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São Paulo

Lorena Ferreira

JÁ ERA SEGUNDA E AS aulas estão rolando uma atrás da outra, já estava na minha segunda aula da manhã e eu anoto as coisas rapidamente e tento focar na explicação, minha mente está um turbilhão depois dos últimos acontecimentos, penso no Veiga, e t...

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JÁ ERA SEGUNDA E AS aulas estão rolando uma atrás da outra, já estava na minha segunda aula da manhã e eu anoto as coisas rapidamente e tento focar na explicação, minha mente está um turbilhão depois dos últimos acontecimentos, penso no Veiga, e também penso no Pedro Raul.
Antes tinha tomado a decisão de dar uma chance para ele só que depois do que aconteceu no sábado....eu ainda tenho uma faísca de esperança.

Talvez eu seja idiota por pensar nessa última esperança, mas uma parte do meu coração clama pelo Veiga, como se fosse automático.
E o Pedro é importante para mim, caramba eu nunca imaginava que nas últimas semanas um jogador corinthiano ia significar tanto para mim, e me ajudar tanto como ele ajudou.

As aulas passaram e finalmente as teóricas acabaram, agora depois do almoço eu iria para as aulas práticas com Gabriely e o pessoal do último ano.
Passei antes na secretaria para pegar um café amargo, sai atrasada de casa e não pude tomar o café da manhã, e a tiazinha que comanda a secretaria me deixa pegar de graça.

Saio nos corredores até chegar no refeitório, vejo a loira sentada em uma mesa afastada e eu vou até ela, me sentei do seu lado.

— Teve aula teórica? — ela perguntou empurrando um prato de comida e salada que tinha pegado para mim.

— Tive, depois do almoço é a prática no hospital. — falo terminando o café e passando para o almoço.

— Hoje o meu dia é só dá prática. — Gabriely diz com o ar um pouco cansada, eu a entendo.
Não é fácil passar quase um dia inteiro no hospital.

— Pelo lado bom, tem jogo amanhã.— falo lembrando, ela sorri concordando enquanto mastiga.

— Você vai ? — ela pergunta bebendo seu suco.

— Vou. — falo concordando, continuando a comer.

— Se quiser que eu te pegue pra gente ir pra Santos. — ela diz sugerindo.

— Na verdade, o Veiga me chamou pra ir no ônibus com o elenco. — falo sendo incapaz de não deixar um sorriso bobo no rosto.

— Isso vai dar namoro. — ela fala sorrindo e balançando a cabeça.

— Não, não viaja. — falo negando e tirando o sorriso do rosto. — ainda é tudo recente...

Deixo no ar e ela concorda, eu suspiro e depois Gabriely corta o silêncio.

— Vê se eu e Antonella podemos ir no ônibus também, economizo gasolina. — a loira diz de uma forma engraçada,eu dou uma risadinha e concordo.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora