Capítulo 25

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-- Isso, se mantenha em pé até onde conseguir

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-- Isso, se mantenha em pé até onde conseguir. - A enfermeira chefe, vulgo, vaca, quer dizer Matilde, ficava ao seu lado.

Antes dele começar a andar, olha na minha direção e sorrio de lá. Soltando um suspiro, ele começa a fazer um pouco de força, mas noto seus braços trêmulos, assim como seu quadril, mostrando a força que ele estava fazendo para fazer o que a mulher dizia. Andar.

-- Ei? - O chamo. Ele para e me olha, assim como ela. - No seu tempo e possibilidade. Não adianta colocar a carroça na frente do boi. Com calma e confiança, se está vendo que não consegue, só se mantenha ao máximo em pé. - Digo o tranquilizando.

Ele confirma e faz o que digo, respirando novamente e parando de fazer força, somente se mantendo em pé por uns bons minutos, mas acaba se soltando e o outro enfermeiro o segura com cuidado e coloca na cadeira, dando água para ele.

-- Muito bem. Vamos ficar fazendo isso por hoje. Descanse um pouco e retornamos as barras. - Matilde informa.

Faz uns 40 minutos que estávamos aqui nesses exercícios, ele tem que ir com calma, mas não adiantava falar muito isso para ele. Parece que algo estava dando estimulo para ele que o mesmo começou a querer ter presa para voltar a andar.

Meus irmãos e pai já estavam no quarto que o Benjamim estava. Fiquei sabendo que durante a madruga, uns vinte minutos depois que fui embora, ele teve outra parada cardíaca, mas graças a deus conseguiram trazer ele de volta.

Até agora a mulher dele não apareceu, e meu pai disse que falou pata ela o ocorrido quando chegou em casa, mas nada até ela vir.

Ouço a porta sendo aberta e saiu dos meus pensamentos, acabando sorrindo quando vejo quem atravessa aquela porta. Fechando a porta atrás de si, Karlos trazia uma sacola de mercado com um pote azul médio. Ele olha primeiro para o pai, mas logo depois me olha e vem em minha direção, dando um beijo na minha cabeça.

-- Bença, minha mãe. Como a senhora está? Está parecendo um pouco cansada, papai está deixando a senhora doida com a teimosia dele? - Pergunta brincando e acabo dando risada desse jeito brincalhão dele. - Trouxe para a senhora. - Estica.

Pego a sacola da mão dele confusa e assim que pego, o pote de tampa transparente, abro a boca surpresa e feliz ao mesmo tempo, puxando ele para beijo e beijo sua bochecha duas vezes.

-- Não acredito! - Abro o tupperware vendo o bolo do casamento que é com recheio de brigadeiro branco e geleia de frutas vermelhas. Junto tem alguns doces, sendo a maioria brigadeiro com morangos e uvas dentro.

-- Vi que a senhora estava de olho e gostou quando pegou um. - Olho para ele que me encarava zombeteiro. - Não soube roubar muito bem. - Pisca.

-- Você é incrível. - Pego e começo a enfiar na boca.

-- É para o papai também. - Ignoro o que ele diz e continuo comendo, ouvindo ele dá risada. - Como o senhor está. - Vai até o pai. - Passei na sua casa, mas o vô disse que estava aqui. - Se senta ao lado dele e beija sua bochecha.

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