Capítulo 96

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O caminho atravessado pelo carro de Kate Middleton, era longo e demorado, mas no seu inteiro, Christine não sabia mais o que fazer para aliviar a dor que sua mãe estava sentindo no abdômen e que surgiu depois de uma simples brincadeira com cócegas.

A pele da Princesa estava vermelha, ela gemia com as mãos na barriga, enquanto sua filha tentava, de alguma forma, massagear até que finalmente chegaram em frente ao hospital mais renomado da cidade e que pertencia a família real britânica.

Christine abriu a porta imediatamente, sendo reconhecida por quem estava ali e gritando para que alguém atendesse sua mãe, e não foi preciso que o nome de Middleton, sequer, fosse citado, porque todos sabiam de quem a adolescente era filha.

Uma médica se aproximou a passos rápidos, correndo quando estava perto, e rapidamente viu a mulher encolhida no interior do carro e chorando devido ao forte nível de dor.

- Princesa?

- Me ajuda!

A médica viu os olhos vermelhos e o medo gritando na expressão facial de Kate, então se afastou e gritou por uma maca, tendo o objeto em poucos minutos ao lado do carro e com Christine ajudando a própria mãe a se deitar.

A força que a adolescente de apenas 16 anos fez, foi fora do comum. Mas ela estava tão desesperada ao ver Kate gemendo de dor por algo que não fazia ideia do que era, que ela tirou forças de onde não existia para carregar a mulher e ver um homem alto a segurando segundos depois.

A dor de ver Kate sofrendo, fez a adolescente ativar o gatilho do dia em que viu sua própria mãe, Catherine, sofrendo e sentindo as mesmas dores que a Princesa, e isso lhe assustou muito. Assustou tanto que Christine não queria deixar Kate em nenhum momento, passando por corredores cheios e agarrando a mão da Princesa até ser barrada na entrada da sala de emergência.

Ela ficou para trás enquanto as portas se fechavam e tudo se transformou em silêncio. Seu coração acelerado lhe fez ficar inquieta e querer entrar, mas enfermeiros que ali estavam, lhe impediram e avisaram que ela estava segura.

- Não diga para uma menina que viu a própria mãe morrer, que a sua segunda mãe está segura em um hospital! - afirma Christine, pegando uma das mulheres de surpresa - Droga!!

Christine levou as mãos à própria cabeça, respirando fundo e voltando suas atenções à mulher em sua frente, começando a pedir desculpas pela forma que falou, mas ela estava extremamente preocupada de tudo voltar a se repetir e ela ficar sozinha.

- Lhe entendo, Princesa. Mas ficará tudo bem com ela.

- Espero que sim.

Na sala de atendimento, Kate estava dopada para alívio da dor intensa, enquanto o médico analisava, através de uma máquina de ultrassom, mas prováveis causas da dor abdominal tão forte.

O aparelho mostrava imagens desconexas do interior do corpo da Princesa, e demonstrava que não havia nada de errado, com uma pequena diferença em forma de uma uva.

Todos se olharam, e imediatamente uma das enfermeiras se aproximou começando a analisar Kate de uma forma mais profunda, tocando em suas partes íntimas e notando a presença de sangue.

- Ela está grávida e prestes a perder o bebê!

- Não! Não! Não! Cirurgia, agora!!

Todos se mobilizaram em prol de uma vida que mal estava totalmente formada, mas que já importava muito para cada um dos médicos que ali estavam.

A maca foi arrastada para outra sala, onde no meio do caminho os enfermeiros gritavam para que o espaço fosse liberado e que os equipamentos estivessem ligados em segundos. Sendo assim, Kate entrou e a porta foi fechada o mais rápido possível.

Às horas passavam lentamente para a adolescente, que sozinha aguardava na recepção do imenso e imponente hospital da realeza, notícias de sua mãe, mas a única coisa que via eram pessoas entrando e saindo, seguindo suas vidas e esquecendo que ela estava ali.

A impaciência, um dos maiores defeitos de Christine, a fez se levantar e caminhar em direção a recepcionista, que gentilmente lhe desejou boa noite e perguntou no que poderia ajudar, mas a adolescente nem chegou a emitir som, pois a mesma porta por onde Kate entrou, foi aberta e um médico caminhou em sua direção com um sorriso desenhado nos lábios de dever cumprido.

Christine correu até ele, parando em sua frente e ouvindo:

- Está tudo bem com eles dois?

- Eles? - estranha.

- A Princesa e o futuro Príncipe ou Princesa de Gales.

Christine ficou sem reação por curtos segundos, mas logo seu rosto foi tomado por olhos arregalou e lábios formando um perfeito Ô de susto ao descobri que sua mãe, Kate Middleton, estava grávida.

Muitas coisas passavam pela cabeça da adolescente, mais nada era mais forte do que todo o caos que estava prestes a ser lançado contra toda a Inglaterra, e no meio de tudo, Kate era a mais desprotegida, ainda mais grávida de William ou Tom.

A adolescente não conseguiu falar nada, porque estava tão surpresa que as palavras sumiram de sua mente, e ela só viu o médico se afastando e seguindo até a recepção, pegando algumas coisas e voltando para a mesma porta que saiu.

- Meu Deus!! - sussurra Chris - Meu Deus!!

No quarto estava Kate, depois de horas dormindo devido a anestesia, forçando o próprio corpo para abrir os olhos, mas tudo parecia não ser real.

Uma das mãos da Princesa foi até os lábios, percebendo ela estava sendo monitorada, mas acima de tudo, sua dor não existia mais, mas ela se sentia vasculhada de alguma forma.

Seu corpo dizia que algo havia acontecido, mais ela não conseguia lembrar do que a fazia sentir essa sensação. E quando olhou para a própria barriga coberta por uma espécie de roupa, tinha a certeza, porque ela estava maior do que o normal.

- O que está acontecendo? - sussurra.

A porta se abriu lentamente, e dela Kate Middleton conseguiu ver os olhos apreensivos e gentis de sua filha, avisando que estava entrando e se ela estava bem.

- Sim! - fala Kate com a voz fraca devido a sonolência.

- Que bom!

Christine sorriu e se aproximou ainda mais, e quando chegou perto da cama, abriu os braços e abraçou sua mãe, sentindo ela beijar seu pescoço e sussurrar:

- Que abraço gostoso - a vê se afastando e sorrindo - Os médicos falaram alguma coisa?

- Falaram!

- O que eu tenho?

- Você terá essa coisa por 9 meses - sorri.

Kate, que ainda estava bastante sonolenta e não conseguindo encaixar uma informação na outra, apenas ouviu e fechou os olhos com um sorriso. Mas quando Christine lhe abraçou pela segunda vez, ela sentiu a ficha caindo e a comprovação de que ela estava grávida.

- Eu estou...

- Sim, mãe! Você está grávida! - sorri, olhando a mulher dos olhos - E por muito pouco você não perde o bebê.

- Eu tô... - desvia o olhar - Não! Não! Não! Grávida não! - fecha os olhos com força, causando uma reação muito diferente do que Christine imaginou.

- Não ficou feliz?

- Grávida, Christine? - a olha - Eu, praticamente acabei com a família do pai dessa criança!!

SMILE - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora