Ele é um Ex coronel da BOTE
Ela uma enfermeira a procura de um emprego
Um homem totalmente ferido peles pessoas que amava, começa a amar novamente. Mas será que irar aceitar esse novo amor.
+ 🔞
Capa por: @fablecherries
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estava há uma hora olhando para a caixinha na minha mão, com as mãos tremendo de nervoso, medo, ansiedade e tudo que tinha direito. Faz uma hora que já tinha feito o teste e não estava com coragem de olhar o resultado; fiz uns 7, na verdade.
Todos estavam no meu quarto, todos quietos, até mesmo as crianças, todos esperando o meu tempo e esperando para ver o resultado.
-- Assim? - Olho para o Bê que estava olhando para o chão. - Eu sei que é importante respeitar o espaço e o tempo dos outros, mas dá para você abrir a porra dessa caixa e mostrar? Todos nós estamos nervosos. E além do mais, cadê o principal que colocou provavelmente essa criança aí dentro? Não era para ele estar sofrendo com a gente? Por que assim ... - O corto.
-- Brigamos e possivelmente .... Por um bom tempo. - Falo abrindo devagar a caixinha.
-- O que aconteceu? Vocês brigam, mas é por coisas bobas e estão grudados mesmo assim. - Ben pergunta confuso.
-- ..... No dia do tiroteio, eu ajudei o dono do morro que fica perto do hospital onde trabalho. - Os meninos se desencostam da parede e me encaram. - Ele estava possivelmente morrendo e um deles me pegou no ponto, me levando para cima, e me fez ajudar o cara; claro que eu iria vir embora depois de ajudar. Tenho senso ainda que meu namorado e irmãos são policiais, mas não deixaram eu descer e, convenhamos, não tinha muito o que eu fazer contra isso. --
-- Por que não nos contou? Escondeu isso por quê? -- Ben pergunta bravo.
-- Deveria ter ligado para nós assim que saiu de lá. -- Bê diz irritado.
-- Tive que ficar a noite e, quando saí, fui para o hospital, já que tinha muitas ligações e mensagens de vocês me procurando e dizendo o que aconteceu. -- Tento explicar.
-- Bruna, isso é grave! - Talles se aproxima mais.
-- Eu sei. - Sinto meus olhos lagrimejarem. - Mas o que eu poderia fazer? Deixar ele morrer? - Pergunto resmungando.
-- Uma opção. - Os três dizem juntos.
-- Não é só porque vocês são policiais e eles são bandidos que têm que sair matando, decidindo quem vive e morre. - Falo ficando brava também. Pronto, todo mundo surtando. - São deus para fazer o julgamento? - Zombo.
-- Bruna...- Nosso pai bufa alto, um sinal de que estava se irritando com a gente.
-- Vocês três, quatro, seja lá quanto que já perdi as contas dos filhos, dá para parar de julgar o que a irmã de vocês fez ou não? - Os encaram. - Puta que pariu, porra! Ela fez merda? Fez, deveria ter contato? Deveria. Mas vocês não são porra nenhuma para falar algo! A farda de vocês é proteger, prender e cuidar daqueles que não conseguem. O dela é curar, ajudar, independente de quem seja. Se um bandido e um policial aparecerem em um hospital ferido, acha que ela vai ter que ajudar quem primeiro? Ela não tem que olhar a quem ajuda. São tão machos alfas que sabendo que a irmã de vocês ajudou, contra a vontade dela, o ''inimigo'', vocês vão virar a cara e ficar irritados? Então larguem a farda de vocês. - Fala os encarando.
Meu pai, como um ex-médico, sabe do nosso código e ética como profissional da saúde. Se um policial e um traficante entrarem ao mesmo tempo, o policial tendo um ferimento, até mesmo leve, e o criminoso em estado grave, iremos escolher o criminoso, pelo estado dele.
Não interessa quem ele seja, não interessa quem seja o policial. Esse é o nosso trabalho, e para eles, isso é o cúmulo.
-- Você, mesmo em uma mira de arma, arrume um jeito de avisar a gente. - Papai diz me encarando. - Não vou me meter na sua briga como seu namoro, tanto que não tenha algum tipo de violência, isso é com você. Agora, abre logo esse negócio, antes que arranque da sua mão. - Manda.
