O silêncio anunciava que Clarice não estava mais em nosso mundo, e sua governanta e fiel amiga, sabia disso ao caminhar pelos corredores vazios de uma imensa casa e completamente sozinha.
Não era fácil para ela lidar com o luto de uma mulher tão amiga e companheira, mas ela precisava se agarrar a alguma esperança para continuar vivendo.
Ela respirou fundo, chegando a um belo jardim e lá sentindo o cheiro das árvores, brisa e o quanto Clarice amava cuidar daquele local. Então seguiu até um dos bancos e se sentou, cruzando as pernas e olhando para o céu.
- Espero que esteja tudo bem com você, minha querida.
Na entrada e abrindo lentamente a imensa porta, Christine surgia depois de sair de madrugada e sem que sua mãe e ninguém visse.
Ela precisava pedir ajuda para alguém tão fiel e protetor. E essa pessoa era a governanta de sua falecida tia.
A casa era completamente diferente do que a da França, as luzes eram mais intensas e as obras de artes mais coloridas, os corredores continuavam os mesmos e as portas possuíam um brasão desconhecido e que ela sabia ser de sua família.
Christine estava amando a sensação de estar um pouco dentro de sua própria história, mas precisava ficar em sua ida ali.
Ao chegar em frente ao jardim, encontrou a pessoa que precisava e a viu sorrir ao olhar seus olhos, como se sua presença fosse a luz extra que precisava naquele momento.
- Christine?
- Oi?
- Que alegria ter você aqui. - se levanta - Em que posso ajudar?
- Você não poderia dizer somente um: Fique à vontade, vamos conversar? - ri enquanto se aproxima para um abraço.
- É que meu instinto de servir alguém é muito mais forte.
- Mas você não precisa me servir. - se afasta, segurando em suas mãos - Como você está?
- Sozinha nessa imensa casa. - olha ao redor - Desde que sua tia faleceu, não tem tido muito sentido continuar aqui.
- Então porque você ainda está?
- Talvez porque não seja tão fácil me desfazer das lembranças que tivemos aqui.
- Entendo. - a abraça.
- Mas me diga, o que lhe trouxe aqui?
- Preciso de um favor seu.
- Claro! Aconteceu algo grave?
Christine respirou fundo, olhando ao redor e notando que não havia nenhuma revista atualizada, deixando claro que a mulher em sua frente não sabia sobre o escândalo real causado pelas palavras de Kate a dias atrás. Então seria uma revelação, um tanto quanto, inusitada.
- Minha mãe está grávida.
- Que maravilha! - fala alegre, mas percebendo que aquela notícia não parecia ser a única.
- Ela falou sobre tudo o que a Camilla fez com ela e a família para a imprensa. Está estampado em todos os jornais e revistas.
- Meu Deus...
- E... Ela não sabe quem é o pai, porque, ela teve um envolvimento com o Tom Cruise, enquanto o William traia ela com aquela lambisgoia púrpura
- E... Todos estão sabendo disso também?
- Sim! - percebe a preocupação nos olhos da mais velha - Preciso de sua ajuda para cuidar da minha mãe, porque com toda a verdade contada por ela, a Camilla pode...
- Tentar alguma coisa. - continua e vê Christine concordando - Sua tia sempre me disse que a Camilla não é a pessoa que suja as próprias mãos, mas a que manda sujarem. E se a Kate fez isso, a reputação da Camilla está em apuros e ela vai querer se vingar da Kate.
- Exatamente.
- Como você quer que eu ajude?
- Preciso saber se você pode aceitar a minha mãe aqui, até tudo acabar?
- Claro, Christine. Aqui ela estará segura.
- Obrigada?
- Não tem o que agradecer. Se sua tia estivesse viva, aceitaria da mesma forma, pois admirava muito a Kate.
- Vou tentar trazer ela sem que ninguém saiba.
- Posso mandar um carro pegar ela nessa madrugada.
- Uma ótima ideia - sorri imensamente.

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SMILE - Vol. 2
Rastgele*Vol. 2 de A Vendedora de Livros* O sorriso nos lábios da Princesa de Gales, Kate Middleton, exaltava a liberdade de ser uma mulher comum acima da Coroa Britânica, e só existiu graças a uma adolescente de 15 anos, que mudou sua vida em 360 graus. So...