SMILE - Vol. 2

Capítulo 46

5h depois

- Oi?

- Oi, Princesa.

O sorriso desenhado nos lábios de Tom Cruise demonstrava a alegria do ator de Hollywood e conhecido pelos filmes como Top Gun, diante da Princesa que, por duas vezes, esteve em seus braços em noites intensas como homem e mulher.

Kate precisava saber como Tom estava, mesmo que sua estadia ali seja secreta e rápida, algo que demonstrava ser, mas para a surpresa do homem deitado sobre uma cama de hospital e com um gesso em uma das pernas e braço, não era.

Christine surgiu lentamente na brecha da porta, sorrindo e acompanhada por Isabella, que sorrindo e tímida entrou no quarto, parando ao lado de Kate e a amiga, enquanto a adolescente de 16 anos se aproximava e sorria para o ator, feliz em vê-lo bem.

- Muitos danos?

- Uma costela quebrada, uma das pernas e o braço, mas tirando esses danos, como você diz, estou bem - brinca o ator, percebendo Kate sorrir e não tirar os olhos dos seus - E você? Como está?

- Bem! - olha para Tom, que a encara - Só muito assustada.

- Viram algo relacionado ao carro?

- Não, infelizmente não.

- Mas vamos atrás para achar a pessoa! - afirma Kate, se aproximando - Não ficará em pune essa tentativa contra a vida da Christine.

- Só não quero que ninguém se machuque por minha causa - fala Christine, olhando em direção nos olhos de cada um ao seu redor - Se for para que isso se repita, eu sumo.

Kate sentiu o coração acelerar assim que essas palavras ecoam dos lábios de sua filha, então a olha e diz:

- Não diga isso nunca mais! - afirma - Não vou deixar você sumir, está me ouvindo?

Tom achava tão mágica a relação entre mãe e filha, mesmo que a adolescente não seja filha de sangue da Princesa de Gales, mas a tratava como se estivesse saído de seu próprio ventre, pois a protegia como protegia seus outros três filhos.

Christine era a menina que Kate sempre quis ter, pois lembra um pouco de sua própria personalidade. Mas acima de tudo, a menina havia aprendido com a dor e luto a se manter viva e lutando, enquanto o mundo lhe esquecia.

As adolescentes haviam saído do quarto, deixando Kate e Tom sozinhos novamente, e assim que seus olhos se encontraram, era clara a alegria da Princesa em estar ali, tanto que o homem estendeu o único braço livre de ferimentos em direção a ela, que pegou e sentiu a pele do ator na sua, lhe voltando ao passado e a promessa feita à si própria, então se afastou lentamente para não demonstrar relutância.

- Perdão? Eu sei sobre nossa promessa. Desculpe, Princesa.

- Me chama de Kate e... - se cala ao ouvir a porta de abrindo e sua filha entrando com Isabella.

As horas passaram e caminhando pelos corredores de livros estava Chris, olhando ao redor e pensando no que havia acontecido e quem teria coragem o suficiente para jogar um carro em sua direção.

Seus pés não paravam e ela estava sozinha no lugar, esquecendo completamente que a virada de ano batia na porta e ela não havia feito nada além de passar horas e mais horas pensando no que aconteceu, e isso lhe corroía e lhe preocupava, pois sua mente, em alguns momentos imaginava que aquele carro não era para ela e sim mãe adotiva.

- Para! Para!

No Palácio, William encontrava sua Princesa sentda em frente a uma janela e presa em algo específico, até voltar ao mundo real com suas mãos em seu ombro.

- Oi, amor.

- Onde vocês foram?

- Vocês? - vira e o encara.

- Você, a Chris e a Isabella.

- Ah sim - volta a olhar pela janela - Levei elas para passear um pouco, porque a Bela estava muito triste.

- Aconteceu, mais alguma coisa?

- Ela lembrou do acidente do tio. - se levanta e o encara - É uma longa história, só fica aqui comigo?

- Claro, amor.

Kate se aconchegou nos braços de William, sentindo seu batimento cardíaco e esquecendo um pouco dos problemas, mas não feliz em saber que Christine havia voltado para sua casa depois da visita ao hospital, mas, se ela voltasse ao Palácio, coisas ruins poderiam acontecer.