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São Paulo

Lorena Ferreira

VEIGA ME DEIXOU EM casa e foi embora sem entrar, ele tinha algumas coisas para fazer, não disse a ele que iria sair com o Pedro mas ele já deve ter desconfiado

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VEIGA ME DEIXOU EM casa e foi embora sem entrar, ele tinha algumas coisas para fazer, não disse a ele que iria sair com o Pedro mas ele já deve ter desconfiado.
Me arrumei enquanto meus pais assistiam um filme na sala, tomei um banho Premium e fiz uma skin care rápida, Pedro iria me buscar as oito e nós iríamos jantar na sua casa mesmo.

Ele estava cansado do treino e eu da faculdade, então caiu perfeitamente para nós dois, depois da skin care coloquei um vestido verde colado até os peitos e solto da cintura até os joelhos, ele é confortável e cai bem no corpo, é tomara que caia.
Agradeço a Deus pelas manchas que Garro causou terem saído, isso evitaria  problemas com ele e seu trabalho.

Fiz uma maquiagem simples e deixei o cabelo natural somente passando um reparador de pontas nele, peguei minha bolsa e as coisas e sai para o andar de baixo, meu pai não estava tão contente de eu sair com o Corinthiano mas não podia evitar isso.

Fecho a porta atrás de mim e fui até o carro, ele estava encostado na porta do passageiro olhando seu relógio, assim que me vê o mais velho dá aquele sorriso perfeito e desencosta da porta me envolvendo em um abraço quente e confortável assim que chego até ele.

— Oi minha rival. — ele diz no meio do abraço, eu dou um sorriso e acaricio suas costas.

— Oi meu rival. — falo ainda no abraço, separamos e o olhamos nos olhos um do outro.

Pedro pega minha mão e a levanta, me fazendo dar uma voltinha.

— Verde te cai bem, mas achei bem irônico você usar verde. — ele fala e eu entro no carro dando uma risada, ele dá a volta e entra também.

— Verde é a cor do maior campeão do Brasil. — falo me gabando.
Ele dá risada e balança a cabeça seguindo caminho até a saída do condomínio.

— Nunca na minha vida imaginei que iria me apagar em rival, ainda mais uma palmeirense. — ele diz e faz careta, eu dou risada.

— Somos as melhores. — falo encostando a cabeça no banco e o olhando.

— Não, você é a melhor. — ele diz tirando o olhar da estrada e me olhando com um sorrisinho, tenho certeza que fiquei corada agora.

Continuamos a conversar até chegarmos ao prédio que fica seu apartamento, ele estaciona e subimos os andares de elevador, saímos do elevador com ele me abraçando por trás e deixando um beijo na minha bochecha.

— Comprei uma garrafa de vinho, pra gente.— ele diz no meu ouvido, abrindo a porta e desfazendo o abraço assim que adentramos o lugar.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora