Capítulo 97

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A roupa elegante caia perfeita no corpo de Kate Middleton, que se olhando no pequeno espelho existente no banheiro do hospital em que estava depois de passar mal, pensava no que iria fazer com a notícia de uma quarta gravidez, mas acima de tudo, ela precisava ter a certeza de quem era o pai da criança que crescia dentro de seu ventre a cada dia.

- O que eu vou fazer?

Do lado de fora e aos montes, pessoas com câmeras e microfone, sussurravam entre si que a Princesa de Gales estava prestes a sair. E quando a porta foi aberta, todos se posicionaram e sorriam ao ver Christine Waller Middleton caminhando em direção ao cordão de isolamento feito pela diretoria do local para manter a segurança da Princesa que estava sobre sua responsabilidade, apenas para falar:

- Minha mãe não vai aparecer aqui. Então não adianta esperarem.

Da janela, Kate via entre as cortinas sua menina falando algo para muitos, e cada um olhando para todas as cortinas à sua procura, mas não a vendo porque ela estava, literalmente, escondida e vendo tudo por um pequeno espaço entre elas.

Seu coração acelerado e o medo de mais uma gravidez em meio ao caos que sua vida estava, a fez se afastar e começar a caminhar de um lado para o outro à espera de Christine, que cerca dr 5 minutos depois, retornou ao quarto e viu a mulher inquieta e com as mãos na barriga, olhando para o local com lágrimas nos olhos e se forçando a não chorar, mas era em vão, porque a adolescente conhecia muito bem a mulher frágil que se escondia por trás da armadura da Princesa de Gales, e correu até ela, abraçando-a com força e sussurrando que estava tudo bem em ela chorar devido ao medo, e que ninguém iria julgá-la por estar grávida.

Kate estava se sentindo como uma criança assustada e ao mesmo tempo sem saber o que fazer com mais uma criança crescendo e crescendo, porque seus outros três filhos não estavam com ela e ela não sabia se, um dia, iriam estar. Então seu coração acelerado foi percebido por Christine, que a envolveu ainda mais em seus braços e a beijou no ombro, falando palavras de força para uma mulher que só queria ter uma vida normal.

- Mãe? - se afasta e a olha - Calma... vai dar tudo certo! - sorri, tocando-a no rosto - Calma!

- São os hormônios, Chris - sorri entre às lágrimas - Eu sempre fiquei muito sensível quando estou grávida.

- A senhora engana a eles, não a mim! - a vê sorrindo - O que você pretende fazer?

- Não sei! - se afasta e se aproxima novamente da janela - Não sei!

- Posso perguntar uma coisa?

- Claro, meu amor. - vira e encontra o olhar de Christine.

- A senhora sabe quem é o pai dessa criança?

Kate engoliu em seco, porque essa era a pergunta que ela própria gostaria de saber responder para si própria, mais uma gritante lacuna lhe fazia ter duvidas sobre quem era o verdadeiro pai daquela criança, e ela sabia que, mesmo estando nos braços de William após voltarem, ela esteve com Tom em uma loucura recaída e tudo poderia acontecer.

Ela nunca se sentiu tão insuficiente para alguém, como estava se sentindo para ela própria, porque a Catherine Elisabeth jamais iria dormir com dois homens em um curto espaço de tempo, mas seu lado mulher que sofreu por meses uma traição, lhe fez pular suas próprias regras e se entregar nos braços de um homem que lhe fez se sentir especial, pela primeira vez, além de não lhe obrigar a ser quem ela não queria ser.

Christine percebeu o silêncio, e isso já lhe bastava como resposta para a sua pergunta.

- E agora?

- Não quero que ninguém saiba como eu estou! - a olha.

- Mãe? - se aproxima lentamente - Eu lhe disse uma vez que sempre vou fazer o que a senhora manda, mas...

- Não é um pedido, Christine! - fala firme, percebendo a adolescente morder a ponta do próprio lábio.

- Mãe?

- Enquanto eu não resolver o que eu própria fiz, não quero que ninguém saiba.

- A senhora só está esquecendo de um importante detalhe, Kate - percebe o silêncio - Você não jogou o William para a Rosy, não escolheu a vida que caiu sobre você, e tão pouco tem culpa de receber um pingo de atenção. Atenção essa que você era obrigada a receber do seu próprio marido! - se aproxima ainda mais - Tudo o que aconteceu não foi culpa sua! Você foi a maior vítima desse caos, não a responsável por ele. - percebe a mesma segurando o choro - E pare de se controlar na minha frente, porque eu vejo daqui que você está com medo do que pode acontecer. E acredite em mim, eu também estou mãe, mas se esconder é a última opção agora. Você precisa falar a verdade para o Tom e o William.

- O William me odeia, o Tom...

- O William pode até lhe odiar, mas a culpa não é sua, ou é? - a vê negando - Ele tem a maior responsabilidade de tudo que estava acontecendo na sua vida, porque foi ele quem começou a palhaçada quando dormiu com aquela mosca morta! - fala séria, mais percebe Kate rir.

- Só você mesma para me fazer rir, mesmo que você esteja começando a ficar com raiva.

- Raiva? Eu estou super tranquila.

- Percebe-se! - ri e se aproxima para abraçá-la - Só preciso de um tempo para pensar no que fazer com essa notícia - a beija na testa e a olha nos olhos - Preciso pensar.

- Pense! Mas não demore muito, porque essa criança vai crescer ainda ainda mais, e sua barriga chapada e invejável, ficara ainda maior.

- Barriga chapada e invejável? - a olha - Você tem inveja da minha barriga?

- Eu? O que você acha? - ri.

- Estou surpresa com essa revelação!

- Não se gabe!

Christine se afastou e caminhou em direção a uma pequena e confortável poltrona que estava posicionada ao lado da cama, e dela agarrou a bolsa de Kate e a colocou no ombro, avisando que a chave do carro estava em suas mãos e que ela iria dirigir naquela manhã.

Kate negou imediatamente e ambas saíram do quarto, passando por um corredor de pessoas e notando todos fazendo reverência a Princesa de Gales e sua filha, que prontamente agradeceu e se candidatou para bater fotos.

SMILE - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora