Ele é um Ex coronel da BOTE
Ela uma enfermeira a procura de um emprego
Um homem totalmente ferido peles pessoas que amava, começa a amar novamente. Mas será que irar aceitar esse novo amor.
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Capa por: @fablecherries
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22:30 da noite... Me calo olhando para o relógio… Onze horas e eu ainda estava nesse hospital, correndo de um lado para o outro, não sei quantas vezes troquei de luvas manchadas de sangue somente nesse único dia.
Ah, Bruna. Por que você está correndo de um lado para o outro feito barata tonta?
Ah, Bruna. Por que ainda está no hospital? Seu horário não é esse de saída.
Não mesmo! Estou ainda no hospital, por conta do tiroteio que teve no morro próximo, entre policiais e outros traficantes. Nem nos seus irmãos mais podem contar, até eles estão contra ti.
E como eu vi que uma enfermeira estava sobrecarregada com os feridos, comecei a ajudar ela, só que o médico geral e o dono do hospital viram e notam que eu sabia fazer, já que tudo que é sobre saúde, eu tinha disposição para aprender e tenho alguns certificados sobre isso.
Me colocaram para ajudar também, sendo que não entrei aqui para isso, mas tudo bem, vamos salvar vidas. OBVIO, que irei ganhar um estra por estar fazendo isso aqui e também por te passado do meu horário.
Sou prestativa e simpática, não idiota. A gente tem que ter a mente visionária. Aprendam isso.
Me sento para descansar por uns minutos e respiro fundo, sendo o meu último um policial de uns 38 anos, casado, liguem para a mulher, tem dois filhos, um casalzinho. O estado dele estava um pouco mais grave; ele vai ser com toda certeza afastado por um bom tempinho.
Ele estava com medo de uma agulha, é claro que eu ri, mas fiquei ao lado dele e segurando a sua mão, falando que iria ficar tudo bem e que já, já a mulher dele estaria ali e os filhos, que teria que mostrar que estava bem e forte.
Depois disso, se acalmou e meti agulhada nele, me xingou até a quinta geração, claro que não por algo realmente ofensivo; se tivesse, o peito dele estaria cheio de furos agora e não seria por balas.
A porta se abre com força, vendo uma mulher ruiva entrando com os olhos avermelhados e com duas crianças em seus braços, sendo que uma estava dormindo. Como ela abriu a porta?
-- Boa noite, senhora? – Me aproximo.
-- Como ele está? – Pergunta. Ah, quenginha.
Ela está desesperada, Bruna!
-- Ele está bem agora. Estabilizamos ele, terá que ficar de fora de ação por um tempinho. – Comento.
-- Pode deixar, ficará mesmo. – Sorri e respira aliviada. – Obrigada. – Sorrio de lado e pego o menino que estava dormindo na outra cama que ali tinha, cobrindo-o. – Obrigada mesmo. – Confirmo.
-- Qualquer coisa, é só chamar. – Sorrio para a menina que fica tímida e saio do quarto, querendo ir me arrastando.
-- Bruna? – Me viro na direção quando ouço a voz do médico geral. – Pode ir para casa. Já fez muito por hoje. – Confirmo.
-- Até amanhã, senhor. – Falo saindo rápido, antes que mudasse de ideia.
Vou até o armário dos funcionários, colocando a minha roupa, tocando somente a parte de baixo e tirando a touca, pegando meu celular que descarregou. Saí de lá e andei até o ponto de ônibus, colocando o celular no meio dos seios.
Esses, que estava muito dolorido e cheios de mais. Mandei mensagens para Murilo, o xingando todinho, e ele somente perguntou o que fiz; nem respondi também. Eu tenho esse direito.
Assim que chego, me sento e espero o ônibus. Fecho por uns minutos os olhos, vendo de canto de olho, os meninos do morro ali, bem em cima das casas que ali tinham, pareciam vigiar.
-- Bora, bora, bora .... – Tomo um susto e me viro para o meu outro lado, vendo um cara à minha frente com uma blusa amarrada na cara.
-- Está achando que é um árabe, é? – Arqueio a sobrancelha. – Não tenho dinheiro, estou sem celular, irei pedir carona para o motorista. – Falo com tédio.
Pedindo para morrer? Talvez. Mas não vou me rebaixar por conta desse Zé Bunda.
-- Está loucona, fia! – Pergunta se aproximando de mim com brutalidade. – Você é do hospital, né, não? – Me empurra um pouco.
-- Ou você confirma, ou desconfirma, cara! – Reviro os olhos e sinto um tapa na minha cabeça.
Doeu
-- ESTÁ TIRANDO COM A MINHA CARA, CARALHO! – Segura no meu braço. – Responde a porra da pergunta. – Manda. – A gente viu saindo de lá. –
-- Estão para que pergunta? – Sem paciência, ele me pega pelo braço e sai me puxando na direção do morro. – Espera! Por que está me levando lá para cima? Quer me assaltar? Não precisa subir. – Tento soltar o meu braço.
-- Cala a boca, ou eu meto uma bala na sua boca. – Se vira para mim com serenidade.
-- Gente, que pedido pacifico. – Aperta mais e acabo soltando um gemido de dor.
Depois de algumas horas subindo para não sei onde. Ele para em uma salinha que na frente tinha muitos caras, e sem bater e falar nada, ele entra, e a primeira coisa que eu vejo é um homem, ou garoto, ou cara; tem diferença entre esses três.
Ele estava meio sentado e meio deitado em um sofá meio podi naquele lugar, mas via o sangue escorrendo pelo seu abdômen, onde sua mão estava ali segurando. Ele já estava pálido e com os olhos de nóia, com um cadinho fechado e olho baixo.
E vou dizer... que cheiro de chibiu aqui tem.
-- Achei uma aqui, chefe. – Diz o grosseiro, praticamente me empurrando para o homem.
-- Eu disse... Para não se colocar... Em risco. – Diz com uma certa dificuldade.
-- Olha, se for um fetiche que é para transar com ele antes do mesmo morrer, estou fora. Sou casada e o... – Me calo quando iria ó chamar de coronel. – O meu delícia é ciumento. Não que eu toparia, é claro. – Reviro os olhos zombando.
-- Cala a boca, pega aquelas paradas ali e trata ele. – Aponta para uns kits que ali estavam tudo que iria precisar mesmo.
-- Não trato nem dos meus pacientes de graça, quem dirá traficante, dono ainda. – Cruzo os braços. – Se quiseram esconder essa parte, falharam. Dá para notar. – O quase defunto solta uma risada pelo nariz. – E assim, ele tem uns quarenta minutos, depois disso, Deus puxa. – Sorrio de lado.
-- ENTÃO TRATA ELE LOGO, CARALHO! VOU MATAR VOCÊ. – O encaro.
-- Aí ele morre do mesmo jeito. – Dou de ombro. – Pelo menos eu vou estar com o comparsa do cara que me matou e no juízo final que estivermos no tribunal divino, fodo ele todinho e ... –
-- Cuida dele que depois nos acertamos. – Fala irritado, mais. – Anda logo. – Manda.
-- Pede com jeitinho. – Dá um passo em minha direção. – Já entendi. – Falo indo até o cara que estava desmaiado, mas dou um tapinha no seu rosto.
-- Está louca! – Se aproxima.
-- Cara! Eu não trabalho sob pressão. – Respondo e rio de leve quando dou as costas para ele. – Me arrume álcool. Pode até ser de beber. – Sai rapido.
Checo como estava aquele ferimento e reviro os olhos pelo drama todo. Não chegou nem perto de algum ponto sensível, somente um tiro, perda de sangue e um fruto. A bala atravessou legal. Se eu colocar ele sentado e olhar, é capaz que veja o outro lado.
-- Aqui. – Me entrega um whisky.
Abro o jogo no ferimento e ouço o cara resmungar de dor, quase chora e bebo um pouco para relaxar. Pego a agulha, coloco a linha direitinho e começo a suturar o ferimento que não é grande.
(....)
Ao terminar, limpo o local e olho para o garoto, cara, homem, seja lá o que essa porra é. Ele estava desmaiado, dormido, nanando já. Olho para ele e me levanto, sentindo minhas costas doerem e bocejo. Deve ser muito tarde já, e estou imaginando a tropa atrás de mim.
-- Agora ele já está melhor. Vai acordar somente amanhã e com dor, de esse remédio a ele. – Marco no papel e estico para ele e o mesmo, pega. – Então é isso, né? Tchauzinho. O pagamento? Não precisa, troco pela minha vida. – Vou saindo, mas ele segura o meu braço.
-- Você fica até o chefe acordar. – Me olha de lado.
-- Eu não posso ficar. – Me olha zombeteiro.
-- Aé mesmo? Quê pena. Agora vai sentar ali. – Ficamos um tempo nos encarando, vendo quem mandava mais, e o mesmo me empurra na direção.
-- Cu de burro. – Falo me sentando.
Merda!
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Tento ligar para a Bruna pela décima vez, mas nada dela atender essa merda de celular.
Depois do que aconteceu no morro, levei a criança para a avó e informei que a filha estava sendo presa e com a mãe do morto; essa enlouqueceu. Veio para cima da gente e bateu no meu rosto, chorou me chamando de assassino e o caralho a quatro.
A sorte dela é que levei isso como a dor de uma mãe que perdeu o filho; se não, estaria fodida agora, e ela também é mulher, não iria tocar nela. Tenho raiva desses tipos de mãe, sabe que a merda do filho não presta, faz um monte de coisas e ainda culpa os outros por algo que ele escolheu.
Sou pai de certa forma, mas nunca ficaria a favor de um filho que eu sei que não presta e fez mal aos outros.
E quando cheguei na delegacia com os presos, deixei isso com os outros policiais de os levar para as celas, e assim que cheguei na minha sala e me sentei na minha cadeira, vi o tanto de mensagens dela me xingando e não entendi nada, não disse nem o motivo.
Não me respondeu mais, achei que estava trabalhando e não fiz nada, mas agora? Nesse horário? Já era para estar em casa. Não atende a minha ligação e olha que liguei 15 vezes, 26 mensagens.
Assim que saio da minha sala, dou de cara com o coronel Miller. Ele estava meio aéreo e sério. Nós olhamos e ele me encarou estranhado.
-- Senhor. – O cumprimento.
-- Montenegro. – Faz um gesto com a cabeça. – Aconteceu algo? Está nervoso e com o olhar preocupado. – Me observa.
-- É minha mulher, mas me resolvo com isso. – Comento já cortando o assunto. – Prendemos 4,1 mortos e dois policiais feridos, sendo um grave, mas sobreviverá. --Confirma.
-- Pode ir descansar, outro ficará agora. – Se aproxima mais de mim. – É algo grave com ela? – Fico um tempo calado e clareia o pensamento de quem estava se referindo.
-- ..... Ela não está atendendo as ligações e nem mensagens. Já era para ter saído do trabalho, mas pelo horário que me mandou e disse, estava no hospital. – Falo.
-- Liga para o hospital. – Diz como se fosse óbvio.
É óbvio? Com certeza. Mas tem um porém...
-- Eu não sei qual é o hospital. Ela começaria hoje e não me disse. – Suspiro.
-- Pro pai?—Eu encaro, vendo preocupação em seus olhos.
-- Eu não tenho o número dele, terei que ir lá. – Passo a mão na cabeça e vou para me virar.
-- Puxa nos arquivos de dado. – Sugere. – Assim será mais eficaz. Não perderemos tempo indo lá, sendo mais longe de virmos aqui e talvez procurar ela. –
-- Por que você está tentando ajudar? – Pergunto curioso.
-- Tem algo em minha volta com a família dela. Tenho lembranças dela, do seu irmão e pai, mas nunca os vi antes quando era mais novo. – Olha para os lados. – Pesquisei sobre eles, mas não tive tantas respostas. Tem algo faltando, falhas nos registros. .... Algo está estranho nessa história. – Suspira, ele parecia bem cansado.
-- Bruna pensa a mesma coisa. – Me encara. – Ela não me contou em detalhes, não me contou nada na verdade, mas ouvi algumas coisas e, pelo que ouvi, vi que tinha... – Sou cortado com um alto barulho e meu corpo é lançado para trás, sentindo minha costa bater na parede, assim como a cabeça, e desço para o chão, logo apagando.