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São Paulo

Lorena Ferreira
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Fazenda do Gómez

A PARTE DA TARDE PASSOU com conversa, churrasco e risadas dos meninos zoando o Piquerez por não querer beber porque segundo ele vai beber só quando arrumar alguém

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A PARTE DA TARDE PASSOU com conversa, churrasco e risadas dos meninos zoando o Piquerez por não querer beber porque segundo ele vai beber só quando arrumar alguém.
A vida de solteiro não está fácil, eu passei a tarde quase toda com o Veiga na represa e as vezes ele saia para pegar uns pedaços de carne para nós.

Umas cinco da tarde nós saímos da represa e fomos tomar um banho, depois do banho fiquei no gramado embaixo das árvores onde as redes estavam armadas.
Gabriel e Duda em uma abraçados e eu mais o Veiga em redes diferentes, mas uma ao lado da outra.
Agora é umas seis da tarde e já estava começando a escurecer, na frente do espelho eu finalizo o cabelo prendendo ele nas mãos enquanto deixo ele secar devagar e naturalmente.

Quem diria que eu amaria o cabelo natural.
Termino o cabelo e passo para a maquiagem, iria fazer algo mais leve e básico, só para não ficar sem nada.

Escuto batidas na porta e olho a mesma fechada.

— Ae Lorena, tá aí?— reconheço a voz do Zé e eu continuo a olhar o espelho.

— Tô, entra Zé ruela. — falo e ele abre a porta revirando os olhos pelo apelido, fechando a porta e vindo deitar na minha cama.

— Ei, aqui não é o quarto da mãe Joana não.— falo com as mãos na cintura.

Ele abraça um travesseiro e me olha se arrumar no espelho.

— O quarto da mãe Joana é mais organizado. — ele pega no meu pé olhando as maquiagens no pé da cama.

— Se ficar falando mal do meu quarto eu te expulso. — falo olhando ele e o ameaçando, volto a olhar o espelho e passar o rímel.

— Parei. — ele levanta as mãos em rendição. — Scarpa, Gómez e Veiga tão pegando madeira pra fogueira.

— Vai acender agora?— pergunto franzindo o cenho.

— Não, depois da janta, mas já tão organizando. — ele responde, e eu deixo o rímel encima da cama e pego o lápis de sombrancelha.

— Aí eu tô amando esses dias aqui. — falo sorrindo enquanto faço minha sombrancelha.

— Cê ama isso né? — ele se refere a fazenda.

— Cê não tem ideia. — falo concordando, terminando uma sombrancelha e indo para a outra.

— Então...— Zé Rafael fala com a voz sugestiva, me viro para o olhar e ele tá sentado na beirada da cama e com um sorriso malicioso. — vi você e o Veiga juntinhos hoje na represa.

Dou uma risada e reviro os olhos.

— E o que tem ?— pergunto fazendo uma de desentendida.

— O que tem é que o namoro tá mais próximo que nunca. — ele diz e dá uma boa risada.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora