Revele não releve

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Revele o que lhe pesa, diria eu.

Belo dia, cinzento, frio e chuvoso, estava eu de carro na rua ao lado

 da FAAP - Faculdade Armando Álvares Penteado de SP – em meio 

a um transito e tanto, cercado por motoristas apressados,

 mau humorados  e bravos por terem se encontrado naquele

 momento  de transito intenso na rua que leva da Praça Charles

Miller a Praça Buenos Aires em Higienópolis (São Paulo, SP). 

Quando olhei para o lado vi um senhor que estava sob o ponto 

de ônibus balançando e fuçando uma marmitex de alumínio

 molhada - "nunca se bebe da mesma água no mesmo rio".

O fluxo de carros e o mal humor dos motoristas que me cercavam

 naquele dia não me permitiram fazer o que tive vontade; 

parar o carro para conversar com ele tentando descobrir

 se poderia dar-lhe algum dinheiro, suficiente o bastante para 

que comprasse uma comida quentinha e um cobertor seco, 

sem que ferisse seu orgulho próprio.

O procurei em vão posteriormente, no mesmo lugar e nas 

cercanias dele, e a imagem que relatei acima:

 ele chacoalhando a quentinha gelada e molhada, não me 

saia  da cabeça, até perceber que o fluido de plasma vibratório

 que lhe havia dado na primeira instancia foi bastante suficiente

                                                              Releve!

                                                              Releve!

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