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São Paulo

Raphael Veiga
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Fazenda do Gómez

FICAMOS JUNTINHOS na cachoeira por um tempo, conversamos e rimos bastante, tudo parecia e realmente é mais leve com a Lorena

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FICAMOS JUNTINHOS na cachoeira por um tempo, conversamos e rimos bastante, tudo parecia e realmente é mais leve com a Lorena.
E eu gosto tanto disso, porra, eu amo muito isso.
Pegamos nossas roupas e ela veste o short e a camisa de botões por cima, vi que parece menos insegura comigo, e isso é tudo que eu quero, que ela confie em mim.

Que saiba que é digna de tudo, vejo que a Lorena tem essa cisma, ela acha que não é digna das coisas, que não merece.
Mas ela merece o mundo, e um pouquinho mais.

Merece ser observada, ser beijada, ser acolhida, ganhar flores, e mais um pouquinho, quero ser o cara que vai mostrar isso para ela e tentar fazer esses muros caírem, ela ainda não se abre comigo em relação a tudo, eu quero entrar mas ela me barra em algumas coisas ainda.
Decido ir devagar.

Embora isso também me pegue um pouco, porque tenho medo de acabar ruim, mas quero tentar.

Pegamos um dos quadriciclos que estava ali e antes perguntei ao Gómez onde ficava o tal lugar onde tem a melhor vista para o pôr do sol.
Pelo jeito que ele me explicou eu consigo chegar lá, estava com ela na garupa e passando pela estrada dentro da fazenda indo rumo ao lugar.

— Menino que velocidade é essa. — ela diz me fazendo soltar uma risada, estava mesmo meio rápido mas sentir seus braços me segurando forte na cintura é um bônus.

— Falou a pessoa que anda devagar. — ironizo e vejo pelo retrovisor ela revirar os olhos.

— Se quiser que eu veja o pôr do sol inteira com você. — ela diz apoiando o queixo no meu ombro. — é melhor andar mais devagar.

Diminui a velocidade e ela afundou o rosto no meu pescoço, cheirando, me deixando todo arrepiado.

Acelerei mais um pouco e passei em uma subidinha fazendo nossos corpos levantar um pouco do assento do quadriciclo.

— Raphael Veiga!! — ela briga comigo me beliscando, me fazendo rir e diminuir a velocidade.

— Calma dona onça. — digo pegando no seu pé, ela pega o celular e grava o momento, mando um beijo para o celular e ela deixa um beijo na minha bochecha.— ela tá assim só porque tá gravando.

— Mentira! Sou sempre carinhosa. — ela diz de olho no celular, continuo a dirigir olhando a estrada.

— Isso aí é fake news. — falo implicando e ela nega com a cabeça fazendo uma careta fofa.— a gente tá indo ver o pôr do sol agora.

Duas Metades. - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora