trinta e sete

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< minhas malas estão prontas, te vejo daqui algumas horas >

Enviei a mensagem para o Niall com um sorriso no rosto. Dei uma olhada em volta no meu apartamento para ver se eu não tinha deixado nada de essencial para trás. Mas então lembrei que estava indo para casa. Era a minha casa, eu não precisava me preocupar com coisas que eu estava esquecendo se estava voltando para casa.

Com um sorriso satisfeito, pendurei a mala com alça no meu ombro e puxei a outra até o lado de fora, aonde o Logan e o Brian me esperavam já que eles iam me levar para o aeroporto. Tranquei a porta e me virei para eles, soltando um suspiro de alívio. Finalmente o dia tinha chegado.

Aquela última semana tinha passado extremamente devagar e, depois do dia em que tinha tido aquela crise de consciência, o Niall insistiu em conversar comigo pelo Skype todos os dias quando eu chegava da universidade. Ele me perguntava como tinha sido meu dia e me mandava contar em detalhes. A mãe do Niall também tinha aparecido para falar comigo, dizendo que sentia falta de quando eu aparecia do nada lá na casa do Niall só para conversar com ela.

Dava para perceber a preocupação do Niall nas nossas conversas, que foram extremamente boas para mim, porque eu estava sozinha. Minhas amigas também já tinham voltado para a Irlanda e eu ia ser a última a voltar. Em uma das noites, o Niall pediu para que eu entrasse no Twitter para resolvermos a bagunça que estava lá.

Naquele dia, nós ficamos quatro horas no Skype. Ele me ajudou a resolver tudo aquilo. Respondi algumas fãs e segui outras. A preocupação do Niall era com quem não aceitava. Tinham inúmeros tweets me perguntando como eu conseguia viver comigo mesma, ou ainda me perguntando por que eu ainda estava viva, dizendo que eu era a pior pessoa que podia ter aparecido na vida do Niall, que eu era má influência, que eu só estava interessada no dinheiro dele, que eu estava com ele só porque ele era do One Direction.

Além disso, tinham outros tweets dizendo que nossa relação era contrato e que estávamos juntos só para fazer os meninos estarem na mídia e, o de sempre, que eu era feia, gorda, que eu devia me matar. Podia dizer que aquilo me afetou um pouco. Eu tentava não ligar, mas era um pouco impossível quando eu estava tentando responder algumas pessoas e as notificações não paravam de chegar, a maioria me xingando.

Lembrava exatamente das palavras do Niall naquela noite. Ele repetia a cada cinco minutos tudo o que ele admirava em mim e como eu era a pessoa mais importante para ele naquele mundo. Depois, para me animar, ele colocou o Take Me Home para tocar já que eu ainda não tinha ouvido desde que eles tinham lançado o cd. A única música que eu tinha decorado o nome, além de Live While We're Young, foi Little Things, porque ele tinha feito questão de pausar a música e tocar ao vivo para mim e Truly, Madly, Deeply, a música que ele tinha escrito no meu aniversário dois anos antes.

-- Podemos ir? -- o Brian perguntou, com a chave do carro na mão, me tirando dos meus pensamentos.

Eu assenti e nós três descemos os quatro lances de escada até o térreo. Olhei para os dois lados da rua. Tinha medo de verdade do que a raiva das fãs dos meninos podia causar. Cuidado e precaução nunca eram inúteis. Na calçada, andamos até onde o carro deles estava estacionado e eles me ajudaram a colocar as coisas no porta-malas.

Entrei no banco de trás e o Brian ligou o carro. Meu celular vibrou no bolso da jaqueta que eu usava.

< Niall: senti sua falta e minha mãe também >

< hahaha, também senti falta dela >

< Niall: é sério, ela realmente quer te ver >

< tudo bem, não disse que não iria vê-la >

< estou indo para o aeroporto agora, te vejo logo e ah... eu devia avisar alguém? sabe, que estou indo para o aeroporto? >

head or heart ;; njhOnde histórias criam vida. Descubra agora