15

374 28 11
                                    


São Paulo

Lorena Ferreira

NO DIA SEGUINTE EU acordei com uma dor tremenda de cabeça, acho que parte por ter bebido vinho demais ontem a noite as conversas com Pedro foram aumentando e nós acabamos com a garrafa de vinho inteira.

Não me deixou bêbada, mas não costumo beber assim também, pego um comprimido para tirar a dor de cabeça e vou tomar um banho, tive a manhã livre hoje.
Vou ir a tarde para a faculdade e tentar sair a tempo para o jogo de hoje com o Atlético-GO e o Palmeiras.

Assim que tomei um banho vesti uma roupa para ficar confortável em casa, desci as escadas e vejo minha mãe cozinhando o almoço, pelo jeito estava terminando.

— Acordou bela adormecida. — ela diz rindo assim que olha para trás e me vê.

Eu dou um sorriso e vou até a mais velha, lhe deixo um beijo na testa.

— Bom dia mamis. — falo me sentando na cadeira da bancada e apoiando as mãos no queixo, ainda meio sonolenta. — cadê o papai ?

— Tá no CT, vai treinar o pessoal. — ela diz olhando o arroz.

— A senhora vai no jogo hoje? — pergunto olhando a mais velha que me olha com um sorriso.

— Vou, consegui tirar folga hoje. — ela diz e eu sorrio animada.

Seria bom ter minha mãe comigo hoje, recebi uma mensagem mais cedo do Gabriel e a Duda, irmão e cunhada do Rapha falando que também estariam lá.

Duda é uma das minhas amigas mais próximas, o Gabriel também, e os dois agora estão esperando uma menininha, estava ansiosa e eu tenho certeza que vai ser a cara da Duda.

Ela também é médica, sempre me ajudou e ajudou a Gabriely muito em quesito de matéria da faculdade.

É uma excelente profissional e pessoa.

Almocei com minha mãe enquanto fofocamos sobre a vida alheia, terminamos o almoço e eu troco de roupa me arrumando e saindo com meu carro para a faculdade.

Assim que chego lá vou para a minha aula, Gabriely não veio hoje então eu estaria sozinha.
As aulas foram rápidas e bem sucedidas, participei de uma equipe técnica para a próxima aula prática de cirurgia.

A tarde passou e já era quase seis da tarde, o jogo iria acontecer às oito da noite no Allianz parque.
Eu saio da faculdade e chego em casa, meu pai já tinha ido para o estádio e minha mãe se arrumava.

Tomei um banho e estava em frente ao espelho decidindo se eu alisava ou não o cabelo, olho o espelho e pela primeira vez não senti insegurança com ele.

"Fica tão perfeito assim"

Me lembrei das palavras do Veiga, sorri e sai de frente do espelho.

Deixei assim mesmo com os cachos ondulados e passei somente um óleo para reparar as pontas, coloquei uma calça preta cargo e a blusa verde do Palmeiras.
Um tênis branco e uns colares, a pulseira do Veiga e um anel verde para combinar.

Pego uma bolsa branca e coloco algumas coisas que eu precisaria, desci as escadas e minha mãe já estava pronta, atrás da sua blusa do Palmeiras tinha seu nome e do meu pai.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora