Abri uma das portas daquele comprido corredor cheio delas e me vi num cômodo de vidro com o céu azul claro e belas nuvens onde se encontrava um casal trajado de branco, apesar de não ser réveillon ainda.
Meus movimentos eram fluidos como se estivesse embaixo d'água, tocava uma música bonita e me vi em uma festa.
Comecei a cantar e até que não devia estar desafinado, pois, aparentemente, agradou quem se encontrava por perto.
Fui atrás de um copo com gelo para colocar um bom whisky e um garotinho me apontou um copo com gelo, perguntei-lhe o que fazia ali e ele me disse que morava por perto numa fazenda de peixes.
A fluidez dos movimentos me agradava muito, parecia que eu estava mergulhando e, enlevado pela boa música, pus-me a pensar por que não tinha tido esta ideia antes.
Sempre que me via morando na praia pensava em dar aulas de Exatas e me esquecia da possibilidade de fazer uma criação de peixes, crustáceos ou algas. Quem sabe alguma destas fábricas de perfumes não necessitasse de uma alga específica ou algo que o valha.
Procurei por meu amorzinho para lhe contar as novas ideias e, por ela não estar no momento, resolvi escrever estas palavras.
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Aliás Voadoras
Short StoryFazendo um breve preâmbulo; esta crônica é um dos capítulos de um livro que escrevo há mais de uma década intitulado "Aliás Voadoras". Aleá era o nome que os moradores de certo lugar do oriente, que foi dominado pelos portugueses, davam às fêmeas...