Alucinação

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  Apareceu, no quarto do hotel, um homem loiro com barba grisalha.

 Inexistente, corporalmente falando. 

Ao confrontá-lo desapareceu. 

Em seguida, dois delegados entraram, sem bater, acusando-me.

  Enfrentei-os indignado, disse que tomo remédios prescritos 

por um professor doutor da USP, que me acompanha e que

poderia  mandar vir por fax ou e-mail  todos os exames médicos,

receitas  e explicações científicas, que eu era e sou  uma pessoa boa,

que nunca fez mal à ninguém ,e que era um abuso absurdo  irem

entrando  no meu quarto sem motivo legal. 

Puseram o rabo entre as pernas.

  Neste trecho estava falando com eles em voz alta (sem gritar) e

 ao mesmo  tempo  gritando por socorro.

  Retornou a aparecer o espírito loiro e de barba bem cortada,  

então fisicamente  parecido comigo. 

Havia desaparecido no início da discussão e mandei-o sair também.

  Já, neste momento, conscientizei-me do que estava ocorrendo,

uma alucinação, semiconsciente.

Percebi que eu estava falando sozinho e de que o medo da

afronta havia passado.

  Retornei à realidade e confirmei com minha mulher de que os gritos

 por socorro realmente tinham acontecido. 

Levantei entre apavorado e aliviado; lavei o rosto do espírito, 

e abri as janelas para contemplar o lindo dia 

da alma que estava nascendo.

da alma que estava nascendo

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