CAPÍTULO 61

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-- Estão prontos?-O doutor pergunta, encarando todos nós

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-- Estão prontos?-O doutor pergunta, encarando todos nós.

Não é que os filhos da mãe conseguiram entrar todos. Não sei como, mas claro que não estão dentro da sala, não totalmente, pelo menos. Na sala mesmo, está somente o Murilo ao meu lado esquerdo, Vini do meu lado direito e Karlos ao lado do pai, com Angel em seu colo.

Meus irmãos e pai estão um pouco na porta para fora, já que a sala não é tão grande, mas mesmo assim, estão conseguindo ver, mesmo que espremidos, e isso estava engraçado.

Os balões estavam dois na minha mão e os outros com o Murilo. Sendo os dois sendo rosas com ele e dois azuis escuros comigo, isso somente aumentava a minha ansiedade.

Sinto o gel na minha barriga e me arrepio um pouco por estar gelado e logo o médico começa a movimentar o aparelho e sorrio ao ver as duas crianças, borrado, mas dá para ver.

-- Olha só... - Sorri e me encara. - Parabéns enfermeira Bruna, são dois nenês grandes e saudáveis. - Fala e por um momento, fiquei sem reação, mas sinto o beijo na minha cabeça e ao olhar vejo o Karlos que sorri todo feliz.

Soltou um suspiro por não ter perdido. Sabia da possibilidade de ter gêmeos, mas com aquele sangue todo que tinha perdido e as pancadas, achei que tinha perdido o bebê. Mais dois? Realmente não pensei que teria.

-- Eu disse! Pode me dar. - Brayan fala e estende a mão, sendo talles e Bernardo dando 100 em sua mão.

-- Não acredito que vocês fizeram isso. - Reviro os olhos.

-- É a graça, querida. - Meu pai diz também, esticando a mão e recebendo. - Sabe se eu acertar que são duas meninas. - Move a cabeça para o lado sugestivo.

-- Querem que sejam gêmeos idênticos? - Perguntou ainda olhando a tela e fazia o mesmo, tentando entender melhor.

-- Não| Sim. - Acabou saindo metade a escolha.

-- Ninguém aqui vai saber diferenciar. - Bernardo fala revirando os olhos.

-- Eu sei diferenciar meus filhos. - Talles, justifica.

-- Talles? Quem vai ser a mãe é a Bruna. Não tem como essa criança vir normal. - Bernardo fala e me manda um beijo.

-- Ridículo!-Resmungo.

-- O que é, doutor? - Murilo pergunta nervoso.

Visto que ele estava um pouco pálido, sua respiração estava pesada e mordia muito os lábios. Ele vai desmaiar?

-- São, posso dizer, se são ou não idênticos, já que são dicoriônica e dianimniônica. - Explica.

-- Tá, e que porra é essa? - Pergunta ficando irritado. Percebo por mudar o peso de perna.

-- É quando há duas placentas e duas bolsas, ou seja, eles não dividem o mesmo espaço na barriga. Isso mostra que ou não ser gêmeos. - Todos o encarava ainda sem entender.

-- Já sabe o que são? - Meu pai pergunta.

-- Sim, são ... - Brayan entra e dá o palito de dente para o médico.

-- Usa isso, é mais divertido. - Diz, se afastando para todos verem.

-- Então, tá. - Da de ombro e se aproxima mais, o que fazemos o mesmo com os balões. - Papais, vocês terão... - Aproxima, sinto meus batimentos baterem forte. Mexendo a mão para lá e para cá, quando Murilo ia reclamar, ele estoura o primeiro, sendo azul. -- Um não é menino. - Fazendo o mesmo movimento, suspiro e arregalo quando estoura o último e gritos de felicidades são ouvidos. -- .... Parabéns, duas menininhas. - Ao terminar de dizer, vejo o corpo do Murilo indo para o lado, mas Karlos segura e o mantém em pé.

-- Ei, pai! Calma. - Dá uns tapinhas.

-- Meu Deus. - Diz arregalando os olhos.

-- Eu disse, eu disse, eu disse. - Brayan comemora. - Ninguém mandou vocês mudarem de opinião. Passa a grana. - Manda esticando a mão, meu pai faz o mesmo.

