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São Paulo

Raphael Veiga

ACORDEI COM AS PEQUENAS frestas de luz passando pelas cortinas do meu quarto, abri os olhos cansados e provavelmente inchados pela noite passada, rapidamente minha mente me leva de volta para tudo que aconteceu ontem a noite

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ACORDEI COM AS PEQUENAS frestas de luz passando pelas cortinas do meu quarto, abri os olhos cansados e provavelmente inchados pela noite passada, rapidamente minha mente me leva de volta para tudo que aconteceu ontem a noite.

A traição.
As palavras.
A crise de ansiedade
As lágrimas.

Passo o braço para o outro canto da cama e não senti a Lorena, ontem depois de todo o caos e de ela com os meninos me ajudarem, eu pedi a Ferreira para ficar comigo, eu me sentia melhor com ela.
E as palavras que ela me falou ontem, porra, foi como se as da Bruna não tivessem tanto impacto.

Não que as da loira não doeu em mim, doeu muito e perceber o que estava escondido acabou comigo, a dor de ter saudade do que tivemos e ver ela por todo canto da casa, as memórias.
Levantei me sentando na cama e sentindo a cabeça doer, coloquei a mão na mesma e tento me conformar com tudo isso, toda a história.

Porra, o Arrascaeta mano, porque logo alguém do time rival, na verdade porque isso? Porque me trair ?
Eu sei que devo ter errado um pouco, mas ela não me amava ?

Tento ignorar as perguntas na cabeça e levantei da cama, arrumando e passando para o banheiro, escovei os dentes e lavei o rosto tentando amenizar o inchaço e tudo que aconteceu na noite passada.
A única parte boa foi dormir confortável e me sentindo acolhido no abraço da Lorena.

Desci as escadas coçando os olhos e os pés no chão frio, olho para os lados a procura da morena ,vi movimentação na cozinha e parti para lá.

Parei na porta da cozinha cruzando os braços e encostando o ombro na parede, olho a morena preparando o café e colocando a mesa, depois volta ao fogão e meche os ovos na panela, eu me pego dando um leve sorriso ao ver como ela fica.... intrigante, com minhas roupas.

Mas a morena se vira me percebendo ali e eu tiro o sorriso do rosto.

— Não vi você aí. — ela diz mechendo no cabelo, desligando o fogo do fogão.
Eu ando até ela e passo por ela olhando o que tem na mesa.

Mistos quentes, algumas frutas cortadas, iogurte, leite e café preto amargo, sem contar os ovos que ela coloca agora encima da mesa.

— Não precisava de fazer isso tudo. — falo olhando a mesa posta, ela se senta e franze o cenho.

— Se não quiser, eu como por você. — ela diz dando de ombros e pegando um copo para colocar café.

— Capaz. — falo com ironia, sentando na sua frente e pegando um misto e depois colocando um pouco de suco.

— E aí, você tá bem ? — ela perguntou meio receosa, eu a olho e depois desvio o olhar terminando de engolir um pedaço do misto.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora