Três colegas de Ginásio

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Personagem 1:

Geraldo: Excelente aluno, loiro e bom de bola (levava a pelota fazendo embaixadas por toda a quadra e chutava a gol sem deixar a bola cair), era muito respeitado pela turma não só por este feito, mas também por ser simpático e bom companheiro.

Era um tanto quanto baixinho em relação á média de altura da classe, o que não o impedia de fazer os feitos pré relatados na quadra de futebol. Um menino bonito, de tez clara, olhos azuis e, como já disse antes, muito bom aluno.

Personagem 2:

Joaquim: conhecido como "Janjão" dada sua altura extremamente superior à média de altura da classe. De sorriso fácil e extrovertido, cabelos castanhos assim como os olhos. Livrou-me de uma enrascada quando três colegas queriam me bater na saída da escola, e eu, não fosse ele interceder por mim, teria levado uma boa surra!

Sempre me lembrei deste fato e como morávamos nas imediações do Colégio continuamos a nos ver anos e anos depois da escola.

Belo dia o encontrei na padaria e o achei muito pálido e magro, estava até com uma cor de pele acinzentada. Perguntei-lhe o quê estava acontecendo e ele me confiou que estava com cirrose hepática. Tentei dissuadi-lo de continuar a cerveja que estava bebendo sem sucesso e, para minha tristeza, pouco tempo depois vim a saber que havia falecido.

Personagem 3:

Jorge: Excelente aluno, competia com Geraldo para ser o primeiro da turma, davam-se muito bem apesar desta competição proveitosa.

Uns 20 cm. mais alto que Geraldo ficava na altura da mediana da classe, o que para ele era um orgulho, pois sempre fora dos 3 primeiros da fila que se formava para cantar o Hino à Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas do dia e, tal fila era por altura, ou seja, estava bem abaixo da média. Agora pertencia a média, o que era, para ele, um motivo de orgulho, como se altura tivesse algum valor.

Além de muito estudioso era bastante rebelde, ostentava uma cabeleira castanho clara muito comprida e trajava roupas que lembravam o movimento hippie e o Festival de Woodstock de 1969.

Não era bem quisto pela turma, nem jogar bola sabia e ainda "se achava" por ser um dos melhores da classe nas notas e já não ser dos mais baixinhos. Um estranho no ninho eu diria!

Aliás VoadorasOnde histórias criam vida. Descubra agora