O Sucessor: Família Ferrari - livro II

capítulo 64| amor?

Í S I S

Falta de ar.

Estou com falta de ar.

__ Ísis? Porra! Você está bem? __ ele me pergunta tentando me tocar mas me afasto de imediato.

__ eu... estou bem... eu acho.

__ olha, sei que não era assim que você merecia uma declaração, mas já segurei por muito tempo esses sentimentos que estão aqui... não precisa falar nada agora eu só não quero que isso nos afaste.

Olho para sua face e sua expressão preocupada comigo faz meu coração aquecer.

__ Lorenzo eu não sei se sou capaz de te amar. __ confesso e ele suspira.

__ passei muito tempo da minha vida jurando te odiar, prometi a mim mesma que você jamais ocuparia de novo um lugar no meu coração.

Abaixa a cabeça e sorrio a contragosto.

__ mas puta merda, as coisas com você nunca funcionam como eu planejo, está cansado de sufocar sentimentos? Que se foda! Eu também estou.

__ Ísis...

__ minha vez de falar caro mio.__ peço e ele sorri. __ não sei como isso aconteceu, mas começou pelo ódio, tesão e ciúmes mas foi pela sua amizade, pela maneira como me protegeu e ainda protege mesmo eu não querendo nada disso, que me fizeram me apaixonar pelo homem que você é... nunca pensei que isso fosse sair da minha boca... então escute que vou falar apenas uma vez.__ me aproximo dele e toco em seu queixo o erguendo para que me encare, seus olhos estão tão marejados quanto os meus.

__ eu te amo, te amo bem mais do que deveria. __ confesso sorrindo e ele acaricia meu rosto.

__ repete.

__ nem se você ajoelhar caro mio.

__ por favor mia reina, repete...

__ isso é jogar sujo.

__ nunca fizemos isso de forma limpa, então por favor...

__ eu amo você Lorenzo Ferrari.

__ eu amo você Maria Ísis Bianchi, futura senhora Ferrari.__ sussurra e me coloca sentada em seu colo.

Me aninho em seu peito sentindo sua carícia suave em minhas costas.

__ o que vamos fazer agora?__ questiono preocupada.

__ você sabe que paixão não estava no nosso plano, mas aconteceu e vamos lidar com isso juntos... não vou te deixar sozinha.

__ ainda me ama mesmo sabendo que deixei que lidasse com a culpa de uma morte que não cometeu?

Me afasto e sorrio quando deixa um beijo em meus lábios.

__ ainda duvida? Te admiro ainda mais por isso, e ele só teve o que procurou.

__ eu me senti culpada, muito culpada, a primeira vez que saí com o Dom depois do que aconteceu eu travei e ele foi compreensivo como nunca imaginei e...

Ele me silencia apertando minha cintura.

__ espere, você saiu com o Dom, que Dom? O meu irmão?

Engulo em seco e me xingo mentalmente por ter deixado escapar o meu acordo com o irmão dele.

__ sim.

__ porra! Não acredito que ele não me disse nada, nem para tripudiar da minha cara que filho da mãe.

__ ele não disse nada porquê não foi nada além de um abraço, mas confesso que quis mais... só que ele não.

Sou sincera, porquê quando eu fiz dezessete anos, Dominic Ferrari era o meu sonho de consumo, tudo nele era atrativo e muito, muito perigoso.

Mas quando fiz o convite para que saísse comigo, não houve uma recusa de sua parte, porém quando chegamos em um pub eu paralisei diante dele, era a primeira vez desde o ocorrido e eu só queria me permitir ser normal sem me sentir estranha por não querer transar com qualquer um. E o Nick não era qualquer um, só o objeto de desejo de quase todas as garotas da minha escola e todas as vezes que ia me buscar a mando do papai, minhas amigas da época suspiravam assim que saía do carro arrumando as mangas da jaqueta preta.

__ não consigo acreditar nisso.

__ não que eu te deva alguma satisfação disso, porque eu e ele estávamos solteiros e até onde lembro, te odiava e você não estava lá... e bom, o Nick é o Nick.

__ e o que isso tem a ver?

__ eu e ele fomos para um pub, bebemos algumas doses de whisky nada muito forte, eu contei para ele que era a minha primeira vez de volta depois de ter passado por um trauma, só não contei o que tinha me levado à ele... tentei beijá-lo mas não consegui e chorei... chorei porque me odiei te odiei e odiei Alexandre D'Paolo por eu estar daquela maneira... e ele só me abraçou e disse " linda, eu sei o que você quer, mas por mais podre que eu seja, não posso me aproveitar da sua fragilidade, encontre alguém que possa te entender e que principalmente seja delicado "

__ santo Dio!__ foi tudo que ele disse.

__ vai querer terminar por isso? Por eu quase ter beijado seu irmão?

__ o quê? Claro que não, estou aliviado por vocês não terem ido em frente, mas eu não consigo definir o tamanho do meu ciúme agora.

Sorrio e rebolo em seu colo.

__ talvez você queira descontar essa frustração em minha boceta.__ sussurro em seu ouvido e deslizo os lábios pelo pescoço beijando sua pele e sentindo seu volume aumentando a medida que seus pelos arrepiam.

__ quer ignorar toda essa situação e foder?

__ ah eu com certeza quero.

__ então venha, porquê de maneira alguma eu vou te comer dentro desse quarto com os seus pais lá na sala.

__ quem diria, que você era o irmão certinho da família.

__ é melhor você vir comigo antes que minha paciência vá embora.

__ e se eu não quiser?

__ ah amor, você vai ficar sem pau, e eu sei que não é isso que você quer ou estou errado?__ ele movimenta meu corpo em cima do volume e suspiro me levantando e ele me acompanha.

__ aonde vamos?__ questiono curiosa e ele abre um sorriso malicioso.

__ para o sótão, talvez você queira gritar e lá tem isolamento acústico agora.

Sorrio em resposta, o seguindo para fora do quarto.