Ganhei de um amigo um castão com um galgo metálico na ponta.
Ao chegar em casa desenrosquei o galgo e surpreso vi que havia
um punhal de mais de vinte centímetros por dentro.
Fuçando um pouco mais descobri um recipiente para guardar pó,
rapé provavelmente na época que foi construído.
Quando minha mãe torceu o pé me pediu este castão emprestado, o
que fiz sem pestanejar. Para minha tristeza no dia seguinte fiquei
sabendo que ela havia esquecido minha relíquia no táxi.
Quedei-me quedo e acabrunhado!
Belo dia passeando na feira de antiguidades do vão do MASP vi um
castão com a ponta esférica, de cor dourada e aproximadamente o
mesmo diâmetro do meu relógio de bolso.
Por sorte tinha algum dinheiro na carteira – coisa rara – e comecei
a negociar com a dona da barraca.
Depois de acirrada negociação e, como eu só tinha cinquenta reais
no bolso mesmo, venci!
Saí todo feliz com meu novo castão combinando com meu relógio de bolso!
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Aliás Voadoras
Historia CortaFazendo um breve preâmbulo; esta crônica é um dos capítulos de um livro que escrevo há mais de uma década intitulado "Aliás Voadoras". Aleá era o nome que os moradores de certo lugar do oriente, que foi dominado pelos portugueses, davam às fêmeas...