Não falo nada e viro a caixa, pegando os testes na mão, e antes de olhar, meu pai é o primeiro a pegar, e depois os meninos pegam cada um, um, e olho para o meu pai primeiro e o vejo fazer uma careta, mas não sei se foi para algo bom ou ruim.
-- Negativo. - Diz e se vira para o Breno, que olha para o seu e sorri.
-- Positivo. - Sinto meu coração acelerar. Viramos para Talles, que encarava, parecendo nervoso.
-- Positivo. Vou demitir Murilo. Ele engravidou a minha irmã. - Damos uma leve risada e Benjamin suspira e olha para o seu.
-- Negativo. - Mordo os lábios, sendo o próximo Bernardo.
-- Negativo. Até sua urina é indecisa. - Resmunga. Brayan faz uma dancinha estranha.
-- Positivo. - Fala sorrindo. Todos se viram para mim e suspiram.
Olho para baixo, sentindo minha respiração rápida, e me sinto enjoada, não sabendo se estava pronta para ver o que estava ali. Assim que viro o teste para ver o resultado, sinto uma lágrima sólida e olho para o meu pai.
-- Positivo. - Entrando em desespero.
De canto de olho, vejo Breno, Brayan e meus cunhados comemorando, enquanto meus outros irmãos ficam parados parecendo absorver a informação.
-- E agora? O que eu faço? Não sei nem cuidar de mim. Sou irresponsável em partes da minha vida. Não penso antes de fazer algo e ... - Meu pai se senta ao meu lado e me dá um abraço.
-- Calma, meu amor. Estaremos aqui com você e você vai ser uma boa mãe para minha neta. Disso eu sei. - O encaro limpando o rosto.
-- Como sabe que vai ser menina? Só nascem meninos nessa família. - Resmungo olhando para os meus sobrinhos, vendo Nat encarando minha barriga.
-- Por isso mesmo. Você será a sortuda que terá uma menina. - Sorri.
-- A titia está com um neném? - Gabriel pergunta.
-- Como ele foi parar lá? Por onde ele sai? - Era a vez do Miguel.
-- Pela bu...- Meu pai tampa minha boca.
-- Pelo bumbum?-Pergunta ainda confuso.
-- Não amor, quando você for grandinho, a mamãe te fala. - Sua mãe passa a mão em seus cachos e ele confirma.
Meu Deus! Possivelmente estou grávida.
-- Temos que ir no hospital para vermos isso direitinho. - Pai diz e confirmo.
-- Tem que falar com o pai da criança também sobre isso. - Nego e me encara confuso. - Você não pode esconder, Bruna. - Meu irmão diz.
-- Não vou esconder, somente ... Não quero por agora dizer sobre isso. Vamos deixar as coisas esfriarem. - Mesmo não querendo, ele confirma.
-- Se é o que você quer. - Sorri e beija minha cabeça. - Parabéns, irmãzinha. - Sorrio para ele.
-- Que essa criança não venha feia igual a você. - Bernardo diz e reviro os olhos.
-- Caramba, estou ficando velho mesmo. - Olha para todos nós. - A família está cada vez mais crescendo. - Sorrimos.
Mesmo estando apavorada com essa nova descoberta, farei o possível e o impossível para que tudo dê certo, com ou sem Murilo.
(....)
UM MÊS DEPOIS....
Desisto, não quero mais. Como faz para a criança voltar para o pau do pai?
Faz um mês que vivo enjoada, nada para no meu estômago, meus seios estão pesados, o hospital anda agitado, deixei a minha função inicial e agora estou como enfermeira geral nos atendimentos, não estou conseguindo dormir por me acostumar com aquele delica bundão...
Sinto saudade.
Raiva
Tristeza
Magoa
E eu estou chorando mais que tudo nessa vida, e olha que estou há um mês e algumas semanas, quase indo para o segundo mês de gestação.
Um mês que não vejo Murilo, não falo com ele, não o sinto, de todas as formas se me entendem... Porra, sei que erei, mas que merda. Está me estressando já e vou esquecer que namoramos, quer dizer, acho que isso pode ser um índice de um tempo, ou até mesmo termino e vou dar para o primeiro que ver.
Quem me dera se fosse assim, não consigo olhar para mais ninguém nessa merda... Já até tentei, mas meu corpo broxou.
Faz um mês que estou pegando Uber ou pedindo para algum dos meus irmãos vir me pegar no hospital por sentir que estou sendo seguida e muito sentir que sempre é o mesmo carro, com placa diferente.
