99. O balanço.

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Pov'Meredith.



Andrew parou em frente de uma casa antiga, estava abandonada, mas na frente havia uma placa de venda, a casa em seus dias de glória deveria ter sido linda, era grande, maior que morávamos, a varanda dava a volta por toda casa, o jardim era amplo, com árvores, cercas brancas de pelo menos um metro, agora estavam quebradas, era uma casa linda, talvez com uma boa reforma seria um lugar maravilhoso, e tinha a floresta toda atrás dela.

- ela tem seis quartos, sala de jantar, sala de estar, uma cozinha ampla com um janelão para o jardim, tem um escritório e um outro cômodo que um dia foi usado como sala de artesanato... Quatro banheiros, sendo um deles social, uma lavandeira espaçosa, e um cantinho na sala de estar que um dia foi um espaço para brincar.

- como sabe de tudo isso.

- a uns vinte e pouco anos ela foi vendida - Andrew falava baixo.

- como sabe? - repeti.

- eu cresci nessa casa... Fazia muitos anos que não vinha aqui, não gostava de ver outras pessoas vivendo nela.

- Andrew.

- mas quando perdemos o hotel - ele não me olhava - eu vim aqui, sentia falta dos meus pais, eles amavam essa casa, amavam o castelo... quer irá te lá, mas não podia, então vim a outro lugar que me fazia pensar neles, achei que encontraria a mesma família, mas encontrei a casa assim... Abandonada.

- eu não consigo imaginar como se sentiu.

- nós vendemos a casa por causa do castelo, uns dez anos atrás tentei comprar ela, mas não consegui.

Ele estava falando o que eu achava que estava falando?

- eu sei que compramos uma casa linda, você a escolheu, a idealizou... Mas eu gostaria que nossa filha cresce aqui entre essas cercas ... Em uma parede do corredor um dia teve as marcas do meu crescimento e se Carina, ia gostar de ter as da nossa filha no mesmo lugar... Você tem sonhos de criança, de adolescente, como o casamento dos sonhos... Me sonho de adolescente era casar e morar aqui, e ser feliz como meus pais foram.

Ele finalmente me olhou, vi seus olhos marejados.

- ontem eu fiz uma oferta na casa, eu encontrei a mulher que quero viver toda felicidade que eles viveram, ela usa a mesma aliança que minha mãe usou por toda sua vida de casada, e criou os filhos aqui, quero fazer o mesmo.

- Andrew - eu não sabia exatamente o que falar, eu entendia o sentimento dele, eu amava a casa onde cresci mesmo com todos os momentos difíceis, como não seria para ele que foi feliz ali?

- eu sei que deveria ter falado antes ...

- não, não precisava, o dinheiro é seu - murmurei.

- mas estamos juntos.

- ainda sim... E eu não estou com raiva, só ... Emocionada.

- deve ter mania... Compulsão por comprar imóveis, mas imóveis valorizam - ele riu sem graça - a mamãe adorava essa casa, nos fundos do jardim existia uma rosa trepadeira que tomava toda a cerca, ela passava as tardes cuidando delas.

- sabe que eu não tenho talento para jardinagem - brinquei.

Andrew riu abertamente, eu amava aquele som, nós últimos meses não ouvi tanto, então era realmente maravilhoso o ver tão feliz.

- aqui não tem piscina, mas podemos mandar fazer. Existe uma área de 30 metros nós fundos da casa, e na frente 10. Na cerca dos fundos existe um portão que dá acesso a floresta, tem muitas trilhas, eu andava por elas.

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