Depois de perder tudo, até mesmo a sua família, Charlô pensava que nunca mais poderia amar de novo, até que, algo mágico acabou acontecendo, ela conheceu uma garota de quinze anos chamada Isabella. Quando perdeu sua mãe, que se chamava Meire, Isabel...
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Capítulo 68
No capitulo anterior...
- Você é um monstro...
- É mesmo? Não me diga - Engatilha a sua arma - Mas ainda não sei se te mato, ou se te deixo viva, que duvidazinha mais cruel, não acha?
- Faça o que quiser comigo, só não machuque a menina, por favor.
- Não me venha com pieguices, mas sabe, anda não me decidi se te mato, ou não, sabia disso?
No capítulo de hoje...
- Eu deveria te matar agora mesmo - Faz uma cara meio sinistra - Mas acho melhor, bem, não sei. O que você acha que devo fazer? Te matar? Ou... Não te matar... Eis a questão, Maria José.
- Você... Pode até me matar se quiser, que eu não ligo, só não leve a menina.
- Não me venha dizer o que eu devo ou não fazer, sua mosca morta.
- Só deixa a menina com os pais, não faça mal a ela, por favor. Pode acabar com a minha vida, já disse, só não faça mal a esta pobre criança inocente que não tem culpa de Nada - Ela engole em seco - Ela nem sequer pediu para nascer.
- Bem - Se faz que está pensando um pouco no assunto - Pensando bem, melhor não te matar - Dá uma coronhada na cabeça dela e pega a menina dos braços dela - Isso foi pra você não geitar, vadia estúpida - Se vira para a menina - Você vem comigo, fedelha.
Uma semana depois...
Isa estava muito mal com o sequestro de Maria Beatriz, a filha mais nova de uma de suas melhores amigas, para a mesma isso não era nada justo. Uma semana se passou e nada da menina ou de sua sequestradora, nem mesmo um pedido sequer de resgate. O que tornava a situação ainda mais estranha e sinistra, por assim dizer.
Charlô estava fazendo uns pequenos ajustes em um vestido de Isa, usando alguns alfinetes, Isa estava sentada ao seu lado, bastante tensa, se lembrando de quando Malu ficou sabendo do sumiço da filha, da expressão de terror no rosto dela, do desmaio que veio em seguida, de tudo mesmo.
- Está tudo bem, querida? - Pergunta Charlô - Você me parece um pouco tristinha demais hoje.
- mamãe eu nunca consigo parar de pensar no dia do sequestro da Biazinha de como a minha amiga ficou!
- Semana passada vai ficar gravada para sempre em nossa memória, pena que não de uma maneira boa. Quem poderia ter feito uma coisa dessas? E por quê? Certas coisas não dá pra entender.
- Claro que foi aquela desgraçada da Alice Jussara mamãe tem dúvida?
- Infelizmente não posso duvidar disso, sabe, a maldade humana sempre me surpreende, e da pior maneira possível.
- eu também acho mamãe o mundo está cada vez mais sujo e cruel, espero que encontrem a Bia.
- Também espero que encontrem essa linda menininha logo, ela é tão pequena, e esse mundo tão grande, assustador e cruel.
- como alguém pode fazer esse tipo de maldade mamãe?
- Não sei filha, as pessoas, algumas delas, simplesmente são más por natureza, mas graças a Deus ainda existem pessoas boas neste mundo.
- Ah mãezinha - Isa abraça Charlô - A Malu não merece isso mamãe.
- Não - Diz Charlô - E se Deus quiser, tenho certeza de que a filha dela logo estará nos seus braços.
- Sei disso querida, e ela vai sofrer bastante, nenhum mal fica impune por muito tempo.
Nisso, Malu liga para Isa em uma chamada de voz, ela parecia muito triste e preocupada.
- Desculpe te incomodar Isa, é que, não tem ânimo pra sair de casa. Mal consigo sair da cama e de perto do telefone, esperando uma ligação de quem sequestrou a minha filha. A Maria José até que tá melhorando, mas só fisicamente, ela ainda se sente muito culpada pelo que aconteceu mesmo não tendo culpa de nada - Diz Malu - E eu si precisava falar com uma amiga, alguém como você que sempre sabe o que dizer pra me animar.
- oh minha amiga não se desculpe, você sabe que estou sempre aqui para você né? A justiça divina não falha! Tenho certeza que quem fez isso vai pagar!
- Sei disso, você é como um anjo na minha vida - Diz Malu - Sabe, eu tô com medo. Com muito medo Mesmo, amiga - Suspira - Eu tenho medo de nunca mais ver a minha filha de novo.
- fica tranquila miga, a polícia está atrás disso! Você é um anjo na minha vida também.
- Obrigada por tentar me animar e me escutar, isso significa muito pra mim. Valeu Mesmo, minha amiga, sua amizade é muito importante pra mim.
- eu digo o mesmo, estamos rezando muito por vocês minha amiga.
Após desligar o celular, Isa volta até a sala, tentando se manter calma diante da sua mãe.
- Era a Malu? Não era? Ela está bem?
- não mamãe ela não está nada bem ela está com muito medo mamãe de perder a Bia pra sempre.
- Gostaria de poder ajudar a Malu, assim como também adoraria saber onde e como está a pequena Bia.
- Espero mesmo que a polícia esteja atrás mamãe.
- Honestamente, eu também, meu anjo. Eu também quero muito isso.
- Mamãe a Bia acabou de fazer 1 aninho!
- Onde Será que ela está?
- Não sei mamãe, mas gostaria, e muito, de saber.
Um pouco distante dali, Alice Jussara, ou melhor dizendo, Tosca estava diante de Breno com a filha de Malu em mãos, ele não estava gostando nem um pouco disso. Na verdade, ele estava odiando tudo aquilo, tendo em vista que o mesmo era quem teria de bancar a babá com a garota, sendo que ele não queria nada disso. Isso sem falar na bandeira que daria ter um bebê sequestrado em posse deles. Isso seria um verdadeiro caos, literalmente e em todos os sentidos da palavra.
Breno estava com uma expressão estranha em seu rosto, bancar a babá era meio que o limite para ele, só que, o seu medo por ela era muito maior do que a sua vontade dele de a mandar para o inferno.
- Eu não posso simplesmente bancar um baby sister - Diz ele - Em poucas palavras, eu não vou bancar a babá desse saquinho infinito de cocô e xixi.
- Você vai bancar o que eu quiser que você banque, tá me entendendo?
- Olha, você não pode tá falando sério, ao menos vamos pedir um resgate por esse pacotinho de choro infinito?
- Isso não é da sua conta - Ela entrega a menina para ele - Por enquanto basta apenas tomar conta dessa pirralha, enquanto eu quiser que você faça isso, depois vemos o que fazemos.
- E você acha mesmo que eu vou te obedecer? Acha Mesmo?
- O que eu acho é que se você não fizer a porra que eu mandar - Pega sua arma e a mira bem na cabeça dele com as duas mãos com uma expressão mais do que sinistra em sua face maligna - Vou estourar os seus miolos, o que acha disso?
- Que vou te obedecer...
- Sábia escolha.
- Mas afinal qual é a sua com essa pirralha, hein?
