Ele é um Ex coronel da BOTE
Ela uma enfermeira a procura de um emprego
Um homem totalmente ferido peles pessoas que amava, começa a amar novamente. Mas será que irar aceitar esse novo amor.
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Capa por: @fablecherries
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Acordo em um pulo ao sentir algo no meu pescoço e olho e vem notando que não estava em casa e que o que estava no meu pescoço era um mosquito filho da puta! Até os mosquitos daqui são ladrãozinhos.
Estava sentada na cadeira de madeira que tinha aqui, deitada com a cabeça na madeira, e sentia o meu corpo reclamar por isso. O moleque que estava me apertando estava sentado no chão ao lado do sofá dormindo, com a arma ainda em punho.
O quase morto ainda dormia e via que estava soando ainda. Me levanto devagar, não fazendo barulho, e chego perto daqueles dois; me estico para tocar no branquelo, mas o outro segura o meu braço e abre os olhos.
-- O que está fazendo? Doutora? -- Me olha cansado.
-- Ele está suando um pouco. – Aponto para o rapaz e o outro se levanta preocupado.
-- Isso é ruim? – Me encara e solta.
-- Não ao ponto que ele vá morrer. – Me encara sério e dou de ombro.
Me sento ao lado e coloco a mão em seu rosto, vendo que estava baixo, o que é um bom sinal. Peço um balde com água e um pano, vendo-o sair praticamente correndo e acabo sorrindo.
-- Romance gay, que fofo. – Pulo de susto ao ver o outro me encarando.
-- Não sou gay. — Diz baixo e rouco. – Ele é meu irmão. – Tenta se sentar, mas geme de dor. – Porra! –
-- Fica deitado, criatura. O buraco ainda não se curou. – O deito novamente.
-- Qual é o seu nome, mina?—Faço careta.
-- Quantos anos você tem? – Pergunto.
-- 23. – Sorri de lado e o olho de cima a baixo.
-- Sou casada, filho. – Reviro os olhos ao ver o que ele estava fazendo com aquele sorrisinho.
-- Não sou ciumento. – Arqueia a sobrancelha. Dou risada e nego. – Quem divide, multiplica. – Pega minha mão.
-- Meu marido vai multiplicar sim... Mais buracos em você. – Mando beijo.
-- Iria valeir a pena. – Olha para minha boca.
-- Meu filho é dois anos mais velho que você, cara. Se liga. – Bufo.
-- Sou o padrasto legal, ele vai gostar. – Rio novamente.
-- Vou bater nesse ferimento. – Ameaço e o mesmo coloca a mão em cima.
Antes dele falar algo, o menino de antes volta e me entrega tudo, e quando nota o irmão acordado, noto seus olhos lagrimejarem.
-- Que bom que está bem.... Pensei que... – Se cala e engole em seco.
-- Estou bem, pirralho. – Garante sorrindo.
-- Um pirralho bem ousado eu diria. – Resmungo baixo, mas sei que ouviram.
-- Aí, tia. Te ligaram um montão de vezes. – O encaro estranhando. – Quando dormiu, peguei o seu celular e coloquei para carregar. Depois liguei para ele e já estavam te ligando. – Me entrega.
-- É deve foi porque eu não apareci em casa. Mas quem liga para esse fato, não é mesmo? – Zombo.
-- Tu é folgadona, hein. – Me encara bravo.
-- Ah, me? Caramba. – Nego e tiro a toalha umedecida da testa do outro, molhando e colocando novamente. – Você precisa de remédios específicos. – Suspiro.
Sinto o meu celular tocando novamente, mas como é um número desconhecido, desligo, só que me chama atenção as diversas ligações da minha família e outra do Max. Entro nas mensagens e, quando leio, me levanto rápido, me sentindo tonta e fraca. Meus olhos ficam lagrimejados, sendo uma lágrima desce.
-- Qual foi?—Os dois me perguntam.
-- E-eu tenho que ir. – Começo a soluçar. – Eu tenho que ir. – Nem espero eles dizerem algo e saio correndo.
Abro a porta, não vendo ninguém ali, e desço correndo aquele morro, não vendo muito por conta das minhas lágrimas descendo pelo rosto. Na porta do morro, em cima, vejo alguns meninos e, assim que me notam, apontam as armas, mas pegam no rádio e abaixam.
