Depois de extenuante subida naquela trilha de morro agreste
deparei-me com as fundações de uma antiga casa não mais
existente.
Foi incrível, assim que pisei no chão da antiga construção
transportei-me para um tempo indefinido, creio que passado,
pois, tinha visto e entrado em uma casa da qual só restavam as
fundações e o transporte temporal levou-me à casa quando
estava em todo o seu resplendor e impondo respeito, dada a sua
localização e a beleza do seu estilo campestre.
Não estava só, as pessoas que lá moraram estavam a meu lado.
Teria eu me teletransportado?
Havia algo de familiar, na construção e nas pessoas.
Repentinamente algo nos afastou da copa e assustados a trancamos.
Não se passou muito tempo, creio eu, e esta entidade assustadora
mudou-se para a sala, como que tomando-a para si também, nós já
acostumados com a submissão ao ininteligível trancamos também a sala.
O casarão tão imponente e grande foi se reduzindo passo a passo
e quando nos deparamos estávamos no hall de entrada
amontoados e amedrontados.
Num consenso silencioso saímos e trancamos a porta de entrada do casarilusão.
A caminho da trilha que dantes lá me levara apreciei a vista do vale
que se descortinava e fora o domínio daquele lugar ininteligível.
Casarilusão ou casar ilusão, não sei não!
Após os fatos ocorridos deixei de pretender explicar a realidade e
preferi quedar-me quedo.
"Para alcançar seus objetivos estique o braço e eles ficarão bem perto das suas mãos."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aliás Voadoras
Short StoryFazendo um breve preâmbulo; esta crônica é um dos capítulos de um livro que escrevo há mais de uma década intitulado "Aliás Voadoras". Aleá era o nome que os moradores de certo lugar do oriente, que foi dominado pelos portugueses, davam às fêmeas...