Faz de conta

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Homenageando o quinto centenário da célebre obra de 

Miguel de Cervantes, Dom Quixote e seus desafios, 

                               compararemos ao professor de Matemática  contemporâneo

 e seus alunos, que lembram o vinhoto poluente da 

fabricação do álcool e o universo cognoscível com o tal 

combustível limpo, que o quixotesco mestre tenta de todas

 as formas dialéticas ensinar e aprender, a imagem da luta

 inglória de Dom Quixote, em seus delírios,

 com os dragões que não passavam de moinhos de vento, 

para salvar a heroína Dulcinéia, o conhecimento. 

Penso em formas de aumentar a força de luta desse 

quixotesco mestre contra os dragões que, se encarados realmente,

 sempre foram moinhos  de vento, e, seu objetivo, salvar o dulcinéico

 conhecimento passaria de uma luta inglória para uma vitória honrosa.

Em seus delirantes sonhos de luta contra os moinhos de vento, 

o mestre de hoje deve usar de técnicas modernas para conseguir

 tirar o pensamento do aluno da aula de Educação Física e seus 

jogos de bola  ou dos folguedos do intervalo.

Para tanto, de posse do saber já adquirido pela humanidade,

 de Sócrates  a Marcuse, conseguiremos tornar o sonho em realidade, 

envolvendo também os conhecimentos já perpetuados por 

Freud e Piaget, na luta do princípio da realidade contra o de prazer.

Nesta eterna luta entre Eros e Thanatos, o novo mestre atrairá

 a atenção de seus pupilos usando seu gosto pelo lúdico e

 sua inexorável vontade de vencer o jogo. 

Se contempladas as fases de aquisição do pensamento 

formal até chegar ao hipotético- dedutivo, fornecermos o desafio 

de jogos, que em suas regras contenham conhecimentos básicos 

matemáticos, como por exemplo os dez axiomas e postulados

 geométricos, e aumentem sua complexidade junto com a aquisição

 cognitiva adquirida  sem saber, pois suas cabeças de vento não 

estarão na complexidade das  matérias exatas e sim na vontade

 de vencer os dragões do jogo, e  alcançar a glória de salvar Dulcinéia

 (o conhecimento das matérias exatas, antes inaceitáveis e agora,

 nesse "faz de conta", necessárias à salvação de tão formosa dama).

Assim o dragão tornado moinho pela vontade de vencer fomentará

 o aprendizado e sem saber que para aprender as regras dos jogos 

e as estratégias para ganhar, estarão aprendendo conceitos

 matemáticos  e lógicos para dominar o campo de batalha

 e resgatar a donzela em perigo, o conhecimento e a falta de interesse.

 Descobrir, portanto,  quais jogos aplicar e quando, acompanhando

 o desenvolvimento cognitivo de cada turma, driblaremos a 

falta de motivação, a evasão escolar e a progressão continuada,

 o mais temível dos moinhos-dragões

FAZ DE CONTA!

FAZ DE CONTA!

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