-- Isso é trapaça, Brayan. Você perguntou. - Bernardo reclama pagando.

Brayan sorri e beija a guia que estava no seu pescoço e pisca para o irmão. Olho para os balões, vendo que realmente os dois balões rosas estavam ali, intactos. Meu Deus! Duas meninas.

Eu pedi que tivesse duas meninas, mas não saindo de mim.

Ainda olhando para a tela, sorrio quando Vini passa a mão na minha cabeça e não demora para Karlos pegar minha mão e Murilo reagir, vindo e se abaixando, me dando um selinho demorado, se afastando um pouco e me encarando.

-- Eu sei o que vou enfrentar, ainda mais se virem com a sua personalidade, mais... - Seus olhos ficam marejados. - Obrigado, amor. - Junta nossa testa. - Obrigado. - Sorrio.

Ouvia meus irmãos ainda comemorando feitos doidos e o médico pedindo para eles fazerem um pouco de silêncio, o que não estava adiantando, já que os mesmos continuavam.

-- Pai, não vai ficar de chamego na frente dos seus filhos aqui, né? - Karlos o puxa para trás. - Né, Vinicius? É horrível isso. - Arregalo levemente os olhos quando diz aquilo e assim que olho para o Vini, o mesmo encarava surpreso o homem à sua frente.

-- Vamos para casa logo, Bruna, temos que comemorar. Papai disse que serão três dias de comemoração. - O médico me dá um papel para poder limpar e assim faço, me sentando.

-- Elas estão em um peso bom, parece que está tudo nos conforme. Mas coma mais legumes, tire um pouco do doce se estiver comendo, não fique fazendo força, gravidez de gêmeos é sempre de risco, então, por favor, evite. - Somente confirmo e me levanto com a ajuda do Delicia.

-- A senhora vai preferir cesárea? - Paro pensando por uns minutos.

-- Não. Prefiro normal mesmo. - Ele somente confirma.

-- Coragem. - Meu irmão Brayan, Karlos e Vini dizem juntos.

Murilo coloca a mão na minha cintura e sai me levando para fora do hospital com aqueles homens atrás de mim.

-- Bruninha? Quem será o padrinho? Eu, né?-Talles pergunta.

-- Porque você? Tem que ser eu que aturei ela a vida toda. - Bernardo fala cruzando os braços.

-- Nenhum dos dois, será eu. Pronto. - Karlos diz decidido e pega Angel do colo do meu pai.

-- Você é irmão, tem graça. - Papai fala revirando os olhos.


-- Eu vou escolher de uma e Murilo de outra. Para a minha, eu já tenho o padrinho. - Entro no carro com cuidado.

-- Quem é o seboso? - Pergunta cruzando os braços.

-- Vão saber. - Sorrio e assim que os meninos entram, Murilo faz o mesmo e liga o carro. - Até mais tarde. - Mando beijo e saímos de lá.

-- Que família doida. - Ouço Vini dizer.

-- Seja bem-vindo. - Olho para Murilo e ele já me olhava, mas volto a atenção na estrada e rimos por ter e ele juntos.

Os meninos fazem o mesmo baixinho; olho para o lado encarando o lado de fora e olho para baixo quando sinto a mão em minha barriga, coloco a minha em cima da dele e sorrio pequeno.

Porra... Estou sendo mãe de família... Ca.ra.lho!

(.....)

-- Oi, titia. Que coisa gostosa da minha vida. - Passo o nariz no rostinho do neném em meu colo e, de canto, podia ver Nat e Gabriel de braços cruzados me encarando com o neném Ygor. - O que foi, meninos? - Pergunto-os olhando, mas sorrio por dentro.

-- Esse fedido não é a coisa gostosa da sua vida, titia. - Gabriel reclama emburrado.

-- Ele é um feioso. - O outro cúmplice fala com um bico maior do mundo.

-- Vocês também são, meus amores. - Tento, mas os mesmos somente se levantam e saem.

-- Está feita, sobrinha. - Confirmo chocada com esses meninos.

-- Olha que são crianças ainda e...- Sou cortada.

-- Mãe? Mãe? - Karlos se aproxima me chamando, com Vini ao seu e ele e ele mesmo dava um peteleco na mão do homem à sua frente, que estava apontando o dedo. - Mãe? - Chama novamente.

