Capítulo 87

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As paredes fortificadas por seguranças armados e grossas grandes de aço foram abertas para que a Rang Rover de William atravessasse o local que jurou não voltar, mas ali estava a pedido de seu pai.

Kate Middleton respirou fundo antes de abrir a porta, assim como Christine que não possuía nenhum recordação agradável daquele imenso Palácio, tendo a certeza de que algo iria acontecer assim que entrasse ao lado de seus pais adotivos.

Um funcionário trajando roupas vermelhas e formais, abriu a imensa porta, fazendo William, Kate e Christine encontrarem muitas pessoas no interior de um dos vários salões espalhados por metros quadrados de residência, e uma delas era o Rei Charles II, que caminhou em direção a adolescente com seus passos lentos devido a idade, lhe abraçou e sussurrou:

- Sinto muito por sua perda.

Christine não entendeu, e sua única vontade era se afastar, mas o abraço de Charles lhe fez sentir conforto para agradecer os pêsames antes que o mais velho se afastasse e seguisse em direção a Kate, que com um abraço forte disse estar com saudades dos ensinamentos de seu "vovô Charles".

William se manteve no mesmo lugar, não tendo contato com seu pai enquanto Camilla se aproximava da adolescente com o intuito de fazer o mesmo: abraçar e demonstrar respeito pela perda, mas não fez, porque sabia que poderia ser muito ruim para ambas.

O casal real cumprimentou quem conhecia, enquanto Christine continuou no mesmo lugar recebendo os pêsames de pessoas que nem sabia o nome, mas educadamente agradeceu até que o som da porta foi aberto novamente e dela Fernanda surgiu com os olhos cheios de ódio, rosto vermelho e inchado devido ao choro, atravessando a passos rápidos os convidados até chegar em frente a Camilla, ergueu um das mãos e a acertar com um tapa forte o suficiente no rosto para choque das mais de 30 pessoas presentes no salão.

Kate, William e Charles ficaram sem reação, enquanto Christine sorria e demonstrava estar encantada com o escândalo que iria se iniciar em alguns minutos.

Fernanda, que usava a mesma roupa do momento em que soube da morte de seu irmão, sentiu o coração ainda mais sedento por acabar com Camilla, não se importando muito com as consequências de seus atos diante do Rei e de todos os inúmeros seguranças no local.

Sua mão fervia por Camilla, e ela não parou até sentir o pescoço da mais velha entre seus dedos e diante de todos.

Seguranças correram e ao se aproximarem, pararam bruscamente ao verem que a mulher tirou no terno uma faca e a levou ao pescoço da Rainha, gritando para que todos se afastassem ou eles seriam testemunhas da morte real naquela sala.

Kate Middleton segurou nos ombros de Christine para afasta-la, mas a adolescente fez o inverso e se aproximou, parando em frente as duas mulheres e sussurrando:

- Ela matou seu irmão, não foi? - sorri.

Seguranças armados se aproximam mas a adolescente apenas disse para Camilla:

- Aconselho mandar eles se afastarem, porque com a raiva que ela tá de você, as chances dela lhe matar são enormes - sorri.

A voz da Rainha ecoa em alto e bom som para que todos pudessem ouvir sua ordem de afastamento dos seguranças, enquanto Charles II não conseguia escutar ou raciocinar sobre o que estava acontecendo em um momento que deveria ser de dor e sofrimento.

Kate sussurrou por sua filha, mas ela se aproximou ainda mais de ambas enquanto Fernanda falava com a voz embargada devido ao sofrimento:

- Ele fez tudo o que você pediu, sua desgraçada!! E você mandou matar ele!! - pressionou a faca ainda mais na arteria do pescoço da Rainha - Você mandou matar o meu irmão, sua desgraçada!!!

Todos arregalaram os olhos e os lábios, demonstrando espanto, menos Christine, que no fundo sabia muito bem que Camilla estava por trás da morte de seu pai e o acidente de Tom, assim como todas as coisas ruins de sua vida após a morte de Catherine e sua chegada na Família Real Britânica no começo do anos que passou.

A adolescente cruzou os braços como se estivesse assistindo a uma peça de Shakespeare ou um musical de Ópera, enquanto todos, absolutamente todos se afastavam para dar espaço aos seguranças armados que cercavam as três mulheres.

Camilla, pela primeira vez sentia medo do que poderia acontecer, mas nem assim abaixou a guarda em se achar inocente de todas as acusações faladas pela mulher que confiava cegamente.

- Eu... Não sei do que... Essa mulher está falando - sussurra.

- Você mandou matá-lo porque ele estava querendo ir para o lado certo e não ficar ao seu lado, sua desumana! Desgraçada, infeliz! - chora, apertando a faca ainda mais para desespero de todos e dos seguranças - Você mandou matar meu irmão!

- Por favor... - implora a mulher que nunca implorou nada a ninguém.

- Eu vou matar você!

- Mata! - fala Christine - Vai ser menos um urubu no mundo.

- Sua fede...

- Cala a boca, Camilla!!!

Rosy surgia lentamente no fim do corredor vazio, estranhando a aglomeração em apenas uma área do salão, até encontrar Fernanda com Camilla nos braços e portando uma faca, e em frente Christine assistindo a tudo sem demonstrar nenhum interesse de fim.

- Camilla?? - chama assustada, fazendo Fernanda abaixar a faca.

Os seguranças viram nessa a hora perfeita para atirarem, mas Christine ouviu o sussurrar e rapidamente virou em direção a eles, se colocando em frente a ambas e gritando:

- Não!!!

Kate sentiu seu coração acelerar com a reação de sua filha, então se aproximou mas William a segurou.

- Christine??

- Ninguém vai matar ela!

- Saia, Princesa!

- Ninguém vai atirar nela!

Fernanda sorriu com a forma que Christine a estava protegendo, então voltou a apontar a faca em direção a Camilla, que ergueu os braços.

A advogada precisava sair daquele Palácio, mas se corresse, os seguranças a matariam, sendo sua única opção sair com algum refém.

- Anda Camilla!! Anda!!

- Eu vou com você! - afirma Christine, para pânico de Kate e William

- Christine, não!!

- Você pode me levar.

- Christine??

Fernanda não entendeu, mas não era hora de pensar em negar ou aceitar a suposta ajuda da adolescente, então a pegou delicadamente no braço, apontando a faca para que ninguém a seguissem, mesmo que não pretende-se machucar a jovem.

Kate levou as mãos aos lábios, chorando desesperadamente enquanto William corria para o lado de fora, ordenando que as armas fossem baixadas, já que sua filha estava na mira, até ver ambas entrarem no carro e saírem.

- Droga!!

SMILE - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora