Cap 10: A Número 1.

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Agosto, 2027.
Sexta-feira.
...

POV Narrador.

O dia da final da Ginástica por Equipes havia finalmente chegado. O estádio estava lotado, com a maior parte das equipes da seleção brasileira nas arquibancadas, aguardando o início da competição. Desde as Olimpíadas de Paris, o Brasil havia se estabelecido como o país da ginástica. Cada olhar estava fixo nas meninas, que carregavam a responsabilidade e o orgulho de toda uma nação.

Alguns minutos depois, as atletas brasileiras entraram no ginásio, seus movimentos eram graciosos e precisos, chamando a atenção de todos. Elas estavam deslumbrantes, vestidas em seus uniformes verdes e amarelos, que brilhavam sob as luzes do ginásio. Jade havia arrasado mais uma vez. S/N, sentada entre Rayssa e Jéssica, observava-as com um sorriso de admiração.

As ginastas se sentaram para aguardar e, em poucos minutos, as apresentações começaram. Todos estavam confiantes nas habilidades das brasileiras. As competições começaram na barra paralela, onde Rebeca, Flávia e Lorrane se destacaram. Com movimentos precisos que arrancavam aplausos da plateia.

Em seguida, foi a vez do solo. Jade, Flávia e Júlia entraram em cena. O ginásio pareceu prender a respiração enquanto as meninas exibiam sua apresentação. Jade fez uma série de saltos e giros que mostravam sua força e flexibilidade. Flávia apresentou uma coreografia impecável, mas foi Júlia que roubou o show, com uma combinação complexa de saltos e giros que deixaram todos boquiabertos e a plateia explodiu em aplausos ao final de sua apresentação. Ela não estava de brincadeira quando disse em várias entrevistas que colocaria dificuldade em suas apresentações.

No salto, Jade foi a primeira a correr, seu salto foi complexo e perfeitamente executado. Rebeca e Flávia deram o seu melhor, executando seus movimentos com precisão. Suas cravadas perfeitas ajudaram a posição do Brasil no pódio da competição.

Finalmente, chegou a vez da trave, o aparelho mais temido. A tensão no ginásio era grande enquanto Rebeca, Flávia e Júlia subiam uma a uma. Rebeca, como sempre, foi precisa e controlada, demonstrando a força mental de uma verdadeira campeã. Flávia seguiu com uma performance incrível e foi aplaudida por todos. Júlia era a última. Todos sabiam que o resultado final dependia de seu desempenho.

Júlia iniciou a trave com a entrada que levava seu sobrenome. Cada movimento dela na trave era executado com uma precisão quase impossível. O ginásio inteiro prendeu a respiração durante sua última sequência de giros, até que finalmente, com uma cravada firme e graciosa, ela concluiu. O placar mostrou sua nota, que foi o suficiente para colocar o Brasil em primeiro lugar.

A arquibancada explodiu em comemoração. A torcida brasileira foi à loucura, e S/N, junto com Rayssa e Jéssica, pulou de sua cadeira, abraçando todos ao seu redor. As ginastas pegaram a bandeira do Brasil, que S/N havia jogado para elas, e começaram a correr pelos quatro cantos, celebrando o ouro conquistado.

Elas se posicionaram no pódio, os sorrisos largos e os olhos brilhando com lágrimas de felicidade. Quando as medalhas foram colocadas ao redor de seus pescoços e o hino nacional começou a tocar, ficou claro que aquelas meninas não eram apenas ginastas, mas lendas vivas, inspirando uma nação inteira com sua determinação e talento.

Júlia, em particular, parecia brilhar. Ela segurava sua medalha de ouro com as duas mãos, os olhos marejados de emoção. Ao olhar para as arquibancadas, seu olhar encontrou o de S/N, que sorria de forma orgulhosa para ela, e Júlia logo reconheceu a camisa que ela vestia.

Ao final do hino, Júlia ergueu a bandeira do Brasil, e as ginastas brasileiras se abraçaram, comemorando juntas aquele momento histórico. A número 1. O Brasil era, mais uma vez, o país da Ginástica.

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Capítulo tranquilo, pois a bomba vem amanhã...

Ondas e Pódios - Julia Soares.Onde histórias criam vida. Descubra agora