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São Paulo

Lorena Ferreira


NO DIA SEGUINTE EU estava na faculdade no meio da aula de neurocirurgia novamente, parece que nesse semestre vamos ter muito dessa matéria.
A professora explica os módulos no quadro e os alunos prestam atenção, graças a Deus as aulas hoje eram só cedo, agora são oito da manhã.

E eu amei ter aula só cedo porque mais a noite vai ter o jogo do Palmeiras e Internacional, e obviamente a vitória vai ser do verdão, sem sombras de dúvidas.
Estava fazendo o resumo até uma notificação cair no meu celular.

Pedroraulgaray começou a seguir você.

Dou um sorriso de lado e o sigo de volta, terminei o resumo e a professora saiu da sala, junto nós também, participei da outra aula e depois fui para o refeitório participar do almoço, encontrei Gabriely no meio do corredor acenando com a mão para mim.

Eu vou até ele e nos abraçamos, nos sentamos em uma mesa mais afastada e ela coloca suas coisas na mesa e me olha sorrindo.

— O que foi ? — pergunto depois de ver seu sorriso travesso.

— Nada, é só que fiquei sabendo que um tal de Pedro Raul tá seguindo você. — ela disse dando de ombros, fazendo uma cara engraçada.

Nem a choquei é tão rápida igual a Gabriely.

— Rival Lorena? — ela perguntou fazendo uma careta.

— Ele é gentil, e atencioso, e outra, somos só conhecidos. — falo revirando os olhos.

— Se beijaram ? — ela perguntou sorrindo.

— Não, na verdade ele me deu um beijo na bochecha. — digo me lembrando da noite passada.

— Puta merda, o Veiga vai ficar doido. — Gabriely diz dando uma risadinha.

— O que o Veiga tem haver? — pergunto pegando um pouco da salada com frango que nós estamos comendo.

— Ele vai ficar com ciúmes. — a loira diz comendo sua salada.

— Duvido muito. — digo sem dar importância. — e como você ficou sabendo dele?

— Zé Rafael me falou. — ela diz e eu revirei os olhos.

— Aquele fofoqueiro. — digo e ela ri.

— Não ia me contar? — ela perguntou colocando a mão no peito simulando uma dor.

— Não tem sentido, a gente nem vai se ver novamente e outra. — digo observando ao redor, olhando ela. — eu gosto é do Veiga, e você sabe.

Ela suspira e concorda, continuamos o almoço e logo depois fomos embora para casa, a tarde toda eu passei lendo um livro de romance para poder relaxar a mente.

Era umas cinco da tarde e meu pai chegou em casa agitado.

— LORENAAA!! — ele grita do andar de baixo e eu fechei o livro marcando com o marca página.

— TÔ AQUI! — grito de volta e escuto ele subindo.

— Vai no jogo comigo hoje né filha? — ele perguntou abrindo a porta e ainda com a roupa de técnico.

— Claro pai, não perco um jogo do verdão. — falo sorrindo, ajeitando o óculos no rosto.

— Vou sair às sete, vamos chegar mais cedo. — ele diz avisando e antes de sair me dando um beijo na testa.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora