Cap 17: 1° Pódio.

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Agosto, 2027.
Sexta-feira.
...

POV Narrador.

O dia da final havia finalmente chegado, e com ele, o encerramento dos Jogos Pan-Americanos. A expectativa era alta, principalmente porque a prova de 200m seria rápida, o que deixava todos ansiosos. A competição começaria com a equipe masculina, e Guilherme seria o primeiro a entrar na água. Todos desejaram boa sorte a ele antes de se posicionarem para assistir.

- Boa sorte, Cachorrão! Você vai arrebentar! - disse S/N, dando um sorriso encorajador.

- Estamos com você, cara! - acrescentou João, dando um leve tapinha nas costas dele.

Quando o sinal foi dado, Guilherme mergulhou com força na água. A disputa foi intensa, mas ele manteve um bom ritmo, garantindo o terceiro lugar ao final da prova. Assim que saiu da água, ele foi direto para os bastidores, enquanto as meninas ainda se preparavam para a prova delas.

- Mandou bem, Cachorrão! Terceiro lugar é um ótimo resultado! - comentou Mafê, batendo palmas enquanto ele passava.

- Obrigado, meninas. Agora é a vez de vocês brilharem. - respondeu Guilherme, sorrindo.

Ele rapidamente voltou ao vestiário para se trocar e, em seguida, subiu ao pódio para receber sua medalha de bronze. O time comemorou junto com ele, mas logo chegou a vez das meninas se concentrarem.

- É agora, meninas. Vamos com tudo! - disse S/N, tentando acalmar a própria ansiedade.

POV S/N Peña.

João veio em nossa direção com seu sorriso tranquilo, aquele mesmo sorriso que sempre me fazia sentir que tudo daria certo. Ele nos abraçou uma a uma, apertando nossos ombros com firmeza.

- Lembrem-se, somos uma equipe, independentemente do resultado. - ele disse, olhando nos olhos de cada uma de nós. - Façam o melhor de vocês, é só isso que importa.

- Isso mesmo, estamos juntas nessa. - completou Jéssica, apertando a minha mão e a de Mafê.

Nós três respiramos fundo, entrelaçamos as mãos e nos olhamos com determinação. Mesmo que estivéssemos competindo entre si, o espírito de equipe prevalecia. Todas sabíamos que o mais importante era dar o melhor de si, não apenas por nós mesmas, mas umas pelas outras.

- Boa sorte pra gente! - disse Mafê com um sorriso nervoso, enquanto se preparava para entrar no ginásio.

- Vamos lá, meninas, a vitória é nossa! - digo, tentando transmitir confiança.

Eu respirei fundo, sentindo o peso das palavras de João. Quando nossos nomes foram chamados, o barulho do público ecoou pelos bastidores. Entrei no ginásio com a cabeça erguida, o coração acelerado, e fui direto para a piscina. Como sempre, coloquei meu pé direito na água primeiro, um pequeno ritual que sempre me trazia sorte.

Enquanto aguardava o sinal, meus olhos varreram a piscina à frente. Apenas duas voltas. Apenas duas oportunidades de dar o meu melhor. Quando o sinal soou, meu corpo se lançou na água. A água me envolveu completamente, e tudo ao meu redor se silenciou.

Meu corpo se movia quase automaticamente, cada braçada sendo calculada. As primeiras braçadas foram fortes, meus músculos queimando com o esforço, mas a adrenalina me impulsionava a cada segundo. A primeira volta foi rápida, consegui ganhar uma pequena vantagem, eu mantinha um ritmo constante, mas sabia que precisava acelerar na segunda volta. As outras nadadoras estavam próximas, mas minha determinação em vencer era mais forte.

Ondas e Pódios - Julia Soares.Onde histórias criam vida. Descubra agora