Já no asfalto, sigo na direção do hospital onde trabalho, correndo o quanto eu consigo, vendo policiais e dois carros de ambulância atrás indo para lá também. De longe, vejo o meu irmão Bernardo dando ordens para uns três policiais, mas quando me nota, suspira aliviado e despensa.
-- Bruna? – Me chama quando passo por ele, mas me alcança e segura. – Espera, onde você estava? Estamos atrás de você... – Noto que tinha olheiras fundas embaixo dos olhos, assim como os mesmos vermelhos. – Ficamos preocupados. –
-- Me desculpe, eu... – Penso um pouco, mas nada vinha, somente o Murilo. – Eu explico depois, só... Só me diz o que aconteceu. – Suspiro.
-- .... Jogaram uma bomba dentro da delegacia. Tem muitos feridos, não deu todos nos hospitais próximos da delegacia e estão transferindo. – Respira fundo. Ele estava muito cansado. – Eu vou ligar para o papai e o tranquilizar; ele já estava abalado com algo antes; quando você não chegou, ficou pior. –
-- Não queria causar isso... Não tive controle. – Me olha mais preocupado e olha em meu braço. Ali tem uma marca de dedos, indo para o roxo. – Depois explico. – Mesmo relutando, ele confirma e se afasta.
-- Murilo estava um pouco distante do lugar onde foi lançada a bomba, mas com a força da mesma, ele foi jogado para trás e se feriu um pouco. O médico teve que o sedar por querer se levantar e te procurar. Ele está no quarto 57. – Conformo e vou saindo de lá. Mas paro quando me chama. -- Não aconteceu nada pior que isso aí, não é? – Sorrio de lado.
-- Não. Não aconteceu. – Mostro que estava dizendo a verdade e ele confirma.
Saio indo para o hospital. Nem falo com a moça, já que a bichinha estava conversando com algumas pessoas e sigo para o corredor. Ao ver o quarto, vejo uma mulher entrando e fico confusa.
Ao entrar no quarto, tinha duas mulheres, uma mais velha e a outra mais nova, junto com duas crianças, e uma delas eu conhecia. Pera, um é a cara do outro.
-- TIAAAA ..... – O pequeno, que não sei o nome, e se sei, não lembro, corre até mim e abraça minhas pernas. – Que saudade. –
-- Eu também, querido. – Passo a mão em sua cabeça.
Levanto a cabeça, vendo aquele mesmo homem na minha frente, e a foto que vi do meu suposto irmão vem em meus pensamentos, não me segurando e comparando os dois.
As duas mulheres me encaram, mas a mais velha estava com os olhos arregalados e ficou levemente pálida. Olhei em seus olhos e algo me trouxe familiaridade. Talvez pelos traços dela que se parece comigo.
-- É .... – Tento achar algo para dizer. – Acho que... entrei no quarto errado... Me desculpem. – Coço a garganta.
-- ..... Murilo está ali. – Aponta para uma cortina que estava atravessada pelo quarto. – Os quartos estavam lotados, e resolveram juntar-nos. – Confirmo confusa com os sentimentos.
O seu peitoral estava de fora, e acabo reparando na tatuagem que ele tinha no lado esquerdo. Era um urso abraçando um filhote de urso, tendo em vez de pegada urso, tem um desenho de uma pequena mão de criança e ao lado ......
-- 1990...?—Acabo falando em voz alta e confusa.
Eu nasci nessa data. Nego por deixar meu pensamento ir longe e deve ser algo pessoal dele.
-- Eu não sei que data é essa ou o que é essa tatuagem... Mas eu gosto. – Diz e sorri.
Vou entrando mais e as mulheres continuam me encarando e o menino me seguindo. Ao me aproximar de onde Murilo estava, faço o famoso bico de choro e me aproximo mais dele.
Passo a mão em sua careca meia fajuda e lhe dou um selinho, deixando uma lágrima cair. Solto um suspiro e sinto mãozinhas na minha perna e um corpo me abraçando.
-- Não chora, titia. – Sorrio em meio às lágrimas e passo a mão em sua cabeça.
-- Eu não estou. É suor. – Faz careta e se afasta.
-- Eca!—Dou risada. – Mamãe diz que o papai fica falando essas coisas e não gosta. – Comenta.
Esse não tem papa na língua.
Ele fica na frente da cortina e sai puxando, tirando o espaço e a privacidade que os dois tinham.
-- Não é, papai? – Pergunta inocente.
