Ondas e Pódios - Julia Soares.

Cap 45: Olimpíadas.

Agosto, 2028.
Terça-feira.
...

POV Narrador.

As Olimpíadas estava prestes a começar. Era o dia em que se iniciava um novo ciclo para centenas de atletas que tinham o mesmo sonho e/ou objetivo: serem vencedores e levar para o seu país uma medalha. Independente de qual fosse ela, seja bronze, prata ou ouro. Carregar uma medalha olímpica consigo valia mais do que qualquer coisa, era sinônimo de persistência, de ser vencedor.

Enquanto todos estavam reunidos no lounge, S/N estava encostada no sofá, rodeada pela sua equipe de natação e outros atletas que faziam parte da delegação brasileira. Os olhos de todos estavam grudados na tela da TV que exibia a cerimônia de abertura das Olimpíadas. O ginásio lotado, as luzes vibrantes e os atletas de todo o mundo celebrando aquele momento mágico. Mas para S/N, o destaque era uma única pessoa: Júlia.

A conversa no lounge estava animada e todos estavam cheios de expectativas. Os atletas discutiam suas metas para as Olimpíadas e trocavam experiências sobre o que esperavam alcançar em suas competições. Todos estavam ali por um mesmo objetivo: dar o melhor de si e trazer medalhas para o Brasil.

- E aí, Cachorrão, como tá o coração? - João perguntou com um sorriso travesso, cutucando Guilherme que estava meio distraído.

Guilherme deu um risinho envergonhado, mas respondeu com um brilho nos olhos.

- Ah, tá ótimo! Flavinha tá dando sorte pra mim. A gente tá na mesma vibe, sabe? Ela entende a pressão e tá sempre me apoiando. Acho que isso faz toda a diferença. - Guilherme sorriu, meio sem jeito, e olhou para S/N, que estava ao seu lado.

- E você, S/A? E a Júlia? Como é que tá esse romance? - Guilherme perguntou.

S/N riu, sentindo o rosto esquentar com as provocações dos amigos.

- Tá ótimo! A gente tá se entendendo cada vez mais, sabe? Ela é incrível, sempre me surpreendendo. Parece que cada dia que passa eu só gosto mais dela.

- E a lesão, S/A? Como você tá lidando com isso? Dá pra competir tranquilo? - Mafê, que estava prestando atenção em tudo, deu um risinho e perguntou.

S/N deu de ombros, mas o sorriso no rosto não deixava dúvidas de que ela estava confiante.

- Olha, não vou mentir, foi um susto quando aconteceu. Mas a fisioterapeuta foi incrível, me recuperei super rápido. Agora eu tô me sentindo pronta pra cair na água e dar o meu melhor. Nada vai me impedir.

- Acha que já está recuperada de vez? - perguntou João, com uma expressão curiosa. - Porque a última vez que eu te vi você tava com aquela cara de quem ia chorar de dor.

- Tô bem melhor agora. - S/N respondeu, dando um leve tapa na perna de João. - Ainda sinto um puxão ou outro, mas nada que me impeça de dar o meu melhor na piscina. E, olha, depois dessa lesão, só de estar aqui já é uma vitória, sabe?

- Ah, isso aí é papo de quem vai levar ouro, hein? - João brincou, levantando a mão para um high-five, que S/N retribuiu. - E é Isso aí! - João disse, levantando o copo de suco como um brinde. - A gente tá aqui pra isso, né? Superar os obstáculos e mostrar que o Brasil veio pra ganhar!

- Isso mesmo, João! - S/N concordou, erguendo seu copo também. - E não é só sobre as medalhas, mas sobre mostrar a nossa garra, a nossa luta. Cada um aqui tem uma história, um motivo pra estar nessas Olimpíadas, e isso é o que nos torna especiais.