Ele é um homem de trinta anos, CEO, rico, nasceu em berço de ouro, cuida da empresa de seu pai, que se aposentou aos cinquenta anos de idade e tem um filho, o maior amor de sua vida, de quatro anos.
Esse é Matteo Romero.
Ela tem vinte anos, moradora...
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Dois dias se passaram desde o dia em que Matteo e eu transamos na sala dele. Hoje iremos viajar para a França à trabalho. Ficaremos fora por mais tempo dessa vez. Ao invés de quatro dias, serão dez, porque temos que ir, também, para a Inglaterra.
No momento, estou terminando de arrumar minha mesa, enquanto Matteo está tendo um acesso de raiva na sala dele. Não sei o motivo disso e, quando perguntei, ele foi um idiota, então deixei de lado e não preocupei em falar com ele.
– Está com raiva? – Escuto a voz do Demônio do Riccardo e bato minha agenda na mesa.
Ergo meu olhar e o encaro. Ele levanta os braços, em rendição, e vai até o sofá.
– Amiga, está po... ah! Praga! – Ela fala olhando para Riccardo.
– Oi!
– Está podendo falar? – Ela pergunta para mim.
– Amiga, desculpa. Briguei com aquele... – respiro fundo e aponto para a porta da sala de Matteo – há pouco tempo e não estou conseguindo focar em nada, além de guardar minhas coisas.
– Achei que era com ele – ela aponta para Riccardo.
– Estou pouco me fodendo para ele. O Matteo que foi um idiota.
– Desde quando chama ele de Matteo? – Riccardo questiona.
– Cala a boca! – Valentina e eu mandamos.
– O que aconteceu? – Pergunto e volto a arrumar minhas coisas.
– O mesmo que você. O Leo conhece uma garota, que é a fim dele. Hoje mais cedo, ele postou uma foto, que estava com os amigos dele, do trabalho, e aquela puttana repostou, cortando todos e deixando apenas ele e ela. – Valentina bufa.
– Se ele der condição para ela, pede o divórcio – falo e ela suspira.
– Ameacei ele de fazer isso.
– O que ele disse quando viu a foto?
– Acho que ele não viu. A puttana me seguiu recentemente e me marcou nesse post. Eu mandei para ele, mas acho que ele não viu ainda. – Ela resmunga e vem em minha direção.
Paro de arrumar e abraço Vale, que retribui rapidamente. Ficamos dessa forma por um tempo, com ela resmungando coisas repetidas, que não fizeram sentido para mim.
– Sofia? – Escuto a voz de Matteo e reviro os olhos.
Solto Valentina e me viro.
– Sim, senhor Romero?
– Minha sala – mando um beijo para Valentina e sigo para a sala.
Fecho a porta e cruzo os braços.
– Que é? – Pergunto e o vejo encostar em sua mesa.
– Ia te perguntar se ainda está com raiva, mas... não preciso de uma resposta falada.