Agora vamos mixar a rosa dos ventos, a estrela do norte e minha flacidez, que vem se exacerbando com a idade; como?
Astrofagicamente talvez....
À priori, vejo em comum o acúmulo de conhecimentos que se vão somando com o passar do tempo e os atributos físicos que se vão indo concomitantemente.
O antigo sonho do marinheiro sem uso de astrolábio, ou qualquer outro equipamento, moderno ou antiquado, que se guiava pela estrela do norte funde-se com o seu cotidiano atual – sem barco, sem vela e rumo ao fatídico final desta feita.
Não soube eu me desprender do corpo, para meu espanto e prazer?
Incorpóreo, nem da estrela do norte precisava, ia para "onde me desse na telha" e, assim que comandasse, retornava certeiro sobre meu então jovem corpo, flutuando verticalmente como pluma que "desce na telha".
Pergunto ao meu mentor e zeloso protetor de todos os momentos, aonde anda minha estrela guia? Já que ora lhe incomodo, qual trilha devo seguir em sua luminosa direção, escapando dos estertores de mares tão bravios?
Aliás, incorpóreo, flutuante e não flácido...
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Aliás Voadoras
Short StoryFazendo um breve preâmbulo; esta crônica é um dos capítulos de um livro que escrevo há mais de uma década intitulado "Aliás Voadoras". Aleá era o nome que os moradores de certo lugar do oriente, que foi dominado pelos portugueses, davam às fêmeas...