-- Já ouvimos, Karlos. - Tio Hugo diz.

-- Mãe? Vinicius não sabe perder e está querendo... -

-- Fica quieto, cara! Não sei perder um caralho. Você que não sabe jogar, fica roubando e ainda está roubando os doces que estão na mesa. - Vini corta.

-- Fica na sua! Não é para ficar abrindo a boca sobre isso. - Revira os olhos, e é quando eu vejo como estavam.

Os dois estão sujos, os pés, de lama e fecho a cara, já que o chão é BRANCO. Me levanto de onde estava sentada e paro na frente dos dois que estavam quase indo na mão.

-- Quer parar vocês dois? - Pergunto um pouco alto. Os mesmos param e me olham, respiro fundo. - Olha o que vocês fizeram na merda do chão. Sabe como é ruim limpar o chão sujo da porra de uma lama? - Estava começando a ficar irritada.

-- A senhora não pode se exaltar. - Os dois dizem, mas fazem careta. - Fica na sua. - Falam novamente e, quando abrem a boca para dizer mais algo, bato a mão uma na outra fazendo barulho.

-- Eu acabei de falar o que? Já chega vocês dois. Parecem duas crianças, cacete! Parem com isso. Se não sabem jogar juntos, parem. - Mando.

-- Mas ele que... - Arqueio a sobrancelha. - Fica com essa merda. - Diz e vai saindo, dando a bola no peito do Vini.

-- Comigo nada, porra. Você que pegou isso daqui, lá das coisas do Velhinho. - Fala e arregalo os olhos.

Não é a bola de coleção do papai, né?

-- Reze que seu pai ainda não viu ela. - Vou para ir atrás daqueles dois, mas quase escorrego na lama que tinha ali. - Cuidado, menina. Minhas sobrinhas netas estão aí, espere saírem primeiro. - Eu encaro com tédio.

Bufando, vou até a área que tem as coisas de limpeza e pego o mop; seria mais rápido que os outros. Volto para a cozinha e começo a limpar, pensando somente na vontade que tenho de esganar aqueles meninos.

Assim que termino, guardo tudo, lavo minhas mãos, saio da cozinha para ir na área de gora e assim que abro a porta que ali tem de vidro, sinto meu corpo esquentar e ao ir para trás, escorrego e dou de bunda no chão.

Antes até mesmo de processar o que aconteceu, sinto as mãos grossas do Delicia no meu rosto e, assim que abro os olhos, tomo um pequeno susto ao ver todos na minha frente.

-- Me desculpe, mãe. Era para acertar o Vinicius. - Karlos fala me olhando preocupado.

-- Está sentindo dor, amor? Onde dói? Está vendo turvo? - Sai perguntando e passo o rosto onde estava doendo e sinto arder e quente.

-- Que porra!-Resmungo. Faço a mansão de levantar, mas quase caio e se não fosse pelo Murilo ia de volta para o chão. - O que vocês atacaram em .... - Me calo ao ver a bola.

Nada falo, somente dou as costas com Murilo atrás e subo as escadas, indo direto para o meu quarto e entro no banheiro, deixando a porta aperta mesmo, vendo Murilo ali me olhando com atenção.

Me inclino e limpo no rosto que estava sujo, já que a bola estava melada de lama. Seco quando termino e vejo meu rosto, metade, todo vermelho e mordo os lábios para não xingar.

-- Vem, deixa eu passar algo. - Pega na minha mão e me puxa para ir na cama, me fazendo sentar e voltar para o banheiro, onde tem algumas coisas que deixei. - Pode passar creme? - Pergunta.

-- Pode. - Assim, ele volta e se abaixa na minha frente, passando com cuidado no meu rosto, e eu faço careta pela dor. - Sabe que eles não queriam, né? Sei que está bravo, estou vendo. - Passo a mão em seu rosto.

-- Não os defenda, Bruna. E se fosse na sua barriga? Ou em qualquer outro lugar mais sensível que o rosto? Olha como isso está vermelho. Dois homens de 23 e 25 anos, que ficam de briguinha boba e ciúmes! Isso poderia ter causado algo mais sério que o seu rosto marcado. - Fala bravo e pelo espaço da porta, vi duas sombras ali. Só e...

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