São Paulo
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Lorena FerreiraMAIS UAM MANHÃ QUE acordei com os olhos pesados e o corpo doendo, caramba, nunca imaginei que o emocional podia abalar tanto o corpo e tudo externo. Abri os olhos devagar e encarei a janela de vidro grande pegando quase toda parede do meu quarto, os pingos de água da chuva se atiravam contra ela com certa velocidade mas ao mesmo tempo calmos.
Ele desciam e eu acompanhava com o olhar, vendo o quanto somos parecidos em alguns aspectos, estavamos caindo lentamente.
Me esforcei para me levantar e sentei na cama sem ânimo para nada, fiz um coque no cabelo bagunçado e me levantei indo até o banheiro.Escovei os dentes e tomei um banho quente para acordar direito, terminei minhas higienes e sai do banheiro, coloquei uma calça de pijama e uma blusa manga comprida do mesmo jeito.
Arrumei minha cama e desci as escadas, vi um recado na geladeira da minha mãe dizendo que estava em uma reunião e meu pai no CT em treinamento, eu abri a geladeira e peguei uma jarra de água.Era exatamente oito da manhã, acordei cedo até, tomei meu estimulante para apetite que a médica me passou e as vitaminas fora o remédio da ansiedade que tinha que tomar, meu coquetel durante três dias.
Fiz uma careta pelo gosto ruim dos remédios juntos, guardei tudo e peguei um pacote de sucrilhos despejando um pouco em um potinho e depois derramando leite bem gelado, é um vício, açaí e sucrilhos com leite bem gelado.
Na verdade é a melhor maneira de comer sucrilhos, com leite bem gelado, a pessoa que toma com leite quente já desistiu de viver.
Peguei um pouco de leite moça que já estava aberta, derramei o leite condensado por cima dos sucrilhos e coloquei de volta na geladeira fechando a porta.É um jeito estranho e diferente de comer, mas é o melhor.
Fui até o sofá e sentei devorando o potinho nas minhas mãos enquanto respondia algumas mensagens do Pedro.
Escutei batidas na porta e estranhei, meus pais iriam chegar só mais tarde.
Deixei o celular no sofá e fui até a porta segurando o sucrilhos em uma mão e a outra esfregando as olheiras por debaixo dos olhos.
Abri a porta e vi Antonella e Gabriely com pijamas segurando várias sacolas e a morena com um guarda-chuva protegendo elas dos pingos que caia sobre São Paulo.
— Vocês estão de pijama ? — pergunto franzindo o cenho.
— É sério que essa é sua pergunta ? — Gabriely diz dando risada, eu dou um sorriso e dou espaço para elas entrarem.
Antonella fecha o guarda-chuva e deixa em um suporte alí perto da entrada, as duas vem comigo até a cozinha deixando as sacolas encima do balcão.
— Imaginamos que você não tinha saído do pijama, então vestimos também. — Antonella diz e Gabriely concorda.
— Passamos no mercado e compramos umas coisas, dia de maratonar. — Gabriely fala e eu dou uma risada leve.
— Passaram no mercado com pijamas? — pergunto apontando para as duas, a morena com um pijama da gatinha Marie e a loira com um do Relâmpago McQueen.
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Duas Metades. - Raphael Veiga
RomanceLorena Ferreira se conhece por reprimir seus sentimentos, sempre foi assim, até um dia um certo jogador e melhor amigo terminar, mas eles encontram muitos obstáculos no caminho os impedindo de deixar esse sentimento fluir. Lorena tenta esquecer os s...