-- Bruna, o pai disse que ..... – Bernardo entra, mas se cala quando vê mais gente no quarto. – O que você está fazendo aqui? – Pergunta com desprezo à velinha à nossa frente e ao me olhar, vê o homem ao meu lado e seu celular cai no chão. – O que? –
Os dois ficam se encarando. O policial confuso e Bê? O que antes estava assustado e surpreso se transforma em raiva, ódio e rancor.
-- Seu desgraçado! Você fingiu esse tempo todo? – Vai para cima do delegado, mas a velinha entra na frente. – E você? Sua desgraçada! Ainda tem a coragem de dar as caras. – Me levanto rápido quando ele dá um passo para frente.
-- Bernardo? – Eu seguro e afasto um pouco, me mantendo na sua frente. – Não faça besteira. – Peço não entendendo muito esse seu comportamento.
Quer dizer, entender, eu entendi, e isso somente me faz ficar mais confusa e perdida na situação.
-- Esse tempo todo, você se fingiu de morto! Sabe como o papai se sentiu? Sabe como ele se afundou? Quase se matou e quase feriu a nossa irmã! Por culpa dessa velha do caralho, Bruna teve sequelas e quase morreu! E você se fingiu de morto esse tempo todo? – Diz tudo entre dentes.
-- Bê...— Tento, mas ele se afasta de mim e me encara.
-- Você sabia dele há quanto tempo? – Pergunta irritado.
--- Do que você está falando? – É claro, a essa altura eu já tinha lidado com o ponto de tudo; estava confuso ainda, mas tinha entendido.
O homem atrás de mim, deitado na maca ferido e com a cara confusa tanto quanto a minha, era, é, Talles Miller Martin, o meu suposto, agora confirmado, irmão que estava morto.
Mas o que aconteceu para isso tudo?
Não era para ele estar morto?
Quem é essa mulher? Sei que a mãe dele, mas não tem sentido. Miller é o sobrenome dela, provavelmente, mas eu tenho? Minha mãe morreu no meu parto... Né?
As informações novas que meu irmão disse estão sendo implantadas na minha cabeça. Sequela? Meu pai quase morreu?
Os olhos dele se suavizam um pouco ao me encarar, mas ainda via fogo neles, assim como tristeza, confusão, mágoa e decepção, muita decepção.
-- Como você faz isso, Talles? – E olha novamente.
-- Fazer o que? Eu não sei do que você está falando. Eu não sei quem é você, a não ser sobre o que li na sua ficha e na dela. Não sei do que você está falando... Eu ... Eu não conheço vocês. – Diz perdido, não tendo confiança no que dizia. – Pelo menos, eu acho que não conheço. – Termina olhando para baixo.
O olhar do meu irmão vai até a mulher, que nos encarava assustada. Toco no meu irmão e ele suspira.
-- Vou ligar para o pai não vim. – O olho. – Ele... – É cortado.
-- Ele já me viu. – Nós dois o olhamos. – Me viu ontem na delegacia. Teve a mesma reação que a sua, só que menos... Raivosa. -- Prendo a risada.
-- Por isso que ele estava daquele jeito. – Resmunga baixo. – Com o acidente, você o escondeu. – Voltando a sua atenção à mulher. – Ele sobreviveu, você deixou a Bruna para trás quase morta, para morrer mesmo... E fugiu. – Arregalo os olhos. – Passou na sua maldita cabeça que ela somente tinha quatro anos de idade? Era uma criança e a sua cabeça doente estava para matar ela. Só não esperou que o Talles estaria lá, não é mesmo? – Ela fica quieta.
-- Mãe? – Ele a chama. – Do que ele está falando? O que a senhora fez? Do que eu não me lembro? – Praticamente suplica. – Me conta a verdade. – Pede.
Ficamos todos em silencio. Meu coração estava a mil e minha respiração descompassada. Ouço passos e olho por cima do outro, vendo Karlos adentar.
-- Mãe? Como o pai é... Nossa, quanta gente. – Olha em volta. – Isso aqui está parecendo um quarto de motel compartilhado. – Resmungando, ele se aproxima, beijando a minha cabeça, pegando em minha cintura e me puxando para si, me abraçando. – Que clima está nesse quarto, hein? Dá até para cortar. – Acabo dando uma risada baixa. – Quem te agarrou e deixou marcada desse jeito? – Pergunta preocupado e bravo. – Sabia que a Lara me colocou para fora de casa? – Bufa se cotando e mudando de assunto.