O vento frio entrava pelas enormes janelas de vidro de um espaço grande e belo, onde o luxo e a simplicidade caminhavam lado a lado e de mãos dadas, assim como o tom creme e lustres de cristais presos ao teto esculpido à mão e com folhas de ouro.
Vasos presos ao chão, exibiam belas plantas que passavam de 1 metro com facilidade e sentada em frente a um piano de caldas branco, estava a mulher por trás da misteriosa carta sobre a verdade em torno de Catherine Waller e sua vida tão simples, mas que se demonstrou ser mais misteriosa do que muitos imaginavam.
A Duquesa da França, aposentada com a nova geração e solitária em seu palácio de verão, sustentava a velhice em um rosto atraente, mas com marcas do tempo, rosto quadrado e com grossas sobrancelhas que moldava os pequenos olhos castanhos claros e sorriso meigo, fios castanho escuro e compartilhado com grisalhos bem tratados e um corpo magro, onde em nada demonstrava ter a idade que tinha.
Carolina Waller, irmã de Catherine Waller, usava roupas simples e sentia a solidão bater em sua porta por anos após a morte de seu marido. E entranhada no sofrimento, ela acordava todos os dias em seu palácio de 40 quatros e vários cômodos, caminhando pelos corredores e não pretendendo sair.
Sua vida era a mesma por 10 anos, até que uma ligação feita pela família real britânica lhe fez sentir um pouco o que estava acontecendo no lado de fora de seu refúgio.
A morte de Catherine, sua irmã, chegou em suas mãos por meio de carta narrando cada segundo até seu fim, já que aparelhos elétricos eram extremamente proibidos naquele lugar.
Carolina sentiu a perda de sua única irmã, e soube que ficaria sozinha para sempre, mas seus pensamentos mudaram ao saber da existência de Christine, uma menina forte e que havia ganhado uma nova chance ao lado da Princesa de Gales, uma mulher cuja admiração era palpável, mesmo nunca a vendo pessoalmente.
O dia era lindo para passeio ao ar livre em território francês, mas a única coisa que Carolina, a Duquesa aposentada da França fez, foi abrir a porta, sorrir e dar passos para trás, fechando e voltando para o mesmo piano de caldas, até ouvir uma voz doce e gentil dizer:
- Você precisa sair, Carol!
Uma mulher se aproximou, respousando suas mãos sobre os ombros gelados da mulher, enquanto ela se sentia cuidada por quem deveria estar ali para lhe avisar sobre seus compromissos reais.
- Eu sei!
- Você não sai desse palácio a anos. Você nem sabe o que acontece fora daqui.
- Eu estou bem aqui - vira, encontrando os olhos azuis e fios loiros - Estou bem.
- E a Christine?
- O que tem ela? - estranha.
- Não sente curiosidade em conhecer sua sobrinha e a única pessoa viva de sua família?
- Não, porque eu a conheço - sorri - Ela é uma Princesa e está em todos os sites e revistas - a olha nos olhos e percebe o olhar de orgulho pela menina - Catherine sentiu medo, nos renegou, sumiu, mas... - se levanta, parando em frente a mulher - Ela soube dar a Christine o que nós duas nunca recebemos! Ela soube mostrar valores e deveres a essa menina, e não a julgo por esquecer completamente de onde veio. - vira em direção a janela - Eu no lugar dela, faria o mesmo e fim, me casei jovem e hoje estou aqui nesse lugar e sabendo que eu não poderia ter escolhido outra coisa.
- Mas você precisa sair, mesmo que por algumas horas. Caminhe pelo seu jardim favorito, as rosas estão tão lindas Carol.
- Não, obrigada, eu estou bem - sorri.
- Se aproxime da Christine - a olha nos olhos - Se aproxime da única pessoa que existe de sua família, mesmo que para serem amigas - a segura no ombro - Viage para Londres, caminhe pela cidade, faça isso - sorri - Ninguém saberá que é você, mas você verá a menina que sua irmã trouxe a esse mundo, e quem sabe pode contar a ela o que realmente aconteceu e quem ela é? Já pensou nisso?
- Não pensei - vira, voltando a se sentar - Não voltarei para Londres, mas... - a olha - Você está certa. Para alguma coisa meu dinheiro haverá de servir.

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SMILE - Vol. 2
Random*Vol. 2 de A Vendedora de Livros* O sorriso nos lábios da Princesa de Gales, Kate Middleton, exaltava a liberdade de ser uma mulher comum acima da Coroa Britânica, e só existiu graças a uma adolescente de 15 anos, que mudou sua vida em 360 graus. So...