Combinamos com meu amigo Maia Lello passar um final de semana
em uma casinha de uma das praias do litoral norte paulista.
Ao chegar esperavam-nos três casais e reparei que os rapazes todos
tinham olhos claros. O Lello com seu conhecido olho verde musgo
que contrastava belamente com o cabelo castanho escuro diferia
dos outros dois que tinham olhos azuis e cabelos loiros, um deles
comprido. Demo-nos as mãos, e fui olhar a praia e o mar,
reparei que uma das duas árvores que ficavam próximas
ao mar no canto esquerdo da praia tinha uma raiz que,
se cortada, seria facilmente entalhada uma piroga
(típica canoa caiçara). Assim que contei o fato à turma meu amigo
imediatamente apontou um machado e se dispôs a me ajudar.
Enquanto as mulheres punham as conversas em dia pediram que
fôssemos comprar pão francês e leite na mercearia do lugarejo.
Acompanhei Lello até seu carro e fiquei surpreso, pois, ele sempre
dirigira Passats GT pretos e seu novo veículo era uma SUV prata
acinzentada que me espantou por ter a cadeira do motorista e o
volante, no meio do carro, e não à esquerda como os nossos veículos
ou à direita como os carros ingleses.
Depois eu estava dirigindo um quadriciclo por uma ladeira estreita
de terra do vilarejo quando me deparei com um pôr do sol estonteante.
Manobrei com dificuldade para retornar ao ponto onde vira o
pôr do sol tão belo para fotografá-lo e, assim, eternizar
aquele momento...
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Aliás Voadoras
Short StoryFazendo um breve preâmbulo; esta crônica é um dos capítulos de um livro que escrevo há mais de uma década intitulado "Aliás Voadoras". Aleá era o nome que os moradores de certo lugar do oriente, que foi dominado pelos portugueses, davam às fêmeas...