POV's Jade.
Recebi uma mensagem de Richard, respondi que já estava pronta e ele disse que estava na porta do bloco da novela me esperando, me despedi das meninas que ficaram fazendo brincadeiras comigo e fui rumo a portaria, avistei o carro dele e fui até lá olhando ao redor as pessoas que passavam por ali, como ninguém parecia dar tanta importância eu rapidamente entrei no carro, fechei a porta e ali estava ele.
- Esperou muito? - ele me olhou inteira e enquanto acompanhava seus olhos senti minhas mãos ficarem geladas.
- Valeu a pena, você está linda, podemos ir?
- Nós vamos aonde, exatamente? - perguntei enquanto colocava meu celular na bolsa e ajeitava o cinto.
- Para algum lugar que venda comida por 25 reais. - ri e ele saiu com o carro, o mesmo era invadido por um pagode romântico, eu percebi que ele batucava no volante conforme o ritmo da música e sorri balançando a cabeça, era exatamente isso que me deixava encantada por ele, o jeito moleque e sempre de bem com a vida, ali no meu lado ele não parecia ser um jogador super famoso e só mais um menino. Olhei através da janela e percebi que não conhecia o local, era um bairro afastado de algum canto do Rio, um bairro simples mas que tinha lá seu charme. - Chegamos. - ele parou com o carro em frente de um prédio e saiu rapidamente, deu a volta e abriu a porta para mim.
- Você vai me responder se eu perguntar onde estamos?
- O que você precisa saber é que estaremos seguros de qualquer fotógrafo aqui, só você e eu hoje tá bom? - consenti, ele fechou a porta atrás de mim e apontou para um mini mercado logo em frente. - Ali com certeza deve estar nosso jantar. - ele atravessou a rua e eu fiquei parada ainda tentando entender, quando abri a porta do mercadinho ele se virou e chamou por mim que fui em sua direção, quando fechei a porta do mercado Richard já estava com um vinho na mão e andava entre as prateleiras do local procurando alguma coisa, fui até ele e chegando mas perto ele me mostrou alguns aperitivos. - Pronto, somando tudo isso deve dar 25 reais certinho ou até menos. - ele sorriu e foi até o caixa, eu involuntariamente sorri também, ainda não conseguia entender e entendia menos ainda o fato de estar gostando de tudo aquilo, fui até o caixa e paguei os 25 reais certinho, como ele havia falado. Saímos do mercado Richard pegou em minha mão e caminhava em direção ao o prédio em que tinha estacionado na frente. - Um amigo é dono desse prédio, comprou esses dias, como não tem ninguém aproveitei pra pedir emprestado, a vista lá de cima é incrível você vai adorar! Mas tem um problema. - ele olhou para mim e viu que eu estava pensativa olhando para o prédio. - Não tem elevador, vamos ter que subir de escada.
- Sorte que não vim de salto, ou você iria me carregar.
- O que não seria um problema. - ele pegou as chaves no bolso da calça e abriu a porta, estava vazio, totalmente vazio, estava até um pouco sujo, ele apontou as escadas e nós fomos subindo.
- São quantos andares?
- Dez. - respirei fundo e continuei subindo.
- Pelo menos não vou precisar ir para academia amanhã.
- Viu, além de estar comigo ainda aproveita pra malhar, juntando o útil ao agradável e depois me perguntam porque as garotas se apaixonam por mim.
- Então você costuma fazer a mesma coisa com as outras garotas é? - ele virou para mim subindo as escadas de costas.
- Pra te falar a verdade, acho que é a primeira vez que tenho um encontro assim.
- Assim como?
- De planejar, buscar casa, ficar nervoso e essas coisas. - sorri e abaixei a cabeça mordendo os lábios.
- Acho que isso é bom né? - ele riu e virou-se voltando a subir novamente.
- Chegamos. - ele abriu a porta e percebi que estávamos no terraço, fui caminhando e vendo cada vez mais um pouco da cidade toda iluminada e o mar na lateral, aquela imensidão azul, mais perto tinha umas luzes de circo, daqueles bem normais e crianças brincando bem no fundo, já no terraço tinha algumas velas que Richard foi acendendo uma por uma e um banco daqueles de praça, ele terminou de acender a última vela e olhou para mim. - Valeu a pena desmarcar o outro compromisso?
- Bobo, eu desmarcaria de qualquer jeito! Você é louco sabia? - ele abriu o vinho e colocou um tanto em dois copos de plástico que estavam em cima da mesinha.
- Nós poderíamos ter indo a qualquer boate ou restaurante, e ao invés disso estamos aqui. - ele ofereceu o copo para mim, peguei e sentei no banquinho junto com ele, tomei um gole do vinho e fiz uma careta.
- Tomando esse vinho horrível.
- Esse vinho é realmente ruim né? - concordei com a cabeça e nós rimos. - Acho que estamos acostumados a todos esses restaurantes e essas boates, sempre tendo no fundo uma multidão de gente querendo fotos, acho que mudar as vezes pode ser bom, não acha?
- Por incrível que pareça, eu gostei. - fechei os olhos sentindo o vento frio que vinha do mar de longe, ouvindo o barulho das crianças e aspirando o cheiro bom do perfume de Richard.
- Gostou do que? Do vinho? - ele perguntou com o tom divertido, eu ri enquanto voltava a olhar para ele.
- Não, esse vinho é realmente a pior coisa que eu já tomei na minha vida, gostei de estar aqui, sem preocupações e com você.
- Ainda bem, fiquei com medo de você odiar.
- Impossível odiar qualquer coisa estando com você.
- Você é realmente incrível sabia?
- E você está falando isso por algum motivo especial?
- Essa sua mania de me deixar louco, as vezes você é tão aberta e fala normalmente sobre nós e em outras é tão brava e teimosa.
- Eu também não consigo me entender. - ri e Richard pegou um saquinho de jujubas. - Jujubas, não como isso faz muito tempo. - ele abriu e colocou uma na minha boca, sem querer dei uma mordida de leve no dedo dele que riu e então o silêncio pairou ali, tentava tomar coragem pra falar algo mas calculava minuciosamente as palavras, olhei para ele. - Rich...
- Espera Jade, antes de você falar qualquer coisa eu preciso fazer algo. - ele se aproximou e juntou nossos lábios rapidamente, fui abrindo a boca sentido o calor daqueles lábios e o gosto horrível daquele vinho ficava estranhamente delicioso nos lábios dele, nossas línguas se encontraram no exato momento em que Richard passou as mãos dele por trás das minhas costas e as minhas pousaram na perna dele, um frio percorreu minha espinha fazendo com que eu me apertasse mais contra o corpo dele, quando o ar faltou nós paramos o beijo mas sem que as bocas se separassem, ele colocou a mão no meu rosto e me deu mais alguns selinhos. - Me promete que agora vamos parar de fugir?
- Nem se eu quisesse eu iria conseguir fugir de você.
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meu ponto fraco, richard ríos.
Fiksi PenggemarFoi numa dessas navegadas despretensiosas pelas redes sociais que ele se deparou com ela. Uma foto, aparentemente inocente, capturou sua atenção. Seus olhos encontraram os dela, e algo dentro dele mudou naquele instante. Ela parecia tão distante, ma...