Ele é um Ex coronel da BOTE
Ela uma enfermeira a procura de um emprego
Um homem totalmente ferido peles pessoas que amava, começa a amar novamente. Mas será que irar aceitar esse novo amor.
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Capa por: @fablecherries
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- Murilo? – Encaro os papéis em cima da minha mesa com a caneta na mão, parada no ar pronta para escrever, mas minha mente estava vazia, quer dizer, quase vazia.
Já se faz um mês do que aconteceu, um mês em que falei algumas merdas e quase disse uma maior ainda, mas que ela entendeu para a mulher que amo... É, é como dizem, temos que perder para dar valor.
Mas no meu caso não é bem assim; eu somente deixei a raiva que eu estava sentindo do garoto e descontei nela. Eu sempre faço isso quando estou com raiva, desconto em quem não merece e olha no que deu.
Quando ela foi embora, eu vi pela janela, capotei ali mesmo e ao pegar meu celular, vi que tinha o quebrado, como eu não sei. Não liguei para ela, ainda estava bravo e como ela não entrou em contato, deduzi que estava brava comigo e não quisesse me ver.
Ainda mais por quase dizer, insinuar que ela tenha dormido com ele também, mas consegui me segurar antes de terminar, só que é claro que iria entender só pela metade. Mais do que a metade, na verdade.
Um mês que estou mais no meu trabalho do que em casa, meu quarto está com o cheiro dela nas semanas que estava dormindo lá, mas com o tempo e, claro, que tirou para lavar, saiu.
Emagreci, estou com olheiras, estou bebendo mais que tudo, estou ficando tão irritado que está afetando todo mundo com as minhas grosserias e frieza.
De um tempo para cá, parece que os morros pararam com essa de ficar invadindo, atirando, matando uns aos outros, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Estão muito quietos.
Ah, um mês atrás, Talles chegou feliz aqui na delegacia e, ao me olhar, tinha hesitação, mas nada dizia e aumentou o meu trabalho, disse que era um castigo. Reviro os olhos somente de pensar naquilo.
-- Murilo? – Ouço me chamarem novamente e levanto a cabeça, vendo Samuel.
Ele mais nada diz e coloca os papéis em minha frente. Solto um suspiro e os pego vendo o que eram. Olho para ele e me remexo ao ver a foto da Bruna mexendo no celular em um ponto de ônibus ao lado do morro.
-- O que tem? – O encaro. – O hospital que ela trabalha é a uns minutos dali. – Olho novamente para a foto.
-- Olha direito, mas não para ela. – Analiso melhor a foto.
Ao lado, na entrada do morro, tinha dois homens mirando a arma para frente, onde estavam dois carros, um sendo da polícia e o outro um carro preto fumê.
-- Puxa a numeração da placa da polícia. – Fala, e assim eu faço, puxando a numeração, e solto um suspiro ao ver o nome do Fabiano. – Pelo que eu vi nas filmagens de umas casas ali próximo do morro, o carro dele parou ao lado do carro preto e os dois pareciam conversar por uns minutos, mas ambos foram embora. – Confirmo.
-- O chama aqui para mim. – Peço e o vejo pensar, mas logo confirma e sai da minha sala.
Os meninos estão cada vez mais distantes um do outro. O Fabiano, que era mais grudado com o Samuel, está mais com o Max agora. Os dois falam comigo normalmente, mas com essa pequena investigação que estou fazendo deles, não tenho mais a confiança que tinha.