Capítulo 7

3.5K 376 43
                                    

-- Já comeu? – Ela pergunta entrando na cozinha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-- Já comeu? – Ela pergunta entrando na cozinha.

Somente resmungo confirmando para a mesma. Ela se aproxima de mim, destrava a cadeira que tinha travado e sai me levando para o lado do jardim.

Parando perto das flores, para em minha frente, se senta no chão de perna de índio e pega em meu pé, começando a fazer um tipo de massagem.

Suas mãos eram quentes e macias, seus movimentos lentos e cuidadosos. Ficamos em silencio, cada um em seu próprio pensamento. Queria falar algo, mas não sabia o que e também sabia que ela está brava.

Motivo? Eu.

-- A quanto tempo parou de ir no médico? – Me olha, mas volta a sua atenção ao que estava fazendo.

-- Um mês e meio depois que aconteceu o acidente. – Noto ela revirando os olhos.

-- Que vontade de voltar a andar. – Ela fala baixinho, mas ainda sim consigo ouvir.

Permaneço calado, somente observando mesmo. Ela é bem espontânea, fala o que pensa sem medo do que pode acontecer. Mesmo que ela seja brincalhona, seu jeito sério é bem evidente e fica séria rapido.

Só basta fazer ou falar algo do desagrado da mesma.

-- Você quer parar? – Me encara. – Você é uma pessoa muito estranha, senhor delegado. –

-- Não sou mais delegado. – Falo.

-- Um dos meus irmãos é delgado, falei de você para ele e o mesmo disse que tu ainda, é bem considerado e que sempre quis o conhecer. – Passa a mão por debaixo do meu pé.

-- Ele deve ser um bom delegado. Já ouvi falar dele e que entrou a uns 3 a 4 anos atrás. Seu tio fala muito dele. – Falo.

-- Ele é o sobrinho preferido do meu tio. – Faz careta.

-- Isso não te agrada? – Sorrio de lado.

-- Não. – Faz bico, mas sinto o tom brincalhão dela. – Eu tenho que ser a primeira, sempre. Ninguém deve ser acima de mim. – Inclina a cabeça cima, jogando para o lado ainda com o bico.

-- Coitado do namorado. – Me encara indignada. 

-- Ele vai ser um sortudo e azarado ao mesmo tempo. – Confirma sorrindo.

-- Ah é? É tão confiante assim? – A questiono.

-- Claro que sou. Sou bonita e gostosa, ele tem que saber a mulher que vai ter ao lado, fora que vai ter prejuízo com o dinheiro dele, não aceito homem que não me alimenta bem. – Dou risada.

-- Comida? –

-- Também. – Sorri maliciosa.

-- Santo deus, mulher! Estava falando de comida de comer. – Me sinto um pouco envergonhado.

Segunda chance Onde histórias criam vida. Descubra agora