2T Cap 13: Donzela.

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Estou de volta, queridos leitores! Infelizmente, a semana de provas e trabalhos me pegou de jeito nesse último bimestre.

Saudade de ler os comentários de vocês! Voltem a ativa em!

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9 de novembro, 2030.
Sexta-feira.
...

POV S/N Peña.

Dois anos e três meses! Parecia que tinha passado voando, mas ao mesmo tempo, cada segundo foi vivido intensamente. Desde o começo, desde o primeiro "oi" até aqui, eu e Júlia passamos por tanta coisa que eu ainda me perguntava como a gente conseguiu chegar até esse ponto. Mas o que eu sabia com certeza era que valeu a pena cada momento.

Enquanto Júlia estava no CEGIN, treinando, eu andava pelo apartamento pensando em como poderia fazer desse dia ainda mais especial. Não queria só deixar passar. Era nossa marca, mais de dois anos juntas, e eu queria que ela soubesse o quanto significava pra mim.

- O que eu posso fazer? - me perguntei em voz alta, andando de um lado pro outro.

Flores! Ela sempre adorou os buquês que eu mandava para os treinos. Toda sexta, sem falta, eu enviava um buquê pra Júlia, pra ela saber que eu estava pensando nela, que eu não a deixaria esquecer de mim nem por um minuto.

Com isso em mente, saí do apartamento, peguei o carro e fui direto pra floricultura. Dona Maria, a florista que já me conhecia de tanto que eu aparecia lá, estava com um sorriso enorme no rosto quando me viu entrar.

- Bom dia, menina! Hoje é sexta, né? - ela já sabia o esquema, nem precisava de muita conversa.

- Bom dia, dona Maria! Hoje é um dia especial. - sorri, e ela entendeu na hora.

- Ah, já entendi, mais do que um buquê simples dessa vez, né?

- Isso mesmo. Eu quero todas! - falei meio brincando, mas com uma pontinha de seriedade. Queria que fosse algo grandioso, que chamasse atenção.

- Todas? - ela riu, enquanto começava a preparar o buquê. - Então vamos caprichar! Flores e chocolates, certo?

- Isso! - respondi, me sentando perto do balcão enquanto ela mexia nas flores. - Sabe, dona Maria, hoje a gente faz dois anos e três meses de namoro. Parece que foi ontem que eu comecei com essa ideia de enviar flores pra Júlia...

- Ah, o amor... - ela sorriu, sem tirar os olhos do trabalho. - E eu vejo o quanto você cuida bem desse amor, menina. Não é atoa que ela deve ser completamente apaixonada por você.

Eu sorri, meio sem graça, enquanto ela colocava as últimas rosas no buquê.

- Eu só quero que ela saiba o quanto ela significa pra mim. - suspirei. - Não é sempre fácil, sabe? Mas é sempre bom. E eu faria tudo de novo.

Dona Maria riu.

- Assim que é bom! O amor não precisa ser fácil, só precisa valer a pena. E vocês duas parecem ser dessas que fazem valer.

- É, a gente tenta. - brinquei, enquanto ela amarrava o laço final.

- Pronto! - ela me entregou o buquê, e era lindo. Flores de todas as cores, do jeito que Júlia gostava, junto com uma caixinha de chocolates que ela sempre adorava beliscar depois dos treinos.

- Dona Maria, a senhora se superou. - eu disse, admirando o trabalho dela.

- Só faço o que posso, menina. Agora vai lá e faz ela sorrir! - ela piscou, e eu saí dali com o coração batendo rápido.

Ondas e Pódios - Julia Soares.Onde histórias criam vida. Descubra agora