Tinha comentado isso com o Bernardo e ele ficou uma semana inteira vindo me buscar e ficou atento, mas como estava começando a ficar atarefado no trabalho, teve que pedir para cada um vir me buscar, até de viatura com uns dois policiais engraçados eu já fui.
Não sei quem é, o que quer, mas está me deixando nervosa e irritada. Vez de chegar logo, fica de longe encarando como se fosse uma assombração! Isso irrita qualquer um.
-- Bruna? - Me viro para uma médica. - Pode tirar sangue de uma moça grávida para mim? Ela está na sala 4 desse corredor. - Confirmo e a mesma sorri saindo.
-- Nada de doze, senhor João. - Falo para o senhorzinho e o mesmo reclama.
Saí de lá rindo e fui para a sala que vi e, ao abrir a porta, vi a Lara deitada um pouco sonolenta e Karlos ao seu lado mexendo no celular com a expressão séria.
-- Bruna?-Lara me chama, fraquinha.
Karlos levanta o olhar e vejo que estava um pouco mais magro, seus olhos um pouco fundos e parecia cansado, como se não dormisse há dias, ou até mesmo semanas. Ele se levanta, guarda o celular e fica me olhando.
Me aproximo deles, vou até a Lara e beijo sua cabeça, vendo uma lágrima descer e a mesma me encara.
-- Você esqueceu de mim, é? Me deixou para trás? - Pergunta fraca, já fechando os olhos. - Estou... Cansada... Não é legal carregar ge... ge... - Não aguenta e apaga.
-- Vai ficar me encarando? - Pergunto ao homem ao meu lado. Me viro para ele e o mesmo suspira.
-- Depende. Está brava comigo? Ele te contou? - Mudo o peso das pernas.
-- Sim, ele despejou o que você na minha cara. - Me encara confuso. - Eu pareço brava? - Nega e sorrio de lado. - Vou perguntar novamente. Vai ficar me encarando? - Abro os braços e ele sorri vindo me abraçar, mas perde um pouco o equilíbrio e o seguro, fazendo sentar novamente na poltrona que ali tinha. - Há quanto tempo você não come, menino? - Pergunto ou olhando.
-- Sei lá. - Suspira e encosta a cabeça na minha barriga e me abraça pela cintura. - Estava ocupado e... Como ele está? - Pergunta, não me olhando.
-- ...... Eu não sei. - Dou de ombro negando, isso chamando sua atenção que me olha. - A gente não se fala há um mês. - Sorrio de lado. - Acabamos brigando quando você saiu e ... Bom, não nos falamos mais. - Me olha triste.
-- Foi minha culpa, me desculpe, Bruna. - Quando ele me chama pelo nome, meus olhos no automático ficam cheios de lágrimas.
Que merda de hormônios!
-- É estranho você me chamar pelo nome. Nunca me chamou. - Falo e fico brava. - Se me chamar de novo assim, espeto uma agulha no seu braço. - Ele dá risada.
-- Que mudança radical de humor. - Me aperta mais. - Me desculpe. Senti saudades. - Beija a minha barriga e passo a mão no seu cabelo.
-- .... Estou grávida. - Arregala os olhos. - Um mês e algumas semanas. Ele não sabe. - Conto.
-- Caralho! Irei ter uma irmãzinha. - Me aperta mais.
-- Deite um pouco aí e durma, você parece cansado. - Mando me afastando. Eu me aproximo de alguns medicamentos, pego uma agulha e encho.
-- Não, eu tenho que ... O que você vai ... Aí. - Fala assim que aplico nele.
-- Isso vai te fazer dormir. Irei está aqui quando acordar e vou cuidar da Lara para você. - Seus olhos começam a piscar.
-- Isso... Não se faz. - Vai tombando para frente, mas o encosto na poltrona confortável, vendo que já estava fechando os olhos. - Mãe? ..... - Não termina e dorme profundo.
Esses meninos. Sorrio negando com a cabeça enquanto vou até a Lara e faço o que foi pedido, vendo que na fixa dela que é somente exames de rotina que nada tinha de errado. Menos mal.
Ao terminar, lacro o sangue com o nome dela e a quantidade, limpando o seu braço, e me encosto na cama, olhando para aqueles dois, vendo a sua barriga já grandinha, e sorrio, involuntariamente levando até a minha e acariciando.
É tão estranho isso. Pensar que uma vida está crescendo dentro de você. Doideira!