CAPÍTULO 29

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lho para a mulher deitada na cama de hospital, olhando para o marido, esperando ele dizer o motivo dela ter desmaiado e o porquê do mesmo estar tão pálido e nervoso.

-- Karlos, amor. Fala de uma vez o que aconteceu?—Pede assustada.

-- Eu... Nós... É, uma vida, sabe? – Diz enrolado. – É .... Tem preferência? – Passa a mão no rosto onde estava suado.

-- Amor. Eu não estou entendendo. – Fala e noto de canto o Murilo revirar os olhos.

-- Assim .... Quando duas pessoas fazem sexo, amor, transam, trepam, ou seja, lá mais termos relacionados a isso, o foco é... Quando duas pessoas se juntam e o homem coloca o pau, pênis, dentro da mulher e quando chega no nível que o faça gozar dentro dela.. ... – Murilo o corta.

-- Pelo amor de deus. – Reclama brava. -- Você está grávida, Lara. – Bufa revirando os olhos novamente.

-- É, é isso aí. É isso aí que ele disse. – Karlos fala apontando para o pai e se senta na ponta da cama, mas logo se levanta. Parece não ter se importado que o pai o cortou e contou.

Lara fica parada, olhando para o nada, mas logo seus olhos ficam marejados e Karlos fica desesperado.

-- Você não queria agora, não é? Eu sei. Eu confesso, acabei esquecendo, na verdade, não esquecendo, somente optei de não contar. Eu sei que você iria ficar brava, como está agora, já que estou vendo sua expressão se fechando a cada palavra que eu falo e com toda a certeza já deduziu o que quero dizer, mas o que eu quero realmente dizer é que a camisinha estourou bem na pontinha, amor, é sério, foi bem na pontinha e eu não contei... Nem eu sei o porquê, eu não contei. Achei que não daria em nada, mas aí... –

-- Para o seu bem, Karlos. Fiquei quieto. – Murilo sugere negando.

-- Tá bom. – Suspira.

-- Olha, se queriam ou não, agora têm. Acabaram de se casar, mas nada que precisem entrar em desespero, uma criança não é uma criatura de sete cabeças. É somente vocês, os dois, respirar fundo e sigam em frente. – O mais velho diz.

-- A mãe tem razão. Ele terá os ou é só a gente levar para eles. – Brinca.

-- Meu deus. Sem nem cuidar de mim. – Lara fala e Karlos confirma. – Não é para confirmar. – Dá um tapinha no ombro dele.

Ouço a porta sendo aberta e logo o doutor que está responsável pelo meu irmão entra e, quando me nota, sorri e me chama com um aceno de cabeça.

-- Já volto. – Falo e saiu até o doutor. – Doutor Gomes. Aconteceu algo? – Pergunto já preocupada com meu irmão.

-- Que tal darmos uma volta em um outro quarto? – Pergunta sorrindo gentil, ignorando a minha pergunta. – Garanto que vai amar o que irei mostrar. – Mesmo um pouco desconfiada, vou o seguindo para o elevador e noto apertar o andar do meu irmão.

-- Aconteceu algo com o Benjamin? – Nega com a cabeça sorrindo.

Nesse um mês, quem fica mais aqui sou eu e meu pai, já que os meninos voltaram a trabalhar normalmente, vêm aqui nos finais de semana. A vaca não ousou vir até aqui e achei melhor assim, ou dessa vez quebraria os dentes dela.

Faz um mês também que estou praticamente morando com o Murilo; vou somente no final de semana para casa, mas acabo voltando e ficando com ele e às vezes com o Karlos, que vai nos visitar.

Breno e Brayan já deixaram, largaram de mão, nem falam mais sobre isso, mas vejo que não gostam muito. Bom, o Brayan é pelo fato de eu não dizer nada do que acontece mesmo. Aquele safado.

Meu pai insiste em querer falar com o Murilo, ainda não aceita o fato de que ele deu de ombro para o mesmo. Mas parece que aceitou bem o homem.

Eu e Bernardo, eu ainda não voltei a falar, estamos afastados desde o dia que dei as costas no hospital. As palavras dele ainda me assombram, mas estou bem melhor, já que também não consigo muito não enfiar doces na boca, já que tendo o Karlos por perto, é quase impossível também realizar essa tarefa.

