Nunca havia ouvido falar deste termo até meu sobrinho (brilhantíssimo) Pedro Modesto citá-la no último "tradicional" almoço da família Modesto.
Como sempre sobrava ironia nas conversas, já típico da família ao se relacionar verbalmente; ironias estas que beiram ao sarcasmo, e, às vezes, é melhor deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro.
Uma palavra desconhecida me pareceu uma ilha, ou uma boia jogada para um náufrago, então inquiri meu sobrinho sobre seu significado. Este, pacientemente explanou: "é um ser mitológico, sabe aquele que é metade homem metade cavalo?"
- Claro, respondi sapiente; o centauro que dizem ter sido o inventor da flauta.
" Sem deixar de transparecer que eu não tinha feito mais do que a obrigação de conhecer os centauros continuou, pois é, neste caso é metade homem metade serpente".
Interessado perguntei-lhe se a parte homem era a da cintura para cima como nos centauros e ele confirmou. Fiquei imaginando um homem até a cintura e, da cintura para baixo, um rabo de cobra. Claro que ao mesmo tempo lembrei-me da imagem que havia feito sobre os seres que habitam o planalto em outra crônica deste mesmo livro, só que, neste caso, de homens não tinham nem a metade.
Por fim perguntei-lhe como se escreve e como se pronuncia, escrevi "Lãmía" e ele me disse que tinha falado assim, mas, não sabia realmente como era escrito, nem, muito menos, pronunciado! Ficaremos, portanto, com "Lamia" e cada um pronuncia como bem entender, só não se deixem alcançar por uma delas...
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Aliás Voadoras
Short StoryFazendo um breve preâmbulo; esta crônica é um dos capítulos de um livro que escrevo há mais de uma década intitulado "Aliás Voadoras". Aleá era o nome que os moradores de certo lugar do oriente, que foi dominado pelos portugueses, davam às fêmeas...