Luísa e fomos direto para a festa, Giovanna de uma lado com um bico enorme e eu e Clara conversando e rindo alto no banco de trás. Quando entramos na festa fomos direto pro camarote que Leonardo tinha fechado, olhei em volta e quase ninguém de conhecido.

- Vamos pegar algo para beber para aguentar a noite.

- Gio você tá parecendo uma velha, só reclama - ela pegou a minha mão e fomos passando pelas pessoas até chegarmos no bar, ela encostou e pediu dois coquetéis sem álcool.

- Eu não quero nada agora.

- Quer sim, vamos nos divertir Jade, antes que você pense no Richard e na menina, e neles se beijando...

- Não vamos falar sobre ele, pelo menos só por hoje.

- Ok, então vamos comemorar que você tá aqui com a gente se divertindo? - ri e peguei a bebida.

- Você conversou com minha mãe sobre eu dormir na sua casa?

- Você não me conhece? Meus planos são perfeitos, nós vamos dormir na casa do Chay. - rimos e ela me puxou novamente para o camarote, ela e Clara grudaram depois de uma tempo, nos três dançavamos e riamos, tiravamos fotos com o Léo e os outros meninos no camarote, enquanto Chay estava sentando conversando com Luísa entre beijos. Em um determinado momento Gio inventou de ir para o palco perto onde estava o DJ, cada qual com seu copo de plástico na mão rumaram até o palco.

- Ele precisa me ouvir, essa música está péssima. - ela disse.

meu ponto fraco, richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora