Segunda chance

Capítulo 8

A mulher se aproxima, ficando na minha frente e sorri abertamente ao me olhar. Seus olhos percorrem por todo meu corpo, me deixando enojado.

Sua pele branca, seu cabelo liso e preto, sua boca rosada que estava marcada pelo batom vermelho, seus olhos azuis profundos. Ela era magra, tendo os seus 1; 70 de altura.

Continua a mesma, a mesma cobra que era.

-- Como é bom revê-lo. Como anda? – Pergunta, mas logo tampa a boca e coloca uma das mãos no peito. – Me desculpe, falei sem pensar. -- Faz uma cara de triste. – Posso me sentar? – Pergunta já sentando.

Olho para o Hugo, que a encarava com raiva nos olhos. Me arrumo na cadeira direito, me sentindo nervoso e desconfortável com a presença dela.

-- Pode me trazer um copo de água, Hugo? – Pede.

-- Não. – A responde seco.

-- Deveria contratar empregados melhores, Murilo. – Revira os olhos.

-- O que você quer? – Pergunto tentando ignorar o desconforto que a presença dela traz.

-- Não fale assim, Murilo. Não era assim antes de ficar .... Assim. – Me olha de cima abaixo novamente, mas dessa vez com desprezo.

-- Vai embora, Carla. – Mando.

-- Você não sai mais desse lugar, só fica enfurnado nessa casa. Estamos preocupados com você. – Diz manhosa, colocando a mão na minha, mas a tiro.

-- Estão é? – Sorrio de lado. – Por que não pegam essa preocupação e enfia no rabo de vocês? Eu não preciso de suas preocupações falcas, não preciso de vocês por perto. Vá embora. – Mando.

-- Ainda está ressentido pelo que aconteceu? Sabe? Daqui a duas semanas karlos irá se casar, sei que ele mandou o convite para você, já que sempre gostou de  ti. – Revira os olhos.

Fico um pouco surpreso com o que ela diz. Karlos, é o irmão caçula dela. Como seus pais morreu quando ela ainda tinha uns 25 anos, ela que cuidou do irmão mais novo, eu me apeguei nele, sempre dava o que ele queria e o mesmo já chegou a me chamr de pai, foi um dia incrível.

Depois do acidente, me afastei de todos, até mesmo dele, não queria ninguém por perto, me sentia indigno ao lado dele. Hoje ele está nos seus 24 Anos. Me lembro que ele me disse que se encontrasse e tivesse a certeza que seria uma mulher gentil e carinhosa, ele se casaria com ela, não importa a idade que tivesse.

Vejo que ele cumpriu com isso mesmo. Fico feliz por ele!

-- Não quero você lá. – Diz direta. – Terá pessoas importante e se eles souberem que o Karlos, ver você como pai, será uma chacota para mim, meu marido e principalmente, para o noivo, o Karlos, no caso. –

Antes de pensar em responde-la, sinto o cheiro do perfume de Bruna se aproximando, o que não demora chamar atenção da mulher, cobra a minha frente.

-- Amor? Você me deixou sozinha na cama? – Ouço sua voz manhosa.

Manhosa? Ela para ao meu lado e quase me engasgo quando a vejo de um pijama curto e muito .... Muito ....

Aonde ela encontrou isso?

-- Quem é essa? – Pergunta se inclinando sobre a mesa, e acabo olhando para sua grande ... Balanço de leve a cabeça.

-- Quem é você? – Carla pergunta fazendo cara de nojo.

Bruna não se abala, me puxa um pouco para trás e seguro a respiração quando se senta em meu colo, ficando ainda inclinada para frente. Tenho certeza que dá onde a Carla está, consegue ver os seios dela com perfeição.

Sinto inveja.

-- Velhote? – Chama pelo tio. – Poderia trazer um copo de água para mim, por favor? Estou cansada. – Diz de um jeitinho lento e coloca a mão em cima da minha, que tinha voltado a colocar na mesa, enquanto a outra, ela coloca em sua coxa. Passo a língua nos lábios.

-- Claro, senhorita. Já trago. – Dá uma leve curvada, como se fosse uma reverencia e sai de perto de nós.

-- Quem é você? – Carla nada diz. Bruna se vira levemente para mim, rocando aquele traseiro em meu pau.  – Quem é ela, amor? – Beija a minha mandíbula.

-- Carla. Minha ex. – Me encara surpresa.

-- Aah, entendi. – Sorri. – O que veio fazer aqui na minha casa? – Arqueia a sobrancelha.

-- Não é dá sua conta, garota. – Fala com raiva.

-- Vamos ser sincera, amiga. Está aqui para tentar matar a saudade do pau do meu homem. O que aconteceu? O seu não está dando conta? É pequeno? Porque convenhamos, ele é O homem de pau grande, não é? – Carla abre a boca surpresa, fazendo uma careta horrorizada.

-- Que tipo de mulher é você? Você é deselegante. – Fala enojada.

-- Sou o tipo de mulher que não se contenta com um pau pequeno. Você sim pelo jeito, já que trocou o bambu, pelo pauzinho. Veio correndo atrás dele. Mas ele é meu, querida. –

-- Você se rebaixou tanto, Murilo. – Me encara.

-- Olha para mim, querida. Não para ele. – Entra na minha frente. – Vamos agradecer se você sair da nossa casa. Sabe? Eu ainda estou insatisfeita, se você me entende. – Se remexe, me fazendo arfar. – Viu, ele já está durinho, durinho. –

Carla se levanta nervosa e sai da sala de jantar batendo o pé, ouço a porta da frente bater com força.

-- HAHAHAHA  ..... – Sua gargalhada preenche o ambiente, encostando a cabeça no meu ombro. – Que garota mais patética. –

Ela se levanta e se senta ao meu lado, onde Carla estava sentada minutos antes. Me sinto quente, não conseguia nem pensar direito.

-- Travou? – Pergunta me encarando.

-- Como .... Como você .... É ... – Ela dá risada.

-- Eu estava vindo para cá quando ouvi o que ela estava dizendo. Somente tirei a minha roupa de cima e entrei. – Dá de ombro, ainda sorrindo.

-- Estava com a roupa de dormir por baixo? – A encaro confuso.

-- Quem nunca? – Se justifica.

-- É estranho isso. -- Falo.

-- Tá bom, riquinho. – Zomba.

-- ..... Obrigado. – A encaro.

Ela me olha por um tempo, mas logo sorri abertamente e confirma com a cabeça. Sinto sua mão na minha, vendo ela mais séria.

-- Não deixe as palavras dela te afetar. Ela não é ninguém para proferir tais palavras. Ela é uma idiota. –

-- É ..... Ela é. – Olho para baixo, mas logo a olho.

-- .... Bom, e aí? Bora rangar? – Se vira, começando a se servir. – Tio? Eu ainda quero a minha água. Subiu um calor aqui. – Me olha de canto, sorrisinho de lado.

Essa mulher vai me matar.

🌟.....

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Continua?