__ MÃE! __ Grito sentindo o ar se esvair dos meus pulmões e corro em sua direção, assim que o corpo de Laura atingido por uma bala cai no chão.
Abraço seu corpo enquanto meu choro irrompe, sinto seus dedos fazendo uma carícia em meus braços e tudo que quero é mantê-la debaixo dos meus braços onde ninguém fará mal.
__ estou bem meu amor... você foi tão corajosa... mas, não faça mais isso e da próxima vez obedeça minhas regras.__ me repreende e beijo sua cabeça.
__ ah mãe! Eu também te amo.
__ droga!__ Escuto a voz da desgraçada que quase a matou então me afasto, colocando-me na frente dela com o intuito de protegê-la.
Observo Laura se contorcer de dor enquanto coloca as mãos em seu joelho estourado.
__ espero que esteja doendo bastante sua cadela desprezível.
Ela sorri e mostra o dedo do meio.
__ vai se foder sua otária, me matem logo... vamos, se livrem de mim e arrumem problemas com o tio Pietro.__ pede e sorrio de orelha a orelha.
__ bem que você queria que fosse assim né? Fácil igual à você, manipuladora.__ Lorenzo quem fala e continuo olhando para Laura enquanto ele se aproxima ajudando ela a se levantar.
__ me mate logo Lorenzo, não tenho paciência para explicar meus motivos para fazer o que fiz.
__ ah! Que se foda, não teve clemência com tia Sara, porque teríamos com você?__ questiona e ela solta um gemido de dor.
__ por que vocês são os mocinhos não é? Eu sou a porra da vilã, me matem e tenham redenção.
__ você é bem dodói da sua cabeça garota.__ falo e ela sorri sem ânimo entrando no carro e mostrando o dedo novamente.
Se não fosse pelo estado da minha mãe, eu correria até lá e quebraria seu dedo sem um pingo de arrependimento.
__ filha... vamos embora, acho que preciso de um check-up geral, minha cabeça e braços estão doendo.__ diz e é a primeira vez desde que me entendo nesse mundo que minha mãe pede ajuda ou diz que está com dor.
Não queria ter que entrar no mesmo carro que Laura e suspiro aliviada ao notar o Audi preto do meu pai, sorrio por saber que conseguiu usar o rastreador da pulseira dela para encontrar sua localização. Ele quase não esperou que o motorista estacionasse, pulou para fora do carro e veio ao nosso encontro, envolvendo mamãe em seus braços e beijando seu rosto.
__ que susto você me deu pimentinha... não faça mais, meu coração já não é tão jovem quanto na época que nos conhecemos.__ fala fazendo um carinho no seu rosto e ela abre um sorriso fraco.
__ parece que envelhecemos mesmo, estou me sentindo prestes a quebrar.
__ vou te levar para o hospital, filha... você vem conosco?__ questiona e olho outra vez em direção ao carro de Lorenzo.
Seus olhos estão em mim, carregados de tantas coisas que não sei descrever e uma delas é preocupação. Mas ao seu lado está ela... com um sorriso sarcástico nos lábios e quero matá-la.
Odeio ter que lidar com esse lado ciumento, tutto bene que nunca fui uma pessoa pacífica, mas depois desse envolvimento repentino com ele, as coisas aqui dentro de mim começaram a ficar bagunçadas e nem eu mesma consigo entender a dimensão dos meus sentimentos por ele.
Balanço a cabeça e volto a encarar meu pai.
__ vou sim... só saio de perto da mamãe, quando tivermos certeza que ela está bem.
__ andiamo então.__ diz e sigo com eles até o carro, papai me cede passagem para que eu entre primeiro, me acomodo ao lado da janela e com calma, ajudamos mamãe a sentar, logo depois ele se junta a nós e pede para que o motorista nos tire desse lugar e ouço as ordens para que os soldados limpem a bagunça que foi feita aqui.
(...)
__ como ela está?__ a voz de Lorenzo tira-me dos devaneios e pisco várias vezes antes de desviar a atenção da minha mãe para ele.
__ menos mal, chegamos aqui com ela sentindo dores muito fortes, fizeram uma bateria de exames e os que ficaram prontos mostraram que na queda ela acabou fraturando o braço... eu... odeio toda essa situação, se não tivesse ido com você e ficado com ela, talvez não teria acontecido isso nada disso.
__ ei!__ senta ao meu lado e segura em minha mão. __não tinha como você adivinhar o futuro, você é uma rainha mas não comanda o tempo, as coisas aconteceram como tinham que acontecer.
__ estou me sentindo péssima, mas não quero chorar.
__ ainda com essa história de que chorar é para os fracos?__ pergunta e sorrio concordando.
Quando eu era pequena e me machucava fazendo alguma coisa, sempre chorava e uma vez eu vi o tio Ethan furando o dedo no espinho de uma rosa e perguntei porquê ele não chorava, então abriu um sorriso enorme e disse.
" meu bem, chorar é para os fracos e o titio é muito forte "
__ não deveria seguir conselho do tio Ethan.
__ você tem algum melhor?
Sua mão faz uma carícia suave na minha, ergui os olhos para encara-lo e surpreendente abrimos um sorriso um para o outro.
__ chorar não é para os fracos, mas só quem é forte o suficiente sabe que as vezes demonstrar que tem sentimentos não vai te deixar menos forte... só fortalece ainda mais.
Encostei a cabeça em seu peito, fechei os olhos e apreciei o cheiro amadeirado do seu perfume.
Por alguns segundos só fiquei assim, parada, ouvindo as batidas do seu coração e então veio.
Eu desabei, minhas lágrimas desceram sem controle, molhando a sua roupa e ele não disse nada, apenas acariciou as minhas costas até que passasse toda a minha frustração diante dessa situação.
Me afasto e enxugo minhas lágrimas vestindo a minha máscara de quem sabe separar as coisas e então falo.
__ onde a deixou?
__ junto do irmão, presa.
__ vamos até lá?
__ o que quer fazer?
__ ovviamente me vingar.
__ sabe que isso via nos trazer problemas certo? Ísis machucar alguém da maneira que a tortura exige é bem diferente do treinamento.
Ele não faz ideia do quão maldosa eu posso ser quando estou sob pressão, e também quando estou com muita vontade e agora, consigo sentir cada partícula do meu corpo implorando para que eu vá até aquele galpão e acabe com Laura até que dê seu último suspiro de vida.
__ não quero lidar com consequências agora, no momento eu quero vendetta e se não me levar até lá, não se preocupe posso ir sozinha.
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O Sucessor: Família Ferrari - livro II
Romance* Hater to friends to love * slow burn * fake dating Lorenzo Ferrari, o sucessor da cadeira de Don da máfia italiana, é um homem decidido e obstinado que gosta de se desafiar não só nas pistas de corrida, como também na vida. Ele só não imaginava...