Comecei a ir para a academia, estou adorando, mas também não exagero, já que não quero nada demais com isso. Os meninos e Lara entraram comigo; eles sempre estão fazendo piadas, o Karlos, no caso, fazendo todos rirem.

Já não vejo minha vida sem eles.

Assim que a porta do elevador se abre, saímos e fomos caminhando até o quarto do Ben, e quando ele abre a porta, me dá passagem para entrar primeiro, e assim que faço, paro no lugar ao olhar na direção da cama.

-- Ben?—Falo surpresa e sorrio quando ele me olha e parece confuso.

Vou até ele e o abraço, mas ele continuava parado, me afasto estranhando esse ato. Ele me encarava confuso e olho para o doutor que também estava confuso.

-- Quem é você? – Me afasto de vez e olho bem para ele.

-- O que? Como assim você não se lembra da sua melhor irmã? Achei que não teria ... – Iria me virar para o doutor, mas sou puxada pelo homem ao meu lado.

Dou de cara com seu peitoral e ouço sua risada baixa e me aperta em um abraço forte, mas nesse momento não estava ligando.

-- Nunca esqueceria da minha princesa. – Fala, passando a mão em meu cabelo. Seus olhos estavam brilhantes e seu sorriso era grande.

-- Idiota. – Bato em seu ombro e ele ri. O ferimento em um mês já estava completamente restaurado. -- .... Estou feliz que esteja de volta e bem, maninho. – O abraço novamente.

-- Tomei a liberdade e liguei para o pai de vocês. – Gomes diz ainda na porta. – Vou deixar vocês a sós. – Fala já saindo, não deixando dizer nada.

-- Como todos estão?—Pergunta se ajeitando.

-- Todos preocupados. Papai vem todo dia. – Eu me sento na poltrona ao seu lado.

-- Eu não consigo me lembrar o que de fato aconteceu. Só de você com a visão um pouco turva e depois só ouvia vozes baixas e abafadas ao fundo. – Conta olhando para baixo.

-- Você ficou em coma por um mês. -- Me encara assustado. – Você estava com a elevação da pressão sanguínea, a vasoconstrição no cérebro e do corpo muito alta. E isso acontece com pessoas que usam... cocaína. –

-- Está doida? Eu lá fumo essa, merdas! – Diz irritado.

-- Eu sei que não, mas você está ingerindo isso sem notar. Os exames mostraram que teve uma grande quantidade. Fora que teve alguma reação alérgica, e sabemos que sua alergia é dipirona. – Ele fica neutro.

Ficamos um tempo em silêncio, com ele olhando para o nada e Bufo chamando sua atenção.

-- Você sabe que temos que aprender por isso. – Falo e me encara confuso. – A Carla. –

Agora que eu me toquei, as duas vacas se chamam Carla. Que merda, hein?

-- O que? – Agora quem estava ficando confusa era eu. – Do que está falando? Ela que estava me drogando? – Se exalta.

-- Não sabia? Mas que era corno sabia, né? – Sorrio de lado.

-- ...... – Fica quieto. – Desconfiava. – Desvia o olhar. – A casa andava com um cheiro de perfume diferente, mais no quarto. Encontrei um relógio e ela disse que comprou para mim... Nem, gosto de andar com relógio. – Revira os olhos.

-- Pois bem, maninho. Tu é corno. E foi corno do tal Lucas que agora é o coronel da BOPE. – Faz careta.

-- Com ele? – Confirmo. Ele não desacreditou. – Ela está grávida mesmo? – Pergunta desconfiado. – Foi o principal motivo de ficar na casa do pai, fora que também a desconfiança estava aumentando e quando vi o teste, foi o fim. –

-- Pelo que diz e eu vi sim. Mas falei para ela que ficará na casa até os quatro meses e depois vamos fazer um teste de DNA. – Confirma. Ele não parecia triste ou algo do tipo, como achei.

-- Me desculpe. – Fico confusa. – Me desculpe por não acreditar em você. Sempre me alertou, mas para mim era ciúmes, já que se dava bem com as outras. – Dá de ombro.

-- A mulher do Breno não tem cara de vaca golpista, e o meu cunhado modelo delícia também não. – Consto. – Mulher conhece mulher, maninho. Na próxima, acredite em mim. – Me gabo.

-- Tá, já entendi. – Suspira. – Não sei se essa criança é realmente minha. – Morde os lábios.

-- Se nascer cabeçudo e feio, é seu mesmo. – Brinco.

-- Sua cara. – Damos risadas.

A porta é aberta com uma certa brutalidade, e por ela passa meu pai, que, assim que olha meu irmão, sorri e suspira aliviado. Se aproximando, me afasto e dou espaço para ele se aproximar do filho.

-- Meu deus, graças a deus que acordou. – Eu o ouço fungar.

-- Eu estou bem, pai. – O abraça, mas do nada nosso velho começa a bater nele. – O que foi? – Pergunta se encolhendo um pouco.

-- Vocês somente me dão dor de cabeça! Que merda tem na cabeça de ir em uma missão passando mal? Filho da puta! Sabe como fiquei? Se eu pudesse, devolvia vocês para o útero da mãe de vocês. Que porra!—Diz irritado.

-- Até eu, papai? – Faço cara de tristeza. Ele se vira para mim e limpa as lágrimas.

-- Não, você não. Minha princesa. – Sorri e se vira para meu irmão, o que aproveito e pisco me gabando.

-- Ela é a pior. – Acusa.

-- Até agora não fez nada que me faça querer devolvê-la. – Concordo, cruzando o braço e sorrindo.

-- Puxa saco. – Resmunga.

-- Puxo mesmo. – Falo, mas acaba saindo mais maliciosamente do que gostaria.

-- Para de ser galinha perto de mim, garota. – Meu pai reclama e dou risada.

(....)

Assim que chego na casa do Delicia, eu o procuro pela parte de baixo da casa e nem dou atenção ao meu tio e subo para o quarto. Quando entrei, ele estava em pé na porta, se apoiando na parede, parado, olhando para os pés.

-- Por que você foi embora? Eu fui atrás de você e você não estava. Karlos me disse que foi embora e que me avisou. Quando foi isso? – Paro em sua frente.

-- Não estava ocupada? – Pergunta arqueando a sobrancelha e vai se segurando nas coisas, andando devagar até sua casa com a toalha na cintura.

-- Eu disse que voltava. – Cruzo os braços. Ele nada disse, me ignorando totalmente.

-- Voltou mesmo. – Diz com sarcasmo.

-- Por que foi embora? – Era minha vez de ignorar o que ele disse.

-- Não iria ficar te esperando fazer seja lá o que. – Fala com arrogância.

Acabo sorrindo desacreditada, nego e saio do quarto dele indo para o que estava ficando nesses dias. Entro, fecho a porta e me sento na cama, querendo entender que merda deu nesse homem.

-- Só me meto com homens doidos. Deve ser fetiche, não é possível. – Faço bico.

Até ontem estávamos tendo um sexo gostosinho, que me esquenta somente por lembrar, e vem hoje ele fica azedo?

Bruna? Faça o seu trabalho e vá embora. É isso que você tem que fazer.

Ouço a porta sendo apertada, levanto a cabeça e vejo ele entrando com o andador. Ele está cada vez mais parando de andar com a cadeira de rodas; no banho já consegue ficar em pé, mas mantenho a cadeira de rodas do lado caso ele se canse. Parando ao meu lado, ele se senta na cama e solta um suspiro, me olhando de um jeito intenso.

--  ...... Me .... Desculpe... Deixei o .... A raiva me dominou e eu falei daquele jeito com você. – O olho.

-- Com raiva do que?—Pergunto.

-- Do .... Karlos. – Dá de ombro e o olho com tédio.

-- Já inventou desculpas melhores. – Revira os olhos.

-- Olha, só mês desculpa. Não quis diretamente falar daquele jeito com você. – Fala, mas seus olhos estavam em meus lábios, onde mostro a língua e vejo dar risada.

Me levanto por uns minutos e me sento em seu colo, sentindo suas mãos indo para a minha cintura, onde aperta com uma certa força.

-- Não é porque estamos ‘’ de certa forma juntos’’ que você vai ficar falando comigo daquele jeito toda hora que sentir ciúmes. – Falo e seguro sua mandíbula, dando uma leve mordida e me remexendo em seu colo, em cima do seu pau. – Entendeu, Murilo. – Pergunto, mas ele somente balança a cabeça, lê, dou um selinho e mordo novamente.

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Próximo capítulo: 🔥 🔥??

NOME: Lara Gomes Montenegro

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NOME: Lara Gomes Montenegro

IDADE: 22 Anos

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