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São Paulo

Raphael Veiga

TINHA CHEGADO DO jogo e Bruna estava dormindo calmamente na nossa cama, tomei um banho para tirar toda tensão do jogo e da conversa que tive com a Ferreira

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TINHA CHEGADO DO jogo e Bruna estava dormindo calmamente na nossa cama, tomei um banho para tirar toda tensão do jogo e da conversa que tive com a Ferreira.
Foi muito estranha, ela não quer conversar sobre uma coisa comigo e eu não consigo adivinhar o que é, por mais que conheço ela bem.

Só sei que não quero ela longe, não mesmo.

Deito e abracei Bruna, tentando esquecer tudo isso, mas sou pego de surpresa quando meu celular toca.

Peguei ele encima da cômoda sem acordar a loira do meu lado, fiquei confuso assim que vi o contato da Lorena na tela.

Atendi e me levantei devagar sem acordar Bruna.

- Veiga...- ela diz do outro lado da linha e eu estranhei sua voz.

- Lorena...- falo baixo, mas franzi a testa assim que escuto seu soluço e seu choro do outro lado. - o que aconteceu? O que aconteceu Lô?

Pergunto já preocupado com seu estado, passei a mão no cabelo ansioso.

- Eu preciso de oito minutos. - sua voz fraca e com medo diz do outro lado e imediatamente me lembro da nossa conversa de uns dias atrás.

O código para usar caso estivesse precisando de algo.

Olho para o lado e vejo Bruna dormir tranquilamente, me sentei na cama com cuidado para ela não acordar,peguei minha carteira, chave do carro.

Desci as escadas com certa pressa.

- Onde você está? - perguntei ansioso para sua resposta e preocupado com a morena.

- Em casa...meus pais...- ela diz com a voz trêmula e chorosa. - não estão aqui e eu preciso... preciso de você.

Sua última palavra sai como um chamado por ajuda, como se eu fosse sua âncora de alguma maneira.
Sinto meu peito apertado.

- Eu chego o mais rápido que conseguir, calma. - falo saindo de casa e fechando a porta, corri até o carro e entrei rapidamente. - eu já chego pequena.

Digo e desligo o celular, tiro o carro da garagem rapidamente saindo rumo a estrada o mais rápido que conseguia.
Tentei ignorar os carros e penso na Ferreira precisando de mim, algo aconteceu e só consegui perceber isso pelo seu choro e sua voz... receosa.

Demorei uns três minutos para chegar até o seu condomínio, a portaria já ficava liberada para mim então não demorou muito.

Acelerei e cheguei enfrente sua casa rapidamente, desço do carro com certa rapidez e abri a porta que graças a Deus não estava trancada, como ela disse na ligação não tinha ninguém em casa.
Escuto seu choro vindo baixinho do andar de cima, deduzi que ela está no seu quarto então subi as escadas e vou rumo ao quarto da Ferreira.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora