meu ponto fraco, richard ríos.

capítulo cinquenta e dois.

POV Jade.

- Vamos dona Paula, deve estar todo mundo esperando para ver o resultado dessa conversa.

- Você também, porque não levou ele lá em casa, agora me traz o menino em uma festa de família? Parece até pedido de namoro. - saímos da cozinha rindo, sentamos na roda e Richard olhou para mim, pisquei e abri um sorriso para ele e aquilo já era a resposta suficiente, ele voltou a atenção para a conversa, meu pai já estava sentado entre eles que pareciam ter feito uma rodinha só de homens, olhava a cena sorrindo sem conseguir acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, parecia que a qualquer momento eu iria acordar e rir do próprio sonho de tão absurdo que era aquilo, eu estar com ele já era algo que ainda não entrava na minha cabeça, parecia que tinha acontecido tudo tão rápido e agora aquilo, ele junto com minha família...Olhei para minha tia que tirava fotos de Rebecca com os amigos e ainda não conseguia entender como tinha aceitado aquela ideia maluca! Não era arrependimento, mas era como se aquela felicidade não me pertencesse "alguém me beslica" pensei quando voltei a olhar para o cara que tinha tudo para virar a minha vida de cabeça pra baixo, vi que Richard ria olhando para meu pai e falei para mim mesma "tem tudo para estragar minha vida, mas olha que engraçado, pelo jeito ele preferiu me fazer feliz".

Brincava com minha irmã e uma outra prima em uma mesinha perto da piscina, até que minha tia veio nos chamar para cantar os parabéns, eu procurei Richard com os olhos mas não encontrei, a maioria dos homens não estavam mais ali, quando entrei na sala onde estava a mesa do bolo já estava cheia de crianças que gritavam "o primeiro pedaço é para mim Rebecca" "não esquece de fazer o pedido" "olha aqui deixa eu tirar uma foto", Lulu parou na minha frente e eu coloquei os braços no ombro da minha irmã, enquanto Luiz tentava acender a vela e Rebecca ficava fazendo poses para as fotos em cima de uma banquinho, minha tia foi até o interruptor apagar as luzes voltando em seguida para lado do esposo e da filha, os parabéns começaram e eu senti uma mão passar pela minha cintura, ele me abraçou por trás e encostou a cabeça em meu ombro.

- Estava esperando esse momento, luzes apagadas, toda a atenção para a aniversariante, enfim eu posso aproveitar você um pouquinho. - olhei para Lulu que estava alheia a situação batendo palmas e cantando parabéns, eu me soltei dela e saí rapidamente puxando Richard para a parte da frente da casa.

- Você já tá todo íntimo do meu pai, o que eu perdi? - parei de andar e me virei para ele que rapidamente passou os braços pela minha cintura.

- Futebol, tá aí uma coisa que eu amo no futebol, ele aproxima as pessoas.

- Minhas tias também não pararam de falar de você, o quanto você é educado, já estou sabendo que ajudou até a servir o cachorro quente!

- Um dos meus encantos.

- Isso tudo é vontade de conquistar a minha família?

- Já conquistei, eles foram bem mais fáceis que você. - ele começou a distribuir selinhos pela minha boca e eu passei os braços pelo seu pescoço.

- Obrigado por ter topado essa ideia maluca da minha tia, pelo menos deu certo.

- Agora vou ter passo livre no seu quarto?

- Não é pra tanto, eles apenas engoliram a situação.

- Já é um começo, já já a sogrinha vai estar morrendo de amores por mim, igual a você. - ele passou uma das mãos pelo meu ombro afastando meus cabelos e me beijou, eu fazia carinho na nunca dele e aproveitava o beijo sem pressa. Só paramos de nos beijar quando percebemos que o barulho havia diminuído.

- Vamos? - Richard fez uma cara de emburrado e negou com a cabeça me dando outro beijo, me afastei rindo. - Vão sentir nossa falta.

- Mas eles já devem ter uma ideia do que estamos fazendo, nem vão ligar. - dei